Com o surgimento do novo coronavírus (Covid-19), foram determinados também alguns grupos de risco da doença, com base nas análises de caso. Dentre esses grupos, está o de pessoas hipertensas.
Milhões de brasileiros sofrem de hipertensão (pressão alta). É uma condição bastante comum, mas que se não monitorada com auxílio médico pode trazer complicações.
Entenda por que quem tem essa doença crônica corre maior risco:
Índice — neste artigo você vai encontrar:
A hipertensão, popularmente conhecida como pressão alta, é uma doença crônica e que pode muitas vezes não manifestar sintomas.
De forma geral, considera-se que o(a) paciente é hipertenso(a) quando apresenta pressão arterial superior a 140 x 90 mmHg (milímetro por mercúrio) — ou 14 por 9. Esses valores são aplicáveis a pessoas maiores de 18 anos.
Estima-se que 25% da população brasileira sofra com a condição, destacando que quando se trata de pessoas com mais de 60 anos de idade a porcentagem ultrapassa os 50%.
As causas deste distúrbio estão, no geral, relacionadas a fatores como:
Vale destacar, ainda, que a hipertensão é um fator de risco para problemas como AVC (acidente vascular cerebral), infartos e insuficiência renal.
A forma de se contaminar pelo novo coronavírus é igual para todas as pessoas. Ou seja, ocorre através das mucosas do nariz, boca ou olhos.
É possível pegar o vírus tanto a partir do contato direto com pessoas infectadas, por meio de toque físico ou gotículas (saliva, espirro, etc), quanto indiretamente — por meio de superfícies contaminadas, por exemplo.
Sendo assim, independente de outras doenças (como a pressão alta), a forma de contaminação é a mesma e o risco não é mais elevado devido a uma doença pré-existente.
De forma geral, é necessário cuidar da imunidade, pois pessoas com imunidade baixa têm sim maior risco de contaminação — e quem sofre com doenças crônicas está mais suscetível a ter esse problema.
Então, se você é hipertenso(a), deve seguir as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) assim como as outras pessoas. Ou seja:
Dessa forma, você estará prevenindo-se, o que é ainda mais importante caso sofra de hipertensão — considerando que a doença não aumenta o risco de pegar o novo coronavírus, mas pode sim aumentar as complicações em caso de contaminação. Entenda o motivo:
Alguns estudos e análises médicas indicam teorias para explicar o índice de mortalidade por Covid-19 maior em pessoas que sofrem de hipertensão. Considerando que, para a população geral, a taxa é de aproximadamente 3% (variando entre cada país) e no caso de hipertensos, sobe para aproximadamente 10%.
Dentre as teorias, com base em análises de caso, está a ideia que os remédios utilizados para pressão alta podem favorecer a ação do novo coronavírus.
Isso porque, para infectar as células, esse vírus (Sars-Cov-2) utiliza a enzima conversora de angiotensina 2 (ECA-2) — presente nas células do pulmão, rim e outros órgãos.
Assim, alguns medicamentos utilizados para hipertensão elevam os níveis dessas enzimas e, dessa forma, poderiam favorecer a replicação do vírus no organismo.
Porém, é preciso deixar claro que não há nenhum estudo que comprove essa teoria, são apenas suposições médicas com base em alguns casos. Então, por exemplo, não seria nada prudente interromper o tratamento para hipertensão a fim de tentar se “prevenir” contra o novo coronavírus.
Como mencionado, as taxas de mortalidade pelo novo coronavírus são maiores em pessoas hipertensas. Mas que complicações levam a esse fato?
Os(as) especialistas indicam que pacientes com pressão alta tendem a ter um endurecimento das artérias, além de outras complicações que comprometem o fluxo de sangue para os pulmões — de maneira que ficam mais debilitados(as).
Além disso, sabemos que é a partir da circulação sanguínea que os anticorpos podem atuar no organismo. Sendo assim, uma circulação comprometida passa a dificultar o acesso das células de defesa às áreas acometidas pela infecção.
Vale destacar, ainda, que essas complicações também ocorrem com mais frequência em quem já sofreu infarto ou derrame, além de pessoas com obstruções nas artérias, insuficiência cardíaca, placas de ateroma ou outros males no peito.
A contaminação ocorre da mesma maneira em todas as pessoas, porém, quem tem problemas de pressão alta precisa intensificar os cuidados contra o Sars-Cov-2 (novo coronavírus).
Se você se enquadra nesse grupo de risco, o mais prudente a ser feito é:
Além disso, em caso de contaminação e necessidade de tratamento hospitalar, é bastante oportuno que os(as) médicos(as) incluam um(a) profissional especializado em cardiologia para acompanhar a pessoa infectada pelo vírus.
O mundo inteiro enfrenta a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e muitas pessoas estão lutando por suas vidas. Isso reforça a necessidade de nos protegermos e seguirmos as orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) quanto às medidas preventivas.
Se você faz parte do grupo de risco de pessoas que sofrem de hipertensão (ou outro grupo), reforce seus cuidados e preze por sua saúde em primeiro lugar.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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