A raiva é uma zoonose causada por algumas espécies do vírus Lyssavirus, sendo uma infecção muito antiga, alguns registros datam casos de 4.000 anos atrás.
Ela é transmitida por animais como cães, gatos, morcegos, coiotes e outros, através da saliva. A doença possui 2 fases, que são elas a prodrômica (início) e neurológica (sintomas que afetam diversas funções do cérebro e podem levar ao coma).
Sendo assim, diversos estudos focaram em tratamentos e métodos de prevenção contra essa doença tão devastadora, tanto para os bichinhos, quanto para os humanos.
Atualmente, contamos com as vacinas para pets e para humanos, que protegem contra o vírus causador, sendo uma das imunizações essenciais para todos.
E você sabe a diferença entre a vacina desenvolvida para pets e a de humanos? Caso queira saber tudo sobre o assunto, confira este artigo até o fim!
Índice — Neste artigo, você encontrará:
A principal diferença está em quando ela deve ser aplicada, pois a composição das duas é semelhante. A desenvolvida para animais e humanos conta com o vírus da raiva inativado.
Ou seja, o princípio das duas é o mesmo, mas os pets devem ter ela aplicada anualmente, para que eles se mantenham protegidos contra a doença.
Enquanto isso, os humanos podem utilizar de forma preventiva ou após a exposição ao vírus, quando se teve o contato com um animal que porta a doença para o reforço da imunização.
De forma preventiva, ela deve ser utilizada por indivíduos que possuem risco de desenvolver a doença - que estão em constante contato com animais selvagens, por exemplo.
As doses pré-exposição são divididas em 3 doses (dia 0; dia 7; dia 28). Depois de uma a três semanas após a última dose deve ser conferido a taxa de anticorpos neutralizantes.
O primeiro reforço deve ser aplicado, dentro de 6 meses para pessoas que manuseiam o vírus (laboratório de pesquisa ou diagnóstico) e 12 meses para indivíduos com risco de exposição (ex: veterinários). Depois, o reforço pode ser realizado a cada três anos.
Em casos de pós-exposição em indivíduos imunizados, é orientada a vacinação da seguinte forma:
Já em casos de pós-exposição em pessoas não imunizadas previamente, o esquema de cinco doses deverão ser aplicadas (dia 0; dia 3; dia 7; dia 14 e dia 30).
Para os pets, a dose é única realizada aos 6 meses de idade, mas deve ser aplicada anualmente para o reforço. É muito importante manter os animais protegidos e se atentar às datas de reaplicação, a fim de dificultar a circulação do vírus.
Hoje, a raiva é considerada uma doença rara, justamente pelas campanhas e cuidados tomados para combater a doença. Por isso, cada bichinho deve ser vacinado.
Leia mais: Pets recém-nascidos: cuidados, alimentação, ambiente e mais
Confira abaixo as regiões em que a vacina antirrábica deve ser aplicada nos humanos e animais:
Na forma intramuscular, pode ser aplicada na região do braço em adultos ou na coxa em crianças. Pode também ser aplicada por via intradérmica, na parte superior do braço ou antebraço.
No geral, nos bichinhos ela é aplicada na região subcutânea, na parte lateral do corpo. O processo se dá pela limpeza do local para desinfetar e a aplicação com seringa e agulha, quando o animal possui uma pelagem densa a raspagem é necessária.
Vale ressaltar que a vacina antirrábica é disponibilizada no SUS para a população. Os bichinhos também podem ser vacinados gratuitamente a partir dos órgãos responsáveis pela proteção dos animais, que devem ter a aplicação agendada, mas que pode ocorrer a qualquer momento do ano, ou em campanhas específicas.
Caso a pessoa tenha sido arranhada ou mordida por qualquer animal, é importante consultar um médico com urgência. E para os pets, a vacinação anual é obrigatória!
Assim como todo medicamento ou imunizante, a vacina antirrábica pode trazer efeitos colaterais, que podem ser leves ou mais graves.
Veja quais são eles:
Estas são algumas das reações adversas que podem ocorrer, a chance de desenvolvê-las é alta, mas a gravidade geralmente é baixa.
Semelhante ao dos humanos, os sintomas não são raros mas a gravidade é, normalmente, baixa. Em questões mais graves, é importante buscar auxílio veterinário.
Leia mais: Microchip animal: o que é e como é feito o procedimento?
O acompanhamento veterinário é essencial para manter seu bichinho saudável e com a saúde em dia, e para você, consultar o médico regularmente é o equivalente!
Esperamos que você tenha aprendido mais sobre o tema, e se gostou do conteúdo, confira outros artigos disponíveis aqui no Portal Minuto Saudável.
Rafaela Sarturi Sitiniki
Compartilhe
Somos uma empresa do grupo Consulta Remédios. No Minuto Saudável você encontra tudo sobre saúde e bem-estar: doenças, sintomas, tratamentos, medicamentos, alimentação, exercícios e muito mais. Tenha acesso a informações claras e confiáveis para uma vida mais saudável e equilibrada.