O aumento contínuo das temperaturas globais do planeta é um fenômeno amplamente reconhecido como aquecimento global. Esse processo é atribuído à acumulação crescente de gases do efeito estufa, incluindo o dióxido de carbono (CO2), na atmosfera.
A concentração maior de gases de efeito estufa resulta principalmente da queima de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão e gás natural, bem como do desmatamento de florestas em grande escala.
Atualmente, no Brasil, estamos testemunhando as consequências diretas da nossa negligência em relação às mudanças climáticas, com o aumento das ondas de calor.
Particularmente preocupante durante os horários de pico de calor, que geralmente ocorrem entre as 12 e 16 horas, e pode ter sérios impactos na saúde, principalmente para grupos vulneráveis.
O calor excessivo durante essas horas pode desencadear uma série de alterações no corpo que representam riscos significativos à saúde. Esses efeitos adversos são agravados em áreas onde as temperaturas atingem níveis extremamente elevados, geralmente acima de 32 graus Celsius.
As populações mais suscetíveis aos riscos associados ao calor incluem idosos, crianças, pessoas com doenças crônicas, como doenças cardíacas e respiratórias, e aqueles que não têm fácil acesso a ambientes climatizados ou à água potável.
Para aliviar esses riscos à saúde durante as ondas de calor, é fundamental adotar medidas preventivas, acompanhe o artigo para saber quais são!
Índice:
A exposição prolongada ao calor pode resultar em uma série de problemas de saúde, incluindo desidratação, insolação e exaustão.
As ondas de calor são eventos climáticos que ocorrem quando as condições meteorológicas se caracterizam pela predominância do tempo seco, aumento da pressão atmosférica entre os níveis médios da atmosfera e a superfície da Terra, o que resulta em uma elevação notável da temperatura das massas de ar próximas à superfície.
Este fenômeno é uma das consequências mais visíveis das mudanças climáticas, e suas implicações para a saúde pública são alarmantes.
O Brasil continuará experimentando altas temperaturas até o final da primavera, que se estende até dezembro. Isso significa que devemos nos preparar para a possibilidade de mais bloqueios atmosféricos e ocorrências de ondas de calor ao longo do ano.
Embora o calor possa criar um ambiente propício para atividades ao ar livre e momentos de diversão, é importante lembrar que o corpo não deve ficar exposto a temperaturas excessivamente elevadas por longos períodos de tempo. O calor intenso pode representar um risco para a saúde, especialmente se não tomarmos medidas preventivas adequadas.
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O calor excessivo pode ter várias consequências negativas para a saúde e o bem-estar. Como por exemplo, o estresse térmico, uma condição que ocorre quando o corpo é submetido a uma sobrecarga de calor intenso.
Uma das características marcantes do estresse térmico é o aumento acentuado da temperatura corporal. Isso pode levar a uma temperatura acima de 40 graus Celsius ou até mesmo mais elevada. Em casos graves de estresse térmico, a pessoa afetada pode perder completamente a consciência.
Isso ocorre quando o corpo não consegue mais regular sua temperatura interna e entra em colapso. Afetando também a função cognitiva e a capacidade mental, como confusão, dificuldade de concentração, falta de coordenação e resposta lenta a estímulos.
Em resposta ao estresse térmico, o coração pode bater mais rapidamente para fornecer sangue às áreas mais críticas do corpo. A respiração também pode acelerar à medida que o corpo tenta dissipar o excesso de calor.
Outras consequências associadas ao calor excessivo incluem:
O calor intenso pode causar uma rápida perda de líquidos corporais por meio da transpiração. A desidratação pode levar a sintomas como sede, boca seca, urina escura, tonturas e fadiga.
O calor excessivo pode afetar os rins, que desempenham um papel fundamental na regulação da temperatura corporal. A desidratação, que é comum em condições de calor intenso, pode sobrecarregar os rins e aumentar o risco de cálculos renais e outras complicações renais.
Condição grave causada pela exposição prolongada ao calor extremo. Ela pode levar a sintomas como temperatura corporal elevada, pele quente e vermelha, confusão mental, náuseas e até mesmo perda de consciência. A insolação é uma emergência médica que requer atenção imediata.
