Apesar de muitas pessoas acharem gatinhos gordinhos fofos (e de fato são), um gato obeso ou com sobrepeso pode desenvolver uma série de doenças, portanto, o assunto é sério e precisa de atenção especial.
Infelizmente, a obesidade em gatos é um problema de saúde muito comum. Isso acontece porque muitos (as) tutores (as) acreditam que eles são animais naturalmente sedentários e, por isso, acabam não estimulando o seu bichano a se movimentar.
Muitos, inclusive, não sabem como identificar se o seu gato está obeso ou com sobrepeso e acabam não buscando tratamento. Portanto, se você quer saber o que causa a obesidade nos felinos, como identificá-la, tratá-la e preveni-la, continue acompanhando o artigo.
Estima-se que mais de 25% dos gatos estão acima do peso ou obesos e entre os principais fatores estão o estilo de vida e a alimentação.
A maioria dos gatos vivem em ambientes pequenos, telados e com pouco espaço para se movimentar, o que os torna sedentários. Para agravar ainda mais a situação, muitos deles têm uma dieta calórica que, junto com o sedentarismo, aumenta o acúmulo de gordura.
Mas assim como é para os humanos, o excesso de peso e a obesidade nos felinos também afeta a saúde física e a qualidade de vida desses animais, que se tornam mais predispostos a desenvolver diversas doenças.
Além do estilo de vida sedentário e da alimentação calórica, existem alguns felinos que têm maior facilidade para engordar, ou seja, maior facilidade de atingir o sobrepeso e a obesidade, demandando assim de uma atenção maior quanto ao seu peso, dieta e hábitos de vida.
Entre os bichanos que correm maior risco de desenvolver a obesidade estão:
Considera-se sobrepeso quando o peso está 10% acima do ideal. Já um gato obeso é o que possui tem 20% a mais que o peso ideal.
O peso ideal de um gato varia de acordo com tamanho, idade e raça. No caso dos Siameses, por exemplo, a tendência é que tenham peso menor, diferente dos Maine Coon.
Por isso, o peso acaba sendo um dado que ajuda a identificar o sobrepeso, mas é mais importante aprender a avaliar as características do sobrepeso no seu animal do que o peso em si.
A obesidade em gatos não é um problema apenas estético e deve ser levado muito a sério, já que o excesso de peso acarreta em diversas complicações que colocam a vida do pet em risco.
Os problemas causados pelo excesso de peso dos felinos vão dos mais simples, como dificuldade para se locomover, até casos mais graves, como doenças crônicas. Ambos os casos contribuem, e muito, na diminuição da expectativa de vida do animal.
O aumento da gordura corporal dos felinos possibilita, inclusive, que haja acúmulo nas artérias e em órgãos como o fígado, causando danos muitas vezes irreversíveis à saúde do animal.
Como vimos, a obesidade impacta seriamente na qualidade e expectativa de vida do animal. Entre as principais complicações da condição nos felinos estão:
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Conforme falamos anteriormente, apesar do diagnóstico final só poder ser feito por um (a) profissional veterinário (a), existem alguns sinais característicos do excesso de peso que devemos ficar de olho. Portanto, os principais sinais de excesso de peso em gatos são:
Em animais acima do peso, não é possível visualizar ou apalpar a cintura, pois o aumento da circunferência abdominal faz com que não haja mais uma diferença de volume entre o tórax e abdômen.
Devido ao excesso de gordura corporal, não é possível visualizar ou palpar as costelas em animais que estão acima do peso.
Animais com sobrepeso costumam comer mais e se movimentar menos. Além disso, o animal pode evitar fazer coisas que costumava fazer com frequência, como subir em móveis.
Caso observe qualquer um desses indícios, leve seu bichinho ao médico veterinário de sua confiança para que ele possa avaliar e determinar se o animal está ou não com sobrepeso ou, até mesmo, obesidade.
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Após a avaliação física do animal, o (a) médico (a) veterinário (a) pode solicitar alguns exames mais específicos para diagnosticar obesidade ou excesso de peso.
