Saúde

O que é e como tratar pé diabético?

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 03/01/2023Última atualização: 03/01/2023
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 03/01/2023Última atualização: 03/01/2023
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O pé diabético (CID-10 L97) é uma condição que causa lesões nos pés de pacientes diagnosticados com diabetes devido ao descontrole da doença. Cerca de 90% dos casos tem origem em neuropatias, ou seja, doenças vasculares e deformidades.

A falha na cicatrização das lesões acarretam em gangrenas e infecções. Quando não iniciado tratamento adequado ou precoce, a condição pode acarretar amputação do membro lesionado.

Considera-se que 50% dos casos de amputação de membros inferiores sem traumas tem como causa base a diabetes, portanto, o risco de amputação é 15 vezes maior em diabéticos do que na população em geral.

Já a sobrevida do (a) paciente 3 anos após a amputação passa a ser de 50%, enquanto que em 5 anos após a amputação, a taxa de mortalidade varia de 39% a 68%.

Para saber mais sobre os fatores de risco, principais sintomas, tratamento e como prevenir, continue lendo esse artigo!

Índice: Neste artigo, você irá encontrar:

  1. Fatores de risco
  2. Grupos de risco
  3. Sintomas de pé diabético
  4. Como é feito o diagnóstico de pé diabético?
  5. Tratamento para pé diabético
  6. Cuidados com o pé diabético
  7. Como prevenir o pé diabético?

Fatores de risco

Alguns grupos diagnosticados com diabetes

 podem desenvolver esse problema nos pés, mas os principais fatores que desencadeiam o pé diabético são:

  • Calçado inadequado;
  • Mau controle da diabetes;
  • Diminuição da sudorese do pé;
  • Diminuição da sensibilidade;
  • Insuficiência arterial;
  • Incapacidade de autocuidado;
  • Não seguir cuidados preventivos.

Leia mais: Dieta para diabetes: alimentação para regular a glicemia 

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Grupos de risco

Os principais grupos de risco envolvem pessoas com diabetes tipo 2 com faixa etária avançada. Contudo, nos últimos anos é perceptível o aumento da condição entre pessoas de 20 e 45 anos.

Portanto, qualquer pessoa diagnosticada com diabetes que não faz o controle da doença corre risco de desenvolver pé diabético.

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Sintomas

Entre os principais sintomas a serem considerados para diagnóstico estão:

  • Perda da sensibilidade à dor;
  • Dormência ou formigamento;
  • Atrofia;
  • Fraqueza muscular;
  • Deformidade nas unhas;
  • Rachaduras;
  • Falta de suor nos pés;
  • Gangrena;
  • Cicatrização lenta;
  • Aparecimento de úlceras.

Se você apresenta algum dos sintomas citados acima, procure ajuda médica o quanto antes! Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor o resultado do tratamento.

Como é feito o diagnóstico de pé diabético?

Além de considerar os sintomas relatados pelo (a) paciente e identificados pelo (a) médico (a), o diagnóstico também conta com a realização de alguns exames de acordo com a natureza da condição:

  • Em casos de deformações ou mal posições dos pés que causem lesões, é indicado ir ao ortopedista, de preferência especialista em pé diabético;
  • Após estudar os pés e passar medidas que ajudem na saúde dos pés, o (a) médico (a) desenvolverá podogramas e adotará medidas que evitem as lesões, como palmilhas e calçados;
  • Em caso de queda de pêlos e engrossamento de unhas, é indicado a ida a um médico cirurgião vascular;
  • Verificar se há infecções no pé é importante para o tratamento, pois assim poderão ser ajustados o medicamento ao nível de sensibilidade dos germes;
  • Coleta do material para exame bacteriológico e natureza bacteriana para a prescrição do antibiótico de largo espectro.

Por fim, também são considerados outros agravantes que desencadeiam o pé diabético, como o autocuidado do paciente e acompanhamento médico ou não da diabetes.

