A pré-eclâmpsia ou doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG), que afeta mulheres durante a gestação, é conhecida na área médica por trazer complicações tanto para a mãe quanto para o bebê.
Ela é caracterizada pelo aumento da pressão arterial nas gestantes que, antes, tinham níveis normais de pressão.
Entre as manifestações estão o suor excessivo nas mãos e nos pés, retenção de líquido e inchaço nas pernas. Como são bastante comuns, faz com que sejam confundidas com sintomas normais da própria gravidez.
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Os quadros podem variar: ocorrer lentamente e durar bastante tempo ou ocorrer de forma brusca.
A condição, se não detectada, pode evoluir para a eclâmpsia, representando riscos à saúde da mãe e do bebê, podendo levar à necessidade de partos prematuros e morte.
Visando diminuir os riscos dessa doença, um novo estudo publicado no E-Clinical Medicine da Lancet, revelou que através de um simples teste de urina é possível fazer a detecção da pré-eclâmpsia na gravidez.
Trata-se do Teste de Papel do Congo Red Dot (CRD), que é capaz de identificar a presença da doença pela urina da paciente e demora apenas 3 minutos.
Como é o teste?
O CRD basicamente verifica um dos sintomas característicos da doença, a presença de proteínas na urina.
Para isso, os cientistas desenvolveram um aparelho que utiliza um corante vermelho especial, capaz de reagir às substâncias presentes na urina.
O tempo de detecção é de apenas 3 minutos, sendo que a realização é rápida e os resultados se mostraram promissores na rápida detecção da pré-eclâmpsia.
Diagnóstico rápido
Para esse tipo de condição, em que a doença pode afetar tanta a vida do bebê quanto a da mãe, é essencial que haja um equipamento que faça o diagnóstico rapidamente e seguro.
Quanto mais cedo for detectada a doença, mas chances do tratamento ser eficaz contra a doença.
Para avaliar a precisão do teste, foram avaliadas 346 gestantes. Os resultados apontaram que o teste teve precisão em 86% dos casos, sendo considerado um valor alto e, por isso, muito eficiente.
Com a agilidade do resultado e o baixo custo de realização, os quadros de alterações de pressão durante a gestação podem ser tratados com mais eficiência, reduzindo os riscos à mãe e ao bebê.
Pré-eclâmpsia é uma condição perigosa que pode ocorrer sobretudo após 20ª semana de gravidez. Associada aos altos índices de parto prematura e danos à saúde da mãe e do bebê, a detecção precoce reduz os riscos e otimiza o tratamento.
Por isso, é importante investir em inovações, como o teste rápido, para trazer mais segurança e qualidade de vida para as mulheres.
Fonte: Science Daily