Obesidade, gravidez e vida sedentária são condições bem diferentes, mas que podem ter uma coisa em comum: ser a causa de dores e incômodos intensos decorrentes das hemorroidas.
Sangramento, coceira na região do ânus e dificuldade na hora de evacuar são sensações recorrentes em quem sofre com o problema.
Mas há formas de tratar e eliminar o desconforto.
Leia mais sobre hemorroidas!
Índice — nesse artigo você encontrará as seguintes informações:
Um incômodo todas as vezes que é preciso ir ao banheiro começa a surgir. A dor e coceira na região final do ânus passam a ser constantes e muito debilitantes, afetando a rotina intestinal e diversas outras atividades da vida.
Esses são sintomas clássicos da hemorroida, um inchaço nas veias presentes na região retal, que pode ser interno (e não visível) ou externo (e visível).
O tubo intestinal é vascularizado por diversos pequenos vasos sanguíneos, sendo chamados de hemorroidárias.
Eles são normais e atuam auxiliando no fechamento do ânus para o controle da evacuação.
Então, anatomicamente, todos possuímos hemorroidas.
O que é popularmente chamado de hemorroidas são as disfunções, inchaços e dilatações desses vasos, sendo conhecida também como doença hemorroidária.
Quando os vasos sofrem com pressão ou força excessiva, suas paredes podem se afinar e romper. O que configura varizes hemorroidárias, em que o mecanismo é bastante semelhante ao do surgimento de varizes nas pernas.
Anatomicamente, a maioria das veias possui válvulas que auxiliam na condução do sangue, mantendo o fluxo em uma mesma direção.
Porém, as veias hemorroidárias não possuem essa estrutura condutora. Isso faz com que seja mais fácil que o sangue se concentre e acumule indevidamente na região.
As dilatações das veias da região retal podem, então, se dilatar, inflamar e sangrar, caracterizando a doença hemorroidária.
Estima-se que cerca de 5% da população sofra com algum dos 4 graus da doença, que geralmente é acompanhada de coceira, dor, sangue e aparição de nódulos no ânus.
As hemorroidas externas são aquelas que se apresentam fora do ânus e, por isso, são facilmente visualizadas.
Geralmente, os pacientes não apresentam dor ou outros sintomas, sendo, portanto, um quadro assintomático. Porém, a região é revestida por camadas de pele bastante sensíveis, fazendo com que, se houver dor, ela possa ser intensa.
A hemorroida interna acontece acima do esfíncter do ânus, uma membrana muscular que auxilia no controle da evacuação.
Geralmente, o tipo causa sintomas mais agudos e intensos se comparado ao tipo externo, mas é possível que a doença permaneça assintomática por algum período.
Porém, ela se subdivide em 4 estágios ou graus, sendo que, se não tratadas, podem gradualmente migrar do grau 1 ao 4. Por isso, todos necessitam de acompanhamento médico.
As hemorroidas podem ser divididas em 4 graus, que afetam em seu tamanho e intensidade dos sintomas:
Porém, ela se subdivide em 4 estágios ou graus, sendo que, se não tratadas, podem gradualmente migrar do grau 1 ao 4. Por isso, todos os graus necessitam de acompanhamento médico.
As hemorroidas fazem parte da estrutura anatômica de todas as pessoas. Mas, algumas vezes, elas ficam sensíveis, dilatadas e inflamadas.
Para saber quando elas inflamam, é preciso observar os sinais e sintomas decorrentes, que geralmente envolvem dor, sangramentos, nódulos e saliências na região anal, além de dificuldade em evacuar.
Esses são alguns aspectos que indicam a inflamação hemorroidal.
As causas das hemorroidas ainda são bastante debatidas e incertas. Em geral, se atribui à degradação ou deterioração das camadas retais o aparecimento da doença, sendo possivelmente desencadeados por fatores como envelhecimento, hábitos intestinais e esforço da musculatura retal devido à constipação.
A causa da dilatação e sangramentos é o afinamento das paredes dos vasos sanguíneos, que pode ser desencadeado ou favorecido por fatores como:
Fatores alimentares são apontados, por vezes, como possíveis causadores das hemorroidas. Porém, há bastante divergência na informação.
Alguns pesquisadores sugerem que uma dieta com alimentos fortes e irritativos (como pimentas) poderia desencadear e favorecer a doença.
