O Transtorno de Personalidade Antissocial (TPAS) é caracterizado por um padrão persistente de desrespeito e violação dos direitos dos outros. Geralmente, esse comportamento surge na infância ou adolescência e persiste na vida adulta.
Desde o século XIX, Philippe Pinel explorou esse conceito, entendendo que essas pessoas apresentam algum grau de desordem afetiva que influencia diretamente seu comportamento agressivo.
A prevalência desse transtorno varia entre 1% e 4% ao redor do mundo. Em mulheres, é mais comum nas que, quando crianças, sofreram algum tipo de violência. Já nos homens, é três vezes mais prevalente. No entanto, existe uma preocupação significativa de que esse transtorno possa ser subdiagnosticado em mulheres.
É importante ressaltar que o diagnóstico é realizado após os 18 anos. Portanto, crianças ou adolescentes que apresentem um ou mais comportamentos semelhantes aos sinais desse transtorno devem passar por avaliação psiquiátrica para compreender as causas subjacentes.
É fundamental lembrar que o TPAS é um assunto complexo e as informações podem variar com base em pesquisas e critérios diagnósticos atualizados. Consultar fontes confiáveis e atualizadas é essencial para obter informações precisas sobre o assunto.
Para saber mais sobre o transtorno de personalidade antissocial, o que causa, qual a diferença entre psicopatia e como tratar, continue acompanhando o artigo!
Índice — Neste artigo, você encontrará:
Ainda não se conhece as causas do Transtorno de Personalidade Antissocial (TPAS), no entanto, existem fatores que podem influenciar seu desenvolvimento. Esses fatores podem ser subdivididos em ambientais, genéticos e fisiológicos.
Os fatores ambientais referem-se a situações em que a criança foi exposta a algum tipo de violência ou negligência, seja devido à instabilidade no comportamento dos pais ou à falta de consistência na educação.
Considerando esses fatores, é possível que um(a) adolescente ou adulto com transtorno de conduta desenvolva, ou evolua para o Transtorno de Personalidade Antissocial.
Já sobre os fatores genéticos, é comum observar que pessoas com parentes de primeiro grau diagnosticados com TPAS, bem como outros familiares do sexo masculino que tenham o mesmo diagnóstico ou transtorno por uso de substâncias, apresentem maior predisposição ao transtorno.
Por fim, fatores fisiológicos também desempenham um papel no desenvolvimento desse transtorno, embora ainda não sejam totalmente compreendidos. Contudo, alterações em certas áreas do cérebro e desequilíbrios bioquímicos podem contribuir para o transtorno.
É importante ressaltar que esses fatores não são determinantes e não garantem o desenvolvimento da condição. Pois, como vimos, transtorno resulta de uma interação complexa entre fatores ambientais, genéticos e fisiológicos.
É comum ocorrer confusão entre as características do Transtorno de Personalidade Antissocial e a psicopatia. No entanto, existem várias questões que as diferenciam uma pessoa com personalidade antissocial é caracterizada por comportamentos desrespeitosos e inadequados que, frequentemente, violam os direitos de outras pessoas.
Porém, ela é capaz de se adaptar às normas da sociedade, controlar impulsos agressivos e, ao longo da vida, esses comportamentos tendem a diminuir.
Por outro lado, um psicopata é aquele que apresenta falta de afeto, ausência de remorso e dificuldade em estabelecer relações interpessoais. Ao contrário do TPAS, o psicopata não consegue exercer controle sobre seus impulsos e comportamentos.
Portanto, é importante destacar que as pessoas com personalidade antissocial têm a capacidade de se adaptar às normas sociais e controlar seus impulsos agressivos, enquanto os psicopatas não possuem esse controle.
Leia mais: O que é uma pessoa inimputável segundo a psicologia?
Os principais sinais e características que pessoas com esse tipo de transtorno demonstram são:
O diagnóstico do Transtorno de Personalidade Antissocial é realizado por um médico psiquiatra, que avalia o histórico de saúde mental da família, de saúde, a vida e o comportamento criminal do paciente.
Normalmente, é feito um levantamento de todos os comportamentos, principalmente aqueles que estão relacionados ao TPAS.
O(a) médico(a) levará em consideração os critérios diagnósticos estabelecidos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) e na Classificação Internacional de Doenças (CID-10). Como mencionado anteriormente, a condição apresenta um padrão comportamental em todos os indivíduos.
O tratamento a ser adotado deve levar em consideração o nível de periculosidade do paciente. Em casos de alta periculosidade, pode ser recomendado o internamento para reabilitação, utilizando medicamentos para controle de sintomas e realizando psicoterapia.
No entanto, a internação é geralmente considerada como último recurso e requer intervenção judicial. É necessário adotar medidas que auxiliem na reintegração da pessoa ao convívio social, respeitando os princípios éticos e a dignidade humana, como previsto na Lei nº 10.216/2001, que assegura os direitos das pessoas.
O Transtorno de Personalidade Antissocial (TPAS) é caracterizado por desrespeito e violação dos direitos dos outros.
Se você ou alguém que você conhece apresentam um ou mais sinais dessa condição, não deixe de buscar ajuda médica!
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Esp. Thayna Rose
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