O calor pode desencadear problemas cutâneos, além das queimaduras, representando um desafio adicional para a saúde da pele. Uma preocupação comum é a fragilização da pele, que pode abrir portas para a proliferação de fungos responsáveis pelo desenvolvimento de micoses.
As micoses, ou infecções fúngicas da pele, podem se manifestar como erupções cutâneas, coceira intensa, vermelhidão e descamação. Essas condições são desconfortáveis e podem interferir na qualidade de vida. Para evitar a proliferação de fungos e o surgimento de micoses, é essencial adotar medidas de higiene e cuidado com a pele.
O calor extremo tem o potencial de induzir cãibras musculares, um fenômeno caracterizado por contrações musculares dolorosas e involuntárias. E ao contrário das crenças populares, as cãibras estão mais relacionadas à desidratação do que à falta de potássio, embora este mineral desempenha um papel importante na função muscular.
O calor pode desencadear uma gama mais ampla de sintomas, alguns dos quais podem ser graves. Entre esses sintomas mais graves estão tontura, náuseas e até mesmo vômitos.
O calor excessivo afeta o corpo de várias maneiras, pois à medida que a temperatura ambiente aumenta, os vasos sanguíneos periféricos se dilatam, permitindo que o sangue flua mais rapidamente nessas áreas. Esse processo pode levar à queda da pressão arterial, resultando em sensações de fraqueza, cansaço e sonolência.
A combinação de altas temperaturas e alta umidade do ar pode intensificar ainda mais a sensação de desconforto.
Condições climáticas quentes frequentemente coincidem com a diminuição da umidade do ar, o que pode agravar doenças respiratórias pré-existentes, como asma, sinusite, rinite e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).
A baixa umidade do ar pode ressecar as vias respiratórias, tornando-as mais propensas a irritações e inflamações. Além disso, a exposição a temperaturas elevadas pode levar a um aumento da frequência respiratória, o que é ser desafiador para pessoas com condições respiratórias.
Outra preocupação relacionada ao calor é o aumento da incidência de infecções respiratórias. Ambientes quentes e úmidos podem criar condições propícias para a proliferação de vírus e bactérias, tornando as pessoas mais suscetíveis a infecções respiratórias, como resfriados e gripes.
Para pessoas com doenças cardíacas, o calor excessivo pode sobrecarregar o sistema cardiovascular. O aumento da temperatura corporal pode fazer com que o coração trabalhe mais para resfriar o corpo, aumentando o estresse sobre o músculo cardíaco.
Capaz de desencadear eventos como dor no peito, arritmias cardíacas e até mesmo ataques cardíacos em casos graves.
Em eventos de calor extremo consegue ter implicações significativas na propagação e no surgimento de doenças, especialmente aquelas transmitidas por vetores, como a malária, a dengue e a febre do Nilo Ocidental.
Essas doenças são altamente sensíveis às mudanças climáticas, pois os mosquitos, que atuam como vetores dessas enfermidades, podem adaptar seu comportamento de acordo com as condições ambientais. Aumentos na temperatura e na umidade podem criar condições ideais para a reprodução e proliferação desses insetos
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Manter-se hidratado é fundamental. Beba água regularmente ao longo do dia, mesmo se não estiver com sede. Além de evitar bebidas alcoólicas e cafeína, que podem contribuir para a desidratação.
Incremente a sua dieta com a ingestão de sucos de frutas naturais, sem a adição de açúcar, como parte do seu dia. Consumir sucos de frutas frescas pode trazer uma série de benefícios para a sua saúde.
Evite o consumo de bebidas com alto teor de açúcar como parte de uma estratégia saudável durante os períodos de calor. Além disso, optar por refeições leves, pouco condimentadas e mais frequentes é uma abordagem sensata para cuidar da saúde em condições climáticas quentes.
Utilize o protetor solar com um fator de proteção solar (FPS) apropriado como parte essencial da sua rotina de cuidados com a pele, a fim de prevenir queimaduras solares e proteger a saúde da sua pele, principalmente das 10 às 16 horas.