Mas outros sugerem que a relação entre alimentação e hemorroida se dá apenas pela carência de fibras (o que causaria a constipação).
Considerando as prováveis causas das hemorroidas, os fatores de risco mais associados à doença são:
Durante a gravidez, uma série de alterações no corpo e no organismo podem acontecer, entre elas, o surgimento das hemorroidas. Isso ocorre porque há o crescimento do útero e o aumento da pressão na região pélvica, causando compressão do fluxo sanguíneo e favorecendo a prisão de ventre.
A condição é frequente e os cuidados devem ser os mesmo para pessoas não grávidas: alimentação adequada, hábitos saudáveis e acompanhamento médico (pré-natal).
Os cuidados ainda devem ser reforçados devido às variações imunológicas que a mulher gestante apresenta.
Em geral, a condição apresenta boas melhoras após o tratamento indicado.
Nem sempre as hemorroidas causam sintomas, como dores ou coceira na região, sendo que, nesses casos, o sangramento costuma ser o primeiro sinal de alerta.
É importante lembrar que sangue nas fezes sempre precisa ser investigado e que há diversas condições que podem estar associadas.
Em geral, o paciente não sente dor e, por isso, tem dificuldade em perceber que há alguma coisa errada no organismo.
Como a região anal é de difícil visualização, mesmo que a hemorroida esteja no grau 2, pode ser demorado percebê-la.
Somente quando há alguma lesão ou ruptura do vaso hemorroidário, fazendo com que sangramentos ocorram, é que o paciente começa a notar alterações no corpo.
Entre os pacientes que manifestam sintomas, os sinais mais frequentes e comuns são:
Outras condições que podem se manifestar nas hemorroidas e configuram quadros mais graves e intensos:
A trombose hemorroidária é caracterizada por um nódulo ou saliência, geralmente bastante doloroso e com coloração diferenciada (podendo apresentar tons azulados).
Normalmente, a manifestação não é gradual, ou seja, ela se inicia rápida e abruptamente, em que a dor se intensifica nas primeiras 48 horas e tende a regredir após 4 dias.
A trombose ocorre porque as veias estão dilatadas e o fluxo de sangue tende a ser mais lento nessa parte, fazendo com que ele se acumule e coagule.
Algumas condições podem favorecer essa coagulação, como a desidratação ou o consumo de álcool.
Com a coagulação, forma-se um nódulo (massa endurecida) extremamente dolorido, sendo possível que ocorram necroses e ulcerações na pele que recobre a hemorroida com trombose.
A crise hemorroidária é a manifestação dos sintomas, caracterizando os episódios de hemorroidas. A condição é geralmente muito dolorosa e ocorre devido ao prolapso (ou seja, a saída das hemorroidas internas).
Apesar da hemorroida e da fissura anal poderem apresentar sinais e sintomas bastante semelhantes, como dor e sangramento, as condições são bem diferentes.
Fissura anal são pequenas lesões ou rachaduras que ocorrem na parede anal.
Elas são ocasionadas por traumas, geralmente devido às fezes duras, pois o tecido intestinal se estica exageradamente para a permitir a evacuação.
Algumas condições, como constipação, doenças que afetam o intestino (como doença celíaca e doença do Crohn), traumas devido ao sexo anal e pós-operatórios estão entre as causas da fissura.
Ou seja, fissuras são pequenas lesões na região anal, enquanto hemorroidas são dilatações ou inchaços das veias hemorroidárias.
Como a dor e a presença de sangue são sintomas semelhantes em ambas as condições, é preciso que haja uma consulta médica para determinar as causas.
Os profissionais mais indicados para diagnosticar e/ou encaminhar o tratamento das hemorroidas são o proctologista e o cirurgião geral. Somente uma avaliação adequada, composta por avaliação física, da história do paciente e de exames, é capaz de conferir um diagnóstico preciso.
Portanto, a partir dos sintomas do paciente, aliando exames para avaliar a região do reto, é possível traçar o diagnóstico.
Para auxiliar na confirmação do diagnóstico, sobretudo quando são hemorroidas internas, o médico pode solicitar a realização de alguns exames, como:
O exame consiste em observar a região mais externa do ânus, buscando identificar a presença de alterações ou sinais da doença.
Após uma análise mais superficial, o médico irá avaliar também a região interna através do toque retal.
