Uma pesquisa mostrou que pacientes com a hepatite C crônica que desenvolvem fibrose hepática têm em comum uma variação específica de um gene chamado MICA.
Quando células do fígado são danificados, o gene MICA é produzido. Porém, nos casos em que a condição se agrava e acarreta em uma fibrose hepática (cicatrização incorreta do tecido hepático), esse gene possui alterações.
Os pesquisadores acreditam que compreender como o fígado funciona é importante para prevenir complicações nesse órgão.
Com a identificação do MICA é possível avaliar as chances do paciente desenvolver a fibrose, facilitando o diagnóstico e o tratamento.
Ao todo, 1.689 pacientes que têm hepatite C participaram dos testes. O estudo, publicado no periódico médico New England Journal of Medicine, foi feito no Instituto Westmead, na Austrália.
A descoberta é importante pois, com novos estudos, será possível reduzir o agravamento da hepatite para a fibrose e, consequentemente, a necessidade do transplante do fígado.
Fibrose hepática
Quando o fígado sofre alguma lesão, ele tenta cicatrizar-se produzindo um tecido chamado cicatricial. Se esse tecido for produzido em grande escala, a pessoa desenvolve a fibrose hepática.
Abuso de álcool, excesso de gordura no fígado e hepatite C são algumas das causas da fibrose hepática.
Ela não possui nenhum sintoma e por isso é tão perigosa. Está relacionada ao desenvolvimento de outras doenças, por exemplo, cirrose (doença no fígado, caracterizada como um dos estágios finais da fibrose hepática).
O diagnóstico de fibrose hepática é feito por meio de exames de sangue. Em alguns casos, é necessário fazer biópsia.
O tratamento é feito para impedir que o fígado faça o processo de cicatrização. Esse impedimento pode ser feito por medicamentos aliados à reeducação alimentar. Em situações mais graves, é necessário fazer transplante de fígado.
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Com a identificação do MICA, os pacientes com hepatite C podem descobrir se a fibrose hepática pode ser desenvolvida ou agravada. Em caso de dúvidas, procure um médico hepatologista.
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Fonte: Science Daily