A Síndrome de Asperger foi estudada e descrita por Hans Asperger, um pediatra austríaco que, em 1944, observou e descreveu o comportamento de crianças que apresentavam características específicas, como comprometimento nas interações sociais, na comunicação e na coordenação motora.
Com a publicação do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), a Síndrome de Asperger deixou de ser considerada um diagnóstico separado e passou a ser incluída no grupo de Transtornos do Espectro Autista (TEA, ou ASD em inglês), sendo considerada uma forma mais branda de autismo.
O Asperger é uma condição de base genética que afeta de 3 a 7 a cada 1000 crianças, não tem cura e requer tratamento contínuo com psicólogos.
Para saber mais sobre a Síndrome de Asperger, causas, sintomas e tratamento, continue acompanhando o artigo!
Índice — Neste artigo você encontrará:
As causas da Síndrome de Asperger ainda não são totalmente esclarecidas, mas acredita-se que fatores genéticos hereditários e disfunções cerebrais podem estar envolvidos.
Pesquisas estão em andamento para entender melhor a condição e descartar possíveis relações com experiências de relacionamentos abusivos na infância ou privação emocional, por exemplo.
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Atualmente, é entendido que a Síndrome de Asperger faz parte do Transtorno do Espectro Autista (TEA), mas anteriormente acreditava-se que as pessoas com autismo enfrentavam complicações mais graves na linguagem, sensibilidade, alimentação e sono em graus variáveis.
Por outro lado, pacientes com Síndrome de Asperger apresentavam sintomas mais brandos, como a capacidade de se comunicar de forma mais sofisticada do que seria comum para sua idade. Embora possam ser considerados estranhos em situações sociais, os indivíduos com Asperger geralmente são independentes em sua vida cotidiana.
Acredita-se que a Síndrome de Asperger possa estar associada a fatores genéticos, o que significa que indivíduos com pais ou parentes próximos com essa ou outras condições de origem neurológica e/ou genética podem ter maior probabilidade de desenvolver a síndrome.
Além disso, meninos apresentam maior propensão a serem diagnosticados com a síndrome do que meninas.
A Síndrome de Asperger é uma condição que afeta o modo como o indivíduo se comunica e se relaciona com outras pessoas. Os sintomas geralmente se manifestam na infância, com mudanças comportamentais visíveis a partir dos 3 anos, idade ideal para ocorrer o diagnóstico. Entre as características da condição pode-se citar:
Geralmente, a síndrome é comumente diagnosticada entre os 5 e 9 anos. Porém, em casos leves, pode ser identificada somente na adolescência ou até mesmo na idade adulta.
Se os sinais forem notados logo na infância, os pais devem levar seus filhos ao médico para receber orientação de acompanhamento com os seguintes especialistas:
Na consulta médica, é dada ênfase ao desenvolvimento social por meio de avaliações da comunicação para determinar quais os pontos fortes e os acometidos. Além disso, também são realizados testes de reconhecimento de emoções e compreensão do pensamento de outra pessoa.
A Síndrome de Asperger não tem cura, mas alguns de seus sintomas podem ser controlados com o uso contínuo de medicamentos e terapia. Os sintomas podem variar ao longo do tempo, portanto, quanto mais cedo for diagnosticada e iniciada a terapia, melhor será a adaptação do(a) paciente ao ambiente e ao convívio social.
Os tratamentos variam porque os padrões de comportamento e problemas podem diferir de pessoa para pessoa. Portanto, é importante que um(a) médico(a) especialista teste diferentes procedimentos para encontrar aquele que melhor se adapte às necessidades do(a) paciente.
O tratamento é realizado por um(a) psicólogo(as), preferencialmente desde a infância. As consultas visam ajudar na interação com outras pessoas, melhorar a compreensão dos próprios sentimentos e dos outros.
O método multidisciplinar, que envolve neuropsicólogos(as), pediatras, fonoaudiólogos(as) e psicopedagogos(as), é o mais eficaz para observar os sintomas do paciente em todos os aspectos. Professores, babás, familiares e outras pessoas que convivem com a criança também devem estar envolvidos no processo.
Os procedimentos realizados incluem:
Com o tratamento adequado, os pacientes com Síndrome de Asperger podem aprender a controlar alguns dos desafios sociais e de comunicação que enfrentam diariamente. Algumas recomendações para conviver com pessoas com Asperger ou autismo incluem:
Essa condição pode dificultar o desempenho escolar e a socialização da criança. Por isso, é fundamental que os pais ou responsáveis busquem ajuda médica assim que perceberem possíveis sintomas durante o desenvolvimento da criança.
Não possui formas conhecidas de prevenção, portanto, é importante que as crianças sejam diagnosticadas logo no início da infância para iniciar o tratamento e evitar maiores complicações.
Após 2013, a síndrome de Asperger passou a fazer parte do diagnóstico de autismo, mas apresentando um grau mais leve e sintomas brandos.
Se você ou alguém que você conhece apresenta esses sinais, procure ajuda psiquiátrica ou psicológica!
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Esp. Thayna Rose
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