Saúde

Espinha bífida: o que causa, tipos e como diagnosticar?

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 06/04/2023Última atualização: 06/04/2023
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 06/04/2023Última atualização: 06/04/2023
Ilustração do desenvolvimento de uma criança desde o nascimento.Ilustração do desenvolvimento de uma criança desde o nascimento.
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espinha bífida (CID Q05), também conhecida como espinha dividida, é uma deficiência motora que ocorre devido à malformação do sistema nervoso central (SNC), provocada pelo fechamento incompleto do tubo neural durante o desenvolvimento do embrião.

A condição corresponde a uma das condições mais sérias que ocorrem no tubo neural, com prevalência de 1 a cada 1.500 crianças nascidas. Dependendo da gravidade dessa condição, pode provocar sérias limitações neurológicas e, até mesmo, óbito.

Para saber mais sobre a espinha bífida, tipos, sintomas e como é feito o diagnóstico, continue acompanhando o artigo!

Índice — Neste artigo, você vai encontrar:

  1. O que causa espinha bífida?
  2. Tipos
  3. Sintomas
  4. Qual a diferença entre a espinha bífida e mielomeningocele?
  5. Como é realizado o diagnóstico?
  6. Tratamento para espinha bífida
  7. Complicações

O que causa espinha bífida?

Essa condição pode ser causada por múltiplos fatores, sendo eles genéticos, por uso de medicamentos, diabetes e deficiência de folato, um tipo de vitamina B.

Além disso, fatores ambientais e alimentícios podem desencadear essa condição. Há estudos que apontam que gripe materna, hipertermia e outros casos de deficiência na família podem ser fatores de risco.

Leia maisAnencefalia: o que é, causas, diagnóstico e fatores de risco 

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Tipos

A espinha bífida pode ser classificada conforme as deformidades apresentadas e sintomas neurológicos. A seguir, você confere os tipos da condição:

Espinha Bífida Oculta

Corresponde a 20% