A osteopatia é uma abordagem da área de saúde que vem ganhando cada vez mais reconhecimento no Brasil.
Embora seja uma disciplina ainda em desenvolvimento no país, é interessante notar que a maioria dos profissionais especializados em osteopatia são fisioterapeutas, em contraste com países onde os médicos frequentemente se tornam osteopatas.
Essa prática terapêutica se baseia em princípios fundamentais que visam promover o bem-estar e a saúde por meio de métodos naturais e não invasivos.
Um dos princípios centrais da osteopatia é a crença de que o corpo humano tem a capacidade de se autorregular e de criar seus próprios mecanismos de cura e defesa contra doenças.
A osteopatia se destaca por sua metodologia e filosofia que incorpora conhecimentos de medicina alternativa e complementar. A abordagem osteopática tem como objetivo principal restaurar a função adequada das estruturas e sistemas do corpo, permitindo a conexão estreita entre a mente e o corpo.
Através de técnicas manuais, como manipulações, alongamentos e massagens, os osteopatas buscam promover a recuperação, manutenção e equilíbrio do organismo, ajudando os pacientes a atingir seu potencial máximo de saúde.
É importante ressaltar que a osteopatia não se limita a tratar apenas os sintomas de uma condição, mas sim avaliar o paciente como um todo, buscando compreender as interações entre os sistemas do corpo.
Índice:
O tratamento osteopático foca na identificação e correção das chamadas disfunções somáticas, que se referem a restrições na mobilidade tridimensional de elementos conjuntivos do corpo.
Essas restrições de mobilidade podem afetar articulações, músculos, ligamentos e outros componentes do sistema musculoesquelético, bem como órgãos internos. A abordagem osteopática visa restaurar a mobilidade adequada dessas estruturas.
Para se tornar um(a) osteopata, é geralmente necessário ter formação prévia em áreas como fisioterapia ou medicina. Isso ocorre porque tanto fisioterapeutas quanto médicos adquirem um conhecimento profundo de anatomia e fisiologia do corpo humano, o que é fundamental para a prática da osteopatia.
Através de técnicas manuais, como manipulações articulares, alongamentos e massagens, os osteopatas buscam liberar restrições de mobilidade e promover o equilíbrio em todo o organismo.
Essa abordagem não invasiva é considerada eficaz para uma variedade de condições, incluindo dores musculares e articulares, problemas de postura, disfunções orgânicas e até mesmo enxaquecas.
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Primeiramente, ambas as especialidades desempenham papéis complementares no campo da saúde. A escolha entre osteopatia e fisioterapia depende da condição do paciente e de seus objetivos de tratamento.
Como vimos, a osteopatia aborda o corpo como um sistema integrado, em que todas as estruturas do corpo estão interligadas e interagem umas com as outras. Concentra-se em tratar o corpo como um todo, não apenas a área afetada.
Ao tratar uma queixa específica, uma osteopata frequentemente trabalha em outras estruturas do corpo para restaurar o equilíbrio e a mobilidade.
Por outro lado, a fisioterapia é uma disciplina de reabilitação que tende a focar mais diretamente na área afetada pelo problema. Ela é frequentemente recomendada após lesões, cirurgias ou outras condições específicas que requerem intervenção terapêutica direcionada.
A fisioterapia emprega técnicas específicas de reabilitação para tratar lesões musculoesqueléticas, restaurar a função e aliviar a dor na área em questão. Essa especialidade é recomendada na recuperação pós-operatória, lesões esportivas e tratamento de dores agudas e crônicas.
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A sessão de osteopatia é um processo meticuloso e personalizado. Durante uma primeira sessão, o profissional realiza uma análise que inclui:
É a parte na qual o paciente fornece informações fornecidas sobre seus hábitos de vida, histórico médico e sintomas que está experimentando.
Essas informações ajudam o osteopata a estabelecer um quadro completo de saúde do paciente e a identificar possíveis causas de suas queixas.
Após a coleta de informações, o osteopata emprega a palpação e testes físicos para avaliar a mobilidade, a tensão muscular e a postura do paciente.
A avaliação ajuda a identificar áreas de restrição de movimento, desalinhamentos ou outros problemas no sistema musculoesquelético e em outras estruturas do corpo.
Uma vez concluída a avaliação o profissional traça um plano de tratamento personalizado. Esse processo inclui a identificação das cadeias lesionais no corpo do paciente, bem como a busca pelas possíveis origens dos problemas.