Feito isso, o (a) profissional determina qual será o tratamento, que pode contar com alterações na rotina, alimentação e prescrição de medicamentos.
Geralmente, (a) o profissional também define ou encaminha o pet para um especialista em nutrição animal para que haja a elaboração de uma dieta balanceada de acordo com as necessidades do animal.
Já para fazer com que o animal perca de peso por meio de alterações nos seus hábitos, pode haver recomendação de que o (a) tutor (a) estimule o animal a se movimentar. Isso pode ser feito através de brincadeiras, introdução de novos brinquedos interativos ou, até mesmo, de passeios.
Independente de como o tutor escolher estimular o pet a se exercitar, é importante ter em mente que a introdução desse tipo de atividade deve ocorrer de forma gradativa, ou seja, começando com períodos curtos e ir aumentando no decorrer do tempo.
É importante lembrar que os animais só devem passear acompanhados e com o uso de coleiras para evitar acidentes com outros animais ou pessoas. Por fim, caso o seu animal não mostre interesse nos brinquedos e nas brincadeiras, você pode usar um pouco de catnip, conhecida como erva-gateira.
Como falamos no tópico anterior, um dos pilares do tratamento da obesidade ou do sobrepeso em felinos é a alimentação. Nesse caso, deve ser estabelecida uma dieta saudável que atenda as necessidades do animal e que ajude na perda de peso.
Para isso, pode-se usar rações medicamentosas específicas para animais nesse estado. Esse tipo de ração é considerada mais leve e costuma ser rica em nutrientes, proteínas e tem baixa quantidade de carboidratos, ou seja, o animal fica bem nutrido e saciado com uma quantidade menor de alimento.
Além do tipo de alimento, o (a) tutor (a) também deve atentar para a quantidade ofertada, pois de nada adianta melhorar a qualidade e continuar uma quantidade maior do que a recomendada.
Portanto, o ideal é consultar o (a) veterinário antes de realizar qualquer alteração na alimentação do animal, pois esse profissional pode recomendar alimentos que atendam da melhor forma possível as necessidades do animal.
Por fim, outro ponto importante é que a troca da ração deve ser feita de forma gradativa, pois uma mudança brusca na alimentação pode deixar o animal frustrado.
A boa notícia é que assim como a obesidade humana, a obesidade em gatos também pode ser prevenida. E como é sempre melhor prevenir do que remediar, listamos a seguir algumas dicas para você prevenir sobrepeso e obesidade:
Ofereça sempre a quantidade de ração recomendada na embalagem ou pelo (a) veterinário (a). Quantidade é tão importante quanto qualidade!
Não ofereça petiscos em excesso e evite dar alimentos humanos, pois além de não fazer parte da dieta do animal, muitos desses alimentos fazem mal aos felinos.
Caso a sua rotina seja agitada e não possa passar tanto tempo brincando com o seu animal, você pode investir em brinquedos interativos que garantem um bom tempo de entretenimento mesmo quando ele estiver sozinho.
Caso não tenha disponibilidade durante boa parte do dia, é possível introduzir pequenos passeios na rotina. Vale lembrar que esses passeios devem ser acompanhados por você, ok?
Invista em arranhadores, torres, brinquedos e ambientes em que o seu gatinho possa subir, como prateleiras. Dessa forma, o animal vai se manter mais ativo e gastar mais energia.
Estabeleça na sua rotina momentos para brincar com o seu gatinho. Para estimular que seu gato se movimente ao brincar você pode usar brinquedos que estimulem o instinto caçador do seu bichano como ratinhos e laser.
Realize as consultas de rotina nos períodos recomendados, pois essa é uma ótima forma de garantir que o animal esteja saudável. Esse hábito ajuda a identificar diversos problemas de forma precoce, o que contribui para um tratamento de sucesso.
Ter um gato obeso ou com sobrepeso deve ser motivo de preocupação sempre! Portanto, não deixe de cuidar da rotina e alimentação do seu bichinho com a ajuda de um (a) veterinário (a)!
Para mais informações e dicas pet, continue acessando o site e as redes sociais do Minuto Saudável. Até mais.
Esp. Kenny Cardoso
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