Esporotricose: saiba como identificar e prevenir a doença

O que causa?

A esporotricose é uma infecção fúngica causada por fungos da espécie Sporothrix spp, que são encontrados principalmente no solo e em locais com matéria orgânica em decomposição, como folhas, galhos e restos vegetais. 

Além disso, esses fungos também podem estar presentes locais como plantas, espinhos, madeiras, farpas e cascas de árvores.

Transmissão

A transmissão desses fungos ocorre, principalmente, por meio do contato direto com materiais contaminados que geram lesão na pele, mesmo que seja bem pequena.

Ela pode ser transmitida por meio de ferimentos causados por espinhos, pedacinhos de madeira, lascas ou outros objetos contaminados com o fungo e, até mesmo, contato com o solo contaminado.

Pessoas que trabalham em atividades agrícolas, jardinagem ou que manipulam plantas, como agricultores, floristas e jardineiros, acabam ficando mais expostas ao fungo, e por isso a esporotricose foi chamada por muito tempo de doença do jardineiro ou doença da roseira.

Contudo, outra forma de contágio são arranhões e mordidas de animais infectados, principalmente gatos e cães. Atualmente, esse tipo de transmissão também é bastante comum.

É importante ressaltar que essa micose não é transmitida de pessoa para pessoa, ou seja, não é uma doença contagiosa entre seres humanos.

Sinais e sintomas

Em humanos

Os sintomas em humanos podem variar de acordo com o tipo de infecção, e a forma cutânea é a mais comum.

Nesse quadro, existe a formação de lesões na pele que podem começar como pequenos caroços vermelhos e evoluir para úlceras dolorosas e nodulares e que podem desaparecer.

Se a infecção se disseminar pelo corpo, ela pode afetar órgãos internos, como pulmões, articulações, ossos e sistema nervoso central, e pode causar manifestações como:

• Falta de ar;
• Tosse;
• Dor para respirar;
• Febre;
• Inchaço;
• Dor ao se movimentar, conforme o local afetado.

Gatos

Os felinos contaminados costumam apresentar graves feridas na pele, de difícil cicatrização e com pus, principalmente na região da cabeça, cauda e patas. Espirros também são frequentes.

Assim como nos humanos, caso se espalhe internamente pelo organismo, a doença pode provocar manifestações mais graves.

Cães

Nos cães a doença se desenvolve de forma semelhante à dos gatos. Os fungos também formam lesões cutâneas, como feridas, úlceras ou nódulos que praticamente não cicatrizam e são profundas. Elas aparecem especialmente nas patas e focinho.

Os cachorros ainda podem ter perda de pelos no local das lesões, irritação, coceira e vermelhidão na pele.

Caso se espalhe pelo organismo, também pode causar sintomas mais intensos.

Se você ou seu bichinho de estimação apresentar qualquer sintoma mencionado acima, busque ajuda especializada. Nunca se automedique ou administre medicamentos nos pets sem recomendação médica/veterinária!

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Esporotricose tem cura?

Sim, a doença tem cura! Mas para isso, é preciso seguir o tratamento de forma rigorosamente, como seu(a) médico(a) ou veterinário(a) do seu bichinho recomendar.

Tratamento

O tratamento da esporotricose é feito basicamente com prescrição de medicamentos antifúngicos, como o itraconazol, que deve ser receitado por um(a) médico(a) ou veterinário(a).

A duração da intervenção pode variar de semanas a meses, dependendo da gravidade da infecção.

É importante que o acompanhamento seja feito sem interrupções para que os fungos sejam combatidos por completo. 

Em casos mais graves ou avançados da doença, os(as) especialistas podem recomendar outras medidas e procedimentos para ajudar a erradicar a doença.

Como prevenir a esporotricose?

A prevenção da esporotricose envolve medidas que visam evitar o contato direto com o agente causador ou interromper seu ciclo de vida, como:

• Usar luvas e calçados apropriados ao lidar com materiais potencialmente contaminados, como solo, plantas em decomposição e espinhos;
• Evitar arranhões ou mordidas de bichinhos infectados;
• Profissionais da saúde devem utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI) de forma regular;
• No caso da morte de um animal infectado, é aconselhável a cremação para que o fungo não seja levado à terra;
• Evitar que seus pets tenham acesso à rua sem supervisão.

A esporotricose é uma doença causada por uma infecção fúngica do gênero Sporothrix. Ela pode afetar tanto humanos quanto animais, como gatos e cães.

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Referências

• Recomendações sobre a vigilância de esporotricose animal no Brasil — Ministério da Saúde e Secretaria de Vigilância em Saúde e Meio Ambiente;
• Esporotricose humana: recomendações da Sociedade Brasileira de Dermatologia para o manejo clínico, diagnóstico e terapêutico — Sociedade Brasileira de Dermatologia;
• Esporotricose Humana — Ministério da Saúde;