É importante destacar que, em muitos casos, a causa da dor não está necessariamente no local onde os sintomas se manifestam. Portanto, a análise considera que a interconexão do corpo é fundamental para identificar e tratar especificamente as disfunções.
Uma sessão de osteopatia geralmente tem duração de aproximadamente 50 minutos. Esse tempo é necessário para explorar os recursos terapêuticos disponíveis e aplicar as técnicas permitidas para estimular o processo de recuperação.
As técnicas podem ser aplicadas de diversas maneiras, em membros superiores e inferiores, com movimentos oscilatórios pendulares que respeitam os limites funcionais e ângulos de movimento que não causam dano ao paciente. Algumas estratégias utilizada são:
Envolvem movimentos ativos assistidos e resistidos com o objetivo de recuperar problemas musculoesqueléticos e articulares. Essas técnicas são aplicadas dentro dos limites de "não dor" e podem ou não incluir componentes vibratórios.
Eles são mostrados altamente eficazes no tratamento de restrições de movimento nas articulações da:
É uma técnica que envolve mobilização de nervos, trajetórias nervosas ou do eixo neural, como a medula espinhal, que podem estar comprometidas. Essas mobilizações são realizadas de forma a melhorar a condução nervosa.
Ela é amplamente utilizada no tratamento de condições como:
Além de, sintomas da Síndrome de Raynaud e como terapia de otimização da condução nervosa em casos de hérnias de disco e outras condições que afetam as raízes nervosas, além de enxaquecas.
Os alongamentos funcionais e técnicas músculo-energéticas são abordagens terapêuticas que envolvem uma fase ativa, na qual o paciente realiza contrações musculares na área a ser tratada, seguindo as orientações do osteopata.
Esse procedimento é combinado com uma série de vetores seguidos por um impulso rápido e curto para corrigir disfunções articulares. Esse método é eficaz na normalização articular e geralmente é indolor quando o paciente está relaxado.
A terapia sacro-craniana é uma técnica que visa a normalização das lesões nas meninges, que são as camadas que revestem o cérebro e a medula espinhal.
Isso é desenvolvido por meio de táticas manuais aplicadas em diferentes áreas cranianas e/ou em planos transversais, dependendo do tipo de terapia sacro-craniana a ser utilizada. Essa terapia é indolor e altamente relaxante.
Ela tem se mostrado eficaz no tratamento de enxaquecas e pode ser uma terapia adjuvante em distúrbios de condução nervosa que não são causados por doenças autoimunes em fase aguda.
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Embora muitas pessoas encontrem auxílio para uma variedade de condições através da osteopatia, é importante estar ciente dos riscos associados a essa abordagem e às situações em que a terapia não é recomendada.
Em primeiro lugar, a osteopatia é uma abordagem que envolve o toque e a manipulação dos tecidos do corpo. Má prática ou manipulações incorretas podem levar a lesões, desconforto ou agravamento de condições pré-existentes.
Portanto, é essencial escolher uma osteopata experiente e devidamente credenciada para garantir a segurança do tratamento.
Além disso, existem certas condições médicas em que a osteopatia não é aconselhável, como em pessoas que sofrem de:
Nestes casos, a manipulação de tecidos e articulações pode aumentar o risco de lesões, sangramentos ou complicações.
Outro grupo de pacientes que deve evitar a osteopatia são aqueles que sofrem de esclerose múltipla, uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso e pode apresentar sintomas como dor e fraqueza muscular.
A manipulação excessiva dos músculos e articulações pode agravar os sintomas e causar desconforto adicional. Nestes casos, é aconselhável procurar outras formas de tratamento que sejam mais compatíveis com as necessidades específicas do paciente.
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O tratamento osteopático adota o princípio de avaliar e tratar a pessoa como um todo, confirmando que os diferentes sistemas do corpo, incluindo músculos, ossos, articulações, coluna vertebral e órgãos internos, são reflexos da condição de saúde e também podem desempenhar um papel importante no desencadeamento de processos patológicos.
Uma das principais qualidades são suas técnicas não invasivas, evitando procedimentos cirúrgicos ou farmacológicos sempre que possível.
A abordagem osteopática vai além do conceito mecanicista de doença, enfatizando um sistema terapêutico genuíno e eficaz que se concentra em eliminar as causas da saúde comprometida, fortalecendo os mecanismos de cura inerentes ao próprio corpo.
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Kayo Vinicius Ferreira Forte
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