O tratamento dos sintomas da menopausa pode começar antes dela ocorrer, mas nem sempre é recomendado ou necessário. É importante que não apenas o ginecologista seja consultado nessa fase, mas também outras especialidades para que os cuidados com a saúde sejam completos.

Devido ao envelhecimento, alterações metabólicas podem gerar o aumento de peso, por isso o endocrinologista e o nutricionista são necessários para avaliar as condições metabólicos e alimentares. Além disso, o endócrino pode acompanhar outras condições ou doenças, como diabetes, pressão alta ou colesterol.

Gastroenterologista e cardiologista são outras especialidades recomendadas para fazer um check up geral, que deve ser realizado anualmente.

Além disso, é sempre recomendado avaliar a necessidade de um acompanhamento psicológico. Vale lembrar que nem todos precisam de medicação psiquiátrica, porém a terapia é medida de manutenção da saúde e qualidade mental.

Melhorar a qualidade de vida e o bem-estar é o ponto principal do tratamento, que deve sempre ser conversado e avaliado com o médico.

Podem ser empregadas alternativas medicamentosas hormonais e não hormonais, além de outras práticas terapêuticas.

Os tratamentos medicamentosos devem ser considerados como recursos de curto prazo, com o objetivo de controlar sintomas.

As terapias complementares ou alternativas podem ser adotadas sem tempo determinado, pois as medidas não químicas para a melhora da qualidade de vida devem se estender por toda a vida.


Atualmente, a reposição hormonal para a prevenção de doenças ou a longo prazo não é mais recomendada.

Conheça um pouco mais sobre algumas opções:

Terapia hormonal (reposição hormonal)

A terapia hormonal tem como objetivo combater os sintomas mais debilitantes ocasionados pela queda hormonal. O ressecamento vaginal, as alterações de pele, o comprometimento da massa óssea, as alterações de sono e de humor são alguns dos sintomas mais beneficiados com a reposição.

A apresentação dos hormônios é variada, podendo ser por ingestão oral (comprimidos), gel ou cremes de uso tópico, adesivos ou injetáveis, por exemplo.

Quando há sintomas limitados, como secura vaginal, há a possibilidade de administrar medicamentos à base de hormônio estrogênio diretamente na vagina, através de creme, comprimido ou anel vaginal.

Nesse procedimento, pequenas doses do hormônio são liberadas para que o ressecamento na região alivie, diminuindo o atrito da mucosa vaginal.

As dosagens devem ser as menores possíveis, visando apenas estabelecer o equilíbrio e conforto da paciente, sempre considerando os riscos que a terapia pode oferecer.

Em geral, a terapia para a menopausa deve ser planejada pretendendo o menor tempo possível. Ou seja, segundo o Ministério da Saúde, os medicamentos devem sanar o desconforto da mulher e melhor a qualidade de vida, devolvendo o bem-estar à paciente.

Para mulheres que decidem iniciar tratamento hormonal, o tempo médio de uso deve ser de 4 anos e sempre considerando os possíveis efeitos adversos. Além disso, podem ser associados ou usados isoladamente outros remédios a fim de amenizar sintomas.

Quando a paciente apresenta quadros de diabetes, endometriose e miomatose uterina ou pré-disposição para qualquer tipo de câncer, a reposição com hormônios deve ser devidamente conversada e avaliada com o médico.

Mas o uso hormonal pode trazer riscos à saúde e, segundo o Ministério da Saúde, a terapia é desaconselhada quando há:

  • Câncer de mama;
  • Câncer de endométrio;
  • Doença hepática grave;
  • Sangramento genital não esclarecido;
  • História de tromboembolismo agudo e recorrente;
  • Porfiria.

No entanto, alguns estudos avaliam os riscos e benefícios de adotar a terapia hormonal antes da finalização da menstruação, assim, inicia-se a reposição como modo preventivo e redutor dos sintomas.

O método é conhecido como reposição na janela de oportunidade. Ou seja, aproveitar que os sintomas ainda não se manifestaram e a mulher ainda não sofreu os efeitos da idade e da falta de estrogênio, para ofertar hormônios.

A janela de oportunidade, segundo os adeptos, poderia reduzir os riscos de complicações geradas pela queda hormonal.

Porém, diversos especialistas e estudos, como um de revisão publicado nos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, apontam que, considerando o conhecimento atual sobre os efeitos da terapia hormonal, não há evidência de que seja seguro ou benéfico iniciar os medicamentos à base de hormônio como método preventivo.

Tratamento não hormonal

Alguns sintomas, como calorão, transpiração excessiva, fadiga e alterações emocionais podem ser amenizados com o uso de terapias não hormonais, que pode ser através do uso de antidepressivos, antidopaminérgicos, vaso-ativos e hipnosedativos.

Além disso, devem ser mantidos ou iniciados medicamentos necessários para tratar ou estabilizar outras doenças, como diabetes, pressão alta ou osteoporose (que podem ser desencadeadas ou agravadas com a chegada da menopausa).

Terapias alternativas

O Ministério da Saúde também considera como parte do tratamento medicamentoso não hormonal a medicina natural, as práticas complementares e a fitoterapia.

Recorrer às medidas alternativas e naturais para amenizar os sintomas é uma prática válida e reconhecida, que pode trazer benefícios ao organismo e à qualidade de vida, desde que devidamente acompanhados por profissionais habilitados.

Algumas opções que podem trazer bons resultados ao bem-estar da mulher são:

Fitoterapia

Mulheres interessadas em adotar a fitoterapia no climatério ou após a menopausa podem fazer essa transição entre as fases reprodutivas de maneira muito mais tranquila. As medidas encontram amparo em estudos que apontam os benefícios e a ação de alguns fitoterápicos, entre eles os chás ou os suplementos manipulados, de acordo com a recomendação do profissional.

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Acupuntura

Considerando a paciente em sua integridade, a acupuntura visa resolver ou amenizar os sintomas trabalhando pontos específicos do corpo. A prática promove o relaxamento, melhora a respiração e pode ser funcional para amenizar quadros psicológicos e orgânicos.

Associada aos tratamentos medicamentosos, se necessário, a acupuntura pode trazer benefícios à rotina, sendo também uma atividade para manter e estimular as atividades fora do eixo familiar ou doméstico.


Saiba mais sobre menopausa:


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