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Tratamento para pé diabético

O tratamento vai de acordo com a necessidade do paciente, e para o sintoma que apresenta. A seguir, você confere os comumente recomendados:

Neuropatia

Na neuropatia, o tratamento varia de acordo com os sintomas. Caso não haja necessidade de medicamento, é recomendado o uso de hidratantes específicos, que não devem ser aplicados no meio dos dedos.

Além disso, a remoção de calosidades de forma que não causem traumas e a correção ou prescrição de sapatos que não causem traumas nos pés também podem ser recomendados pelo (a) médico (a).

Quando as lesões nervosas se agravam, a prescrição pode contar com  medicamentos que amenizem a dor, mesmo que essa dor suma com o tempo.  Antidepressivos tricíclicos, anti epilépticos e antiinflamatórios não esteróides são algumas das possibilidades.

Infecções

Verificar se há infecções no pé e sua gravidade é importante para o tratamento, pois assim será ajustado o medicamento ao nível de sensibilidade dos germes. Nesse caso, o tratamento pode contar com antibióticos a depender da resposta clínica, drenagem das bolsas de pus e, em casos avançados, amputação do pé.

Úlceras

Caso haja o  aparecimento de úlceras, é preciso seguir à risca os cuidados recomendados pelo (a) médico (a). Além do uso da insulina, é preciso manter a glicemia dentro dos padrões normais e lavar (com soro ou sabão), enxugar e usar os medicamentos prescritos da forma correta e na frequência recomendada.

Por fim, caso o (a) paciente seja fumante, é imprescindível que o hábito deverá ser suspenso.

Isquemia Distal

A Isquemia distal acontece quando há uma quantidade de sangue e oxigênio divergente do considerado normal em determinado membro. Para reajustar, será necessário uso de medicamentos, como pentoxifilina, e alguns procedimentos, como revascularização, angioplastia para dilatar as artérias e enxerto ou prótese de veias.

O cuidado com os pés é muito importante, portanto, além dos medicamentos recomendados pelo (a) médico (a), os cuidados com a higienização da região é fundamental para evitar outras complicações.

Cuidados com pé diabético

Além do tratamento indicado pelo (a) seu (a) médico (a), existem alguns cuidados que, se realizados, ajudam na saúde dos pés. São eles:

  • Uso de meias de algodão sem costura;
  • Suspensão do uso de calçados apertados e com bico;
  • Elevação dos pés e dedos para melhorar a circulação sanguínea;
  • Não usar bolsa de água quente;
  • Não andar descalço;
  • Usar calçado e meia indicados pela equipe multidisciplinar;
  • Lavagem diária dos pés com água morna (tendendo a gelada);
  • Secagem cuidadosa, principalmente entre os dedos e preferencialmente com algodão;
  • Uso de hidratantes tanto nos pés, quanto nas pernas (evitar passar entre os dedos);
  • Cortar a unha de modo que não as encrave;
  • Exame diário dos pés.

O exame diário dos pés deverá ser feito pelo (a) paciente, familiar ou cuidador da seguinte maneira:

  • Verificar se há rachaduras nos pés e pernas;
  • Verificar se há alguma lesão;
  • Se há algum machucado causado por meias ou calçados;
  • Se as unhas apresentam alguma deformidade.

Como prevenir pé diabético?

A prevenção é feita por meio de acompanhamento médico, autocuidado e de exames diários. Para isso, é importante controlar a diabetes, evitar ingerir açúcar em grande quantidade, não fumar e não consumir bebidas alcoólicas, manter a higiene e hidratação dos pés em dia e evitar calçados que causam lesões.


O pé diabético é uma condição derivada da diabetes descontrolada e de traumas que causam lesões. Muitos casos tem sua origem de neuropatias, neurovasculares ou de deformidades.

Se você ou alguém que você conhece tem algum dos sintomas ou sofre com essa condição, procure ajuda médica!

Para mais informações sobre saúdediabetes, continue acompanhando o site e redes sociais do Minuto Saudável!


Referências

Imagem do profissional Thayna Rose
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Este artigo foi escrito por:

Esp. Thayna Rose

CRP: CRP/PR 08/28789Bacharel em Psicologia com especialização em Neuropsicologia.Leia mais artigos de Esp. Thayna
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