O ozônio é um composto químico muito conhecido por estar presente na estratosfera do planeta terra. Ele é um gás composto por 3 moléculas de oxigênio, e nesse contexto, age limitando a passagem dos raios ultravioletas.
Ele também está presente em baixas concentrações na camada da atmosfera em que vivemos, e pode oferecer ação oxidante e bactericida.
Porém, se há um desequilíbrio químico, principalmente se entrar em contato com compostos poluentes ou se estiver em alta concentração, o ozônio pode ser altamente tóxico.
Com base em seus benefícios, surgiu a ozonioterapia. A técnica ainda está em estudo e sendo avaliada por médicos e pesquisadores, mas já divide a comunidade científica quanto a seu uso.
Neste artigo, você irá entender mais sobre que é essa terapia, quem pode usá-lá, como é o tratamento e quais são os riscos.
Índice
A ozonioterapia se utiliza do ozônio medicinal para auxiliar no tratamento de condições diversas, como doenças e feridas.
O ozônio medicinal é gerado a partir de um processo químico e consiste na mistura do ozônio com o oxigênio puro. Suas concentrações variam de acordo com o tratamento e a necessidade de cada caso.
Há algum tempo, no Brasil, esse recurso é utilizado na área odontológica, como no tratamento de cáries e em cirurgias. A terapia também está presente em tratamentos estéticos para a pele.
Em 2018, o Conselho Federal de Medicina determinou que esse tipo de recurso não é permitido para tratamentos médicos, e pode ser realizado apenas para estudos científicos de cunho experimental.
Atualmente, no ano de 2023, busca-se ampliar o uso da ozonioterapia como tratamento complementar para outras condições.
O ozônio atua como um forte oxidante, provocando diversas reações bioquímicas no organismo. Por exemplo, ele ativa a ação do sistema imunológico, e pode gerar um aumento na produção de energia e no envio de oxigênio para as células.
Por conta disso, a substância apresenta funções benéficas no tratamento de patologias, com efeito anti-inflamatório, analgésico, antiviral, antifúngico, bactericida, entre outros.
Inclusive, testes realizados ao longo dos últimos anos indicam que a ozonioterapia é eficiente para promover o alívio da dor em diferentes condições, oferecendo maior qualidade de vida aos pacientes.
Além disso, o uso do ozônio pode auxiliar na circulação e oxigenação sanguínea. Estudos também apontam que ele pode contribuir para aumentar as proteínas, os glóbulos vermelhos e o oxigênio presentes no corpo.
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A ozonioterapia pode ser utilizada de diversas formas, a depender da necessidade e do método de tratamento escolhido. Assim, a forma de aplicação também pode ser muito variada.
Algumas das principais maneiras são:
A ozonioterapia pode ser indicada para pacientes que portam condições variadas. Ela é útil em situações em que organismo reage à alterações no equilíbrio oxidativo.
Na prática, alguns exemplos do uso dessa terapia são:
Vale destacar que nem todos esses usos estão liberados no Brasil, apesar da terapia com ozônio já ser usada para esses fins em diversos outros países.
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Ainda não se sabe totalmente quais os efeitos do ozônio no corpo humano, portanto, é difícil medir com certeza os possíveis riscos.
Mesmo com estudos ainda em andamento, já se sabe que a ozonioterapia pode provocar uma oxidação em excesso no organismo, gerando lesões e até a morte das células.
Um outro risco é a embolia, ou bloqueio de uma artéria, se a aplicação for intravenosa. O ozônio pode ainda provocar alguns efeitos colaterais, como:
Sabe-se que a quantidade e a concentração da substância utilizada em cada tratamento é importante para manter a integridade da saúde do paciente.
A manipulação deve ser feita por meio de um gerador que possua certificação de uso. Esse instrumento permite o controle preciso do ozônio. Além disso, pode ser manuseado apenas por profissionais de saúde que possuem uma qualificação específica para esse tipo de terapia.
De acordo com a Associação Brasileira de Ozonioterapia, a principal contraindicação é para as pessoas portadoras do favismo.
Essa síndrome consiste na deficiência da enzima G6PD (Glicose-6-Fosfato Desidrogenase), que protege as hemácias, que são as células sanguíneas que transportam oxigênio. Nesse contexto, o ozônio pode destruir essas células.
Outras contraindicações devem ser analisadas caso a caso, visto que a ozonioterapia varia de acordo com a condição de cada paciente.
Ainda há muito o que ser descoberto sobre a ozonioterapia, mas é fato que suas vantagens são notórias. Porém, é necessário entender quais são seus riscos e em quais situações esses riscos são maiores ou menores que os benefícios.
Em caso de dúvida, consulte sempre um especialista. Além disso, busque pela legislação em vigor e leve em conta as informações que constam nela e nos órgãos governamentais.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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