O objetivo é inspecionar a musculatura da região, perceber se há nódulos ou alterações perceptíveis ou presença de sangue, por exemplo.
A anuscopia permite uma melhor avaliação no ânus e do canal anal. O exame é simples e não necessita de preparos para a realização, sendo geralmente bastante seguro.
O anuscópio é o instrumento utilizado para a avaliação, que é introduzido no ânus e, através da emissão de luz, permite uma adequada visualização da região.
Um aparelho chamado de sigmoidoscópio é introduzido no ânus para avaliar a parte final do tubo intestinal.
Nele, há uma câmera de vídeo que permite que a região seja devidamente avaliada.
Em geral, os preparos para o exame envolvem a utilização de laxantes para esvaziar o intestino, não sendo necessária a sedação, mas o paciente pode sentir um pequeno desconforto ou pressão durante a realização.
O exame é geralmente solicitado apenas quando há suspeitas de outras complicações ou doenças. Em geral, é mais indicado para pacientes acima dos 50 anos e com histórico clínico que indiquem a necessidade de maiores investigações.
A colonoscopia exige alguns preparos específicos, como uma alimentação especial (indicada pelo laboratório) no dia que antecede o exame, além do uso de laxantes para que a região intestinal fique completamente limpa.
Em média, o exame dura cerca de 30 minutos, em que um sonda (colonoscópio) é inserida pelo ânus até chegar ao intestino.
O objetivo é visualizar as paredes intestinais, em busca de alterações ou irregularidades.
Como o intestino é um tubo oco, é preciso que ele seja inflado para permitir que o profissional consiga avaliar adequadamente. Por isso, apesar de não doer, o paciente pode sentir algum desconforto devido à inserção de gás carbônico no local.
A sedação pode ser necessária ou não, dependendo sobretudo da sensibilidade do paciente (tolerância para dor ou desconforto) e grau de ansiedade.
Sim. As hemorroidas podem ser tratadas, buscando evitar o agravamento do quadro, solucionar os sintomas e eliminar a condição.
Alguns casos podem necessitar de intervenção cirúrgica, porém pacientes assintomáticos, muitas vezes, sequer necessitam de tratamento, de acordo com as diretrizes médicas de hemorroidas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
O tratamento para hemorroidas inclui cuidados em casa, além de, em alguns casos, terapias, uso de medicamentos e cirurgia.
O método conservador consiste em modificar a dieta e os hábitos de vida, a fim de melhorar o funcionamento intestinal.
As diretrizes médicas de hemorroidas recomendam incluir alimentos ricos em fibras, que auxiliem no fluxo intestinal (como folhas, frutas e sementes).
Isso inclui reduzir o consumo de alimentos que possam ter efeito constipante (como farinhas) e aumentar a ingestão de água para auxiliar no trânsito intestinal.
Além disso, o paciente é recomendado a não fazer força para evacuar, optar sempre pela higienização com banhos em vez do uso de papel higiênico.
Se necessário, incluir suplemento de fibras e formadores de bolo fecal na rotina. Esses últimos irão facilitar as idas ao banheiro, reduzindo o esforço para evacuar.
Os banhos de assento também são técnicas bastante populares para auxiliar no tratamento caseiro das hemorroidas.
Apesar das Diretrizes da UFGRS apontarem que há poucas evidências sobre os banhos de assento, eles podem ser bastante eficazes no alívio das dores e desconfortos.
Em geral, são indicados entre 2 e 3 banhos ou sempre após a evacuação, por no máximo 15 minutos em água morna.
Os medicamentos, como anestésicos, anti-inflamatórios e adstringentes, podem ser receitados para o alívio das dores e sensibilidade, ainda que sejam debatidos a real eficácia e benefícios dos químicos.
Em pacientes com quadros intensos, como trombose hemorroidária, é possível incluir o uso de pomadas e cremes.
Leia mais: Remédios para tratamento de hemorroida interna e externa
A técnica é recente e consiste na injeção na veia de uma substância esclerosante, que promove uma intensa inflamação e destruição da região, eliminando a hemorroida.
A injeção é feita através de microagulhas e pode ser necessário fazer mais de uma sessão.
O método é indicado geralmente quando as outras terapias não surtem efeito.
São feitas aplicações localizadas de irradiação infravermelha, promovendo o aumento da temperatura do tecido, que pode chegar a até 100 ºC.
