O pé diabético (CID-10 L97) é uma condição que causa lesões nos pés de pacientes diagnosticados com diabetes devido ao descontrole da doença. Cerca de 90% dos casos tem origem em neuropatias, ou seja, doenças vasculares e deformidades.
A falha na cicatrização das lesões acarretam em gangrenas e infecções. Quando não iniciado tratamento adequado ou precoce, a condição pode acarretar amputação do membro lesionado.
Considera-se que 50% dos casos de amputação de membros inferiores sem traumas tem como causa base a diabetes, portanto, o risco de amputação é 15 vezes maior em diabéticos do que na população em geral.
Já a sobrevida do (a) paciente 3 anos após a amputação passa a ser de 50%, enquanto que em 5 anos após a amputação, a taxa de mortalidade varia de 39% a 68%.
Para saber mais sobre os fatores de risco, principais sintomas, tratamento e como prevenir, continue lendo esse artigo!
Índice: Neste artigo, você irá encontrar:
Alguns grupos diagnosticados com diabetes
podem desenvolver esse problema nos pés, mas os principais fatores que desencadeiam o pé diabético são:
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Os principais grupos de risco envolvem pessoas com diabetes tipo 2 com faixa etária avançada. Contudo, nos últimos anos é perceptível o aumento da condição entre pessoas de 20 e 45 anos.
Portanto, qualquer pessoa diagnosticada com diabetes que não faz o controle da doença corre risco de desenvolver pé diabético.
Entre os principais sintomas a serem considerados para diagnóstico estão:
Se você apresenta algum dos sintomas citados acima, procure ajuda médica o quanto antes! Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor o resultado do tratamento.
Além de considerar os sintomas relatados pelo (a) paciente e identificados pelo (a) médico (a), o diagnóstico também conta com a realização de alguns exames de acordo com a natureza da condição:
Por fim, também são considerados outros agravantes que desencadeiam o pé diabético, como o autocuidado do paciente e acompanhamento médico ou não da diabetes.
O tratamento vai de acordo com a necessidade do paciente, e para o sintoma que apresenta. A seguir, você confere os comumente recomendados:
Na neuropatia, o tratamento varia de acordo com os sintomas. Caso não haja necessidade de medicamento, é recomendado o uso de hidratantes específicos, que não devem ser aplicados no meio dos dedos.
Além disso, a remoção de calosidades de forma que não causem traumas e a correção ou prescrição de sapatos que não causem traumas nos pés também podem ser recomendados pelo (a) médico (a).
Quando as lesões nervosas se agravam, a prescrição pode contar com medicamentos que amenizem a dor, mesmo que essa dor suma com o tempo. Antidepressivos tricíclicos, anti epilépticos e antiinflamatórios não esteróides são algumas das possibilidades.
Verificar se há infecções no pé e sua gravidade é importante para o tratamento, pois assim será ajustado o medicamento ao nível de sensibilidade dos germes. Nesse caso, o tratamento pode contar com antibióticos a depender da resposta clínica, drenagem das bolsas de pus e, em casos avançados, amputação do pé.
Caso haja o aparecimento de úlceras, é preciso seguir à risca os cuidados recomendados pelo (a) médico (a). Além do uso da insulina, é preciso manter a glicemia dentro dos padrões normais e lavar (com soro ou sabão), enxugar e usar os medicamentos prescritos da forma correta e na frequência recomendada.
Por fim, caso o (a) paciente seja fumante, é imprescindível que o hábito deverá ser suspenso.
A Isquemia distal acontece quando há uma quantidade de sangue e oxigênio divergente do considerado normal em determinado membro. Para reajustar, será necessário uso de medicamentos, como pentoxifilina, e alguns procedimentos, como revascularização, angioplastia para dilatar as artérias e enxerto ou prótese de veias.
O cuidado com os pés é muito importante, portanto, além dos medicamentos recomendados pelo (a) médico (a), os cuidados com a higienização da região é fundamental para evitar outras complicações.
Além do tratamento indicado pelo (a) seu (a) médico (a), existem alguns cuidados que, se realizados, ajudam na saúde dos pés. São eles:
O exame diário dos pés deverá ser feito pelo (a) paciente, familiar ou cuidador da seguinte maneira:
A prevenção é feita por meio de acompanhamento médico, autocuidado e de exames diários. Para isso, é importante controlar a diabetes, evitar ingerir açúcar em grande quantidade, não fumar e não consumir bebidas alcoólicas, manter a higiene e hidratação dos pés em dia e evitar calçados que causam lesões.
O pé diabético é uma condição derivada da diabetes descontrolada e de traumas que causam lesões. Muitos casos tem sua origem de neuropatias, neurovasculares ou de deformidades.
Se você ou alguém que você conhece tem algum dos sintomas ou sofre com essa condição, procure ajuda médica!
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Esp. Thayna Rose
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