Além de prevenir queimaduras solares, o uso regular de protetor solar ajuda a proteger a pele contra os danos cumulativos causados pelos raios UV, como rugas, manchas escuras, perda de elasticidade e risco de câncer de pele.
Aplique de maneira adequada para garantir uma proteção eficaz. Passe uma quantidade suficiente para cobrir completamente a pele, incluindo o rosto, o pescoço, os braços e outras áreas expostas.
Outro ponto importante, não deve ser limitado apenas aos dias ensolarados, a exposição solar ocorre durante todo o ano, e a proteção da pele deve ser uma prática contínua para pessoas de todas as idades e tipos de pele.
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Opte por roupas leves, de cores claras e soltas, que permitam a ventilação e reduzam o acúmulo de calor corporal. Use chapéus e óculos de sol para proteção adicional.
Mantenha a circulação de ar em ambientes fechados, se possível. Use ventiladores ou ar-condicionado para ajudar a reduzir a temperatura interna. Utilize técnicas de resfriamento, como tomar banhos frios ou usar toalhas úmidas para reduzir a temperatura corporal.
Reduzir a intensidade das atividades físicas e fazer pausas regulares em lugares à sombra, frescos e bem ventilados como parte de uma estratégia eficaz para cuidar da saúde durante períodos de calor intenso. Evitar atividades físicas extenuantes nos momentos mais quentes do dia é fundamental para prevenir complicações relacionadas ao calor.
Em climas quentes, a escolha de alimentos e bebidas desempenha um papel importantíssimo na manutenção do equilíbrio do corpo e na prevenção de desconfortos relacionados ao calor.
O corpo costuma perder uma quantidade significativa de água através da transpiração, o que pode levar à desidratação se não houver reposição adequada de líquidos. Portanto, é fundamental priorizar as comidas a seguir:
Opte por alimentos que contenham uma quantidade maior de água, como legumes e vegetais frescos. Esses alimentos contribuem significativamente para a hidratação do corpo.
Os legumes e vegetais são fontes ricas de vitaminas e minerais essenciais, como vitamina C, potássio e magnésio, que desempenham papéis cruciais na manutenção da saúde e na regulação dos processos corporais.
Em dias muito quentes, é aconselhável escolher frutas com alto teor de água, como melancia, laranja, tangerina e melão.
Essas frutas não apenas saciam a sede, mas também fornecem nutrientes essenciais, incluindo antioxidantes que protegem as células do estresse oxidativo.
Além de alimentos ricos em potássio, como banana, uva e abacate, são particularmente benéficos em climas quentes. O potássio é um eletrólito essencial que auxilia na recomposição das substâncias perdidas pelo suor.
Peixes grelhados e carnes magras, como peito de frango sem pele, são fontes de proteína magra que fornecem aminoácidos essenciais para a construção e reparo dos tecidos corporais.
Optar por proteínas magras ajuda a evitar a sensação de corpo pesado após as refeições e contribui para uma digestão mais leve.
É importante evitar certos tipos de alimentos no calor devido a vários motivos relacionados à segurança alimentar, à digestão e ao conforto durante as condições climáticas quentes.
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No verão ou em ondas de calor, é fundamental adotar práticas que visam a proteção da saúde e o bem-estar em meio às condições climáticas quentes. Principalmente para grupos mais vulneráveis, como idosos, pessoas com comorbidades e crianças pequenas.
Esses indivíduos enfrentam maiores dificuldades devido às suas limitações fisiológicas e médicas. A exposição prolongada ao calor pode desencadear alterações no organismo, incluindo desidratação, exacerbação de condições médicas pré-existentes e aumento do risco de insolação.
Práticas de cuidados incluem a hidratação para evitar a desidratação, o uso de protetor solar para prevenir danos à pele, tomar banhos gelados, descanso adequado, uma alimentação equilibrada e o uso de roupas adequadas para evitar superaquecimento.
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Kayo Vinicius Ferreira Forte
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