O calor afeta os pequenos vasos, promovendo uma coagulação que impede a chegada de sangue à hemorroida.
O resultado é que se inicia o processo de necrose da região, ou seja, fazendo a hemorroida morrer.
Em média, entre 10 e 14 dias o organismo consegue eliminar a parte necrosada e iniciar os processos de renovação tecidual.
Nem todo quadro de hemorroida necessita de cirurgia, sendo que preferencialmente se deve priorizar o tratamento conservador. Porém, quando não houver melhora da doença ou o médico julgar necessário, intervenções ambulatoriais devem ser consideradas.
Após a cirurgia, as recomendações ao paciente seguem bastante semelhantes: evitando o uso de papel higiênico, realização de banhos de assento para a higiene e o uso de medicamentos receitados.
A escolha do tratamento e o tempo de recuperação dependem do quadro do paciente.
Entre as opções estão:
O método é indicado em hemorroidas de grau 2, 3 ou 4.
Ele consiste em um procedimento menos invasivo, pois, ao invés do médico realizar um corte ou extração da hemorroida, bloqueando as veias que levam sangue a ela.
Em pouco dias, cerca de 14, a região vai secar devido à necrose do tecido.
Mas como não há cortes, a retomada das atividades pelo paciente é bastante rápida (em média, 48 horas após o procedimento).
Indicada nas hemorroidas de grau 2 e 3, sendo que 85% dos pacientes apresentam resultados positivos com a intervenção. A técnica é simples e consiste na colocação (ou estrangulamento) das hemorroidas.
Para isso, o médico as envolve com um anel elástico que bloqueia o fluxo sanguíneo, fazendo com que se inicie um processo de morte do tecido.
Sem receber sangue, entre 1 e 2 semanas a hemorroida seca completamente e se desprende do corpo.
Algumas vezes é preciso mais de uma sessão, dependendo da quantidade de hemorroidas.
O procedimento é geralmente bem tolerado, mas o paciente pode apresentar dor e desconforto nos dias subsequentes.
É feita a injeção de substâncias chamadas de agentes esclerosantes (substâncias capazes de fechar os vasos sanguíneos) diretamente na hemorroida.
Em geral, é mais recomendada em pacientes com grau 1 ou 2 e que fazem uso de medicamentos anticoagulantes ou AAS.
Nas hemorroidas externas ou internas de grau 3 e 4 que não apresentam melhora no tratamento, a cirurgia pode ser recomendada.
Se o paciente apresentar trombose extensa ou crise hemorroidária, o tratamento deve ser considerado em caráter emergencial.
Em geral, a técnica precisa de anestesia local ou geral do paciente e consiste na remoção de todo o tecido da hemorroida com o uso de tesoura, bisturi elétrico ou pinça específica.
Os aparelhos realizam um corte e, por isso, pode ser dado ponto no local para acelerar a cicatrização e reduzir o tamanho da cicatriz.
No entanto, geralmente há rompimento dos pontos após alguns dias do procedimento.
Geralmente, o processo de recuperação é mais lento, podendo levar entre 2 semanas e 1 mês.
Os medicamentos que podem ser indicados ao tratamento das hemorroidas incluem os formadores de bolo fecal (reguladores intestinais), pomadas e analgésicos, que podem ser usados em conjunto ou isoladamente, de acordo com a recomendação médica. Saiba mais sobre cada um:
Usados para aliviar a constipação intestinal e reduzir os esforços durante a evacuação, os reguladores intestinais auxiliam a formar fezes menos duras. Entre eles estão:
Em geral, os produtos são bem tolerados e auxiliam na suplementação de fibras, melhorando o trânsito intestinal.
O tratamento feito com comprimidos inclui o uso de diosmina + hesperidina. Entre as opções disponíveis estão: Velunid e Daflon.
Para aliviar dores, irritações e desconforto, podem ser receitados medicamentos de uso tópico como:
Os medicamentos podem auxiliar no alívio dos sintomas, mas devem ser usados por tempo limitado.
Em casos de trombose hemorroidária, a combinação de policresuleno e cinchocaína também pode ser indicada.
Além desses, pomadas como Hemofiss, Hemorroydina, Proctan e Proctfis-H podem auxiliar no alívio dos sintomas, acelerando o processo secativo local.
As hemorroidas são, em geral, muito incômodas e podem limitar as atividades dos pacientes. Quando os sintomas surgem, é importante estar atento à rotina e adotar medidas que auxiliem na recuperação do quadro.
É indicado manter uma alimentação regular e adequada, inserindo fibras nas refeições aumentando o consumo de água.
Assim, o trânsito intestinal é facilitado e os esforços para evacuar são minimizados.
É importante manter a higiene anal também, evitando possíveis complicações decorrentes da exposição das hemorroidas.
Como geralmente há rupturas ou microlesões, a região fica mais suscetível às contaminações e infecções.
Também é recomendável evitar o uso de papel higiênico, adotando sempre os banhos como recurso de higienização após a evacuação.
Além disso, é indicado cuidar das atividades físicas, mantendo um equilíbrio.
Caminhadas leves podem ser bastante benéficas, sobretudo ao longo do dia para quem permanece sentado muito tempo.
Porém, durante a manifestação das hemorroidas, é indicado evitar atividades intensas, como musculação. Isso porque elas podem gerar contrações excessivas da musculatura retal.
Para que o tratamento seja efetivo, é necessário seguir as recomendações médicas, utilizando os medicamentos (se necessários), e mantendo um acompanhamento constante.
Após o tratamento, o prognóstico das hemorroidas é geralmente bom, isso se forem diagnosticadas e tratadas rápida e adequadamente.
A melhora depende muito do quadro e da adequação do tratamento. Ou seja, se o paciente adotar as mudanças na alimentação e rotina, geralmente há uma melhora promissora.
Quando há necessidade de cirurgias, o prognóstico vai depender se o paciente também prosseguiu com o tratamento conservador.
Em alguns casos, é possível que os sintomas retornem em até 3 anos se não houver um acompanhamento efetivo.
A manifestação de estrangulamento das hemorroidas e trombose hemorroidária são consideradas complicações da doença. Nesses casos, as opções cirúrgicas assumem caráter de emergência.
As demais complicações relacionadas às hemorroidas estão, geralmente, relacionadas às cirurgias.
Cerca de 5% dos pacientes submetidos ao tratamento invasivo podem apresentar necrose do tecido, manifestação de trombose das hemorroidas externas ou internas, disúria (dor ou dificuldade em urinar), retenção urinária e dor intensa.
A prevenção das hemorroidas ocorre com a adoção de hábitos saudáveis e uma alimentação adequada.
Como as causas podem ser diversas e não sabe, ao certo, qual o fator desencadeante, o ideal é cuidar da saúde do organismo como um todo.
Algumas medidas simples e que podem auxiliar na prevenção da doença são:
Os cuidados com a alimentação incluem um consumo adequado de fibras, uma redução dos alimentos constipantes e, se houver alguma restrição alimentar, seguir a dieta recomendada.
Por isso, frutas, folhas, sementes e alimentos probióticos podem auxiliar na saúde intestinal, reduzindo os quadros de constipação ou diarreia.
Há algum tempo, acreditava-se que alguns alimentos poderiam causar as hemorroidas, como as pimentas ou temperos fortes.
No entanto, não há comprovação de que, de fato, haja alguma relação.
Então, essas comidas mais fortes ou apimentadas só devem ser evitadas se houver algum desconforto ao ingeri-las.
Assim como a alimentação deve ser rica em fibras para auxiliar na saúde do intestino, o consumo de água merece atenção.
Sem a boa hidratação, as fibras não conseguem desempenhar sua função facilitadora no intestino, causando um efeito inverso (ou seja, mais prisão de ventre).
A pressão que a região da pélvis sofre com o peso elevado — seja devido à obesidade ou à gravidez — pode facilitar a manifestação de hemorroidas.
Por isso, pessoas acima do peso ou gestantes devem realizar acompanhamento médico constante, dar atenção às medidas preventivas na alimentação e estar atentas aos sinais do organismo.
Os cuidados com a saúde do intestino dependem da regularidade das evacuações.
Muitas pessoas não respeitam as necessidades de ir ao banheiro, o que pode promover contrações excessivas da musculatura retal. Além disso, ajuda a desencadear alterações do funcionamento intestinal.
Os hábitos e a saúde intestinal estão bastante associados com os quadros emocionais.
Situações de estresse e tensão podem provocar prisão de ventre, que promove maiores chances de hemorroidas surgirem. Por isso, a saúde emocional merece atenção.
Busque atividades físicas relaxantes e prazerosas, tente baixar o ritmo intenso da rotina e aprenda a lidar melhor com as emoções.
Sim. O sangue durante a evacuação pode ser um sinal de hemorroida devido ao rompimento da veia hemorroidária durante a passagem das fezes, mas é preciso que haja uma avaliação médica.
Em geral, a presença de sangue nas fezes é sempre um sinal de alerta e precisa ser investigado. Mas há diferentes condições que podem desencadear o sangramento.
Não. Mesmo que haja nódulos ou condições agravadas, a hemorroida não é um câncer do reto ou ânus, nem há relação entre ambos, apesar de algumas vezes os sintomas serem semelhantes.
Mas vale lembrar que na presença de sintomas e sinais (como o sangramento), é sempre necessário investigar o quadro. Isso porque há casos em que os sintomas se confundem e condições mais graves podem ser mascaradas.
A doença é benigna, apesar de poder causar dores intensas e desconforto.
Há casos em que a cirurgia é necessária como medida emergencial (como nos casos de hemorroida grau 4 com possíveis complicações).
Mas, em geral, a doença responde bem ao tratamento, desde que realizado adequadamente.
Após os procedimentos cirúrgicos ou durante qualquer terapia para hemorroida, a alimentação é bastante importante para a melhoria do quadro.
É necessário seguir as recomendações médicas, que podem variar de acordo com cada paciente.
No entanto, de modo geral, é recomendado que o paciente consuma alimentos facilitadores do trânsito intestinal. Ou seja, ricos em fibras ou que não favoreçam a constipação.
O paciente deve dar atenção à ingestão de água para manter a regularidade intestinal. Se recomendado, ele pode incluir suplementos de fibras na alimentação.
Pode ser recomendado diminuir a ingestão de derivados de leite, pois estes podem prender o intestino.
Por isso, o ideal é optar por frutas, verduras e alimentos naturais, evitando também os industrializados, embutidos e os fast foods.
Os casos de reincidência de hemorroidas são pouco frequentes. Em geral, após a cirurgia, pode ocorrer a sobra de pele ou o surgimento de fissuras anais, que são confundidas com hemorroidas.
Se a cirurgia for bem sucedida, novas manifestações são raras, sendo que é mais comum complicações decorrentes do procedimento (como tromboses hemorroidárias).
Condições relacionadas ao quadro emocional, como estresse e ansiedade, podem afetar o bom funcionamento intestinal.
A prisão de ventre, por exemplo, pode agravar os quadros de hemorroida, causando ainda mais dor e desconforto, sobretudo na hora da evacuação.
Por isso, a hemorroida pode ter relação indireta com o emocional.
Em geral, após iniciar os tratamentos e medicação, leva em torna de 2 dias para que o quadro apresente uma melhora significativa. Alguns episódios podem ser mais persistentes e, nesses casos, necessitar de orientação médica específica.
O melhor medicamento vai depender do estágio da hemorroida. Podem ser prescritos analgésicos, que alivam as dores, e anti-inflamatórios, para amenizar a inflamação. Em casos persistentes e recorrentes, pode-se considerar as cirurgias.
Os chás que ajudam na digestão e melhora do trânsito intestinal podem ser bons aliados no tratamento das hemorroidas. Algumas opções incluem a camomila e hortelã, que melhoram o esvaziamento gástrico.
Quando as hemorroidas atacam, podem surgir dores e queimação no local. Um modo de aliviar os sintomas e desconforto é aumentando a ingestão de água e fibras, bem como evitando hábitos de limpeza que agridam o local. Por exemplo, o uso de papel higiênico.
As hemorroidas são uma condição bastante incômoda e que podem gerar limitações ao paciente.
Geralmente, as dores e o desconforto são intensos e, se não houver tratamento, podem se agravar.
É importante estar atento aos sinais do corpo e manter os cuidados com a saúde, recorrendo ao atendimento médico sempre que houver qualquer alteração no organismo.
O diagnóstico rápido de qualquer disfunção auxilia a reduzir os riscos e favorece que o tratamento seja o mais efetivo possível, devolvendo o bem-estar ao paciente.
Consulte sempre um médico e leia mais dicas sobre saúde no Minuto Saudável!
Publicado originalmente em: 29/06/2017 | Última atualização: 19/10/2018
Dr. Paulo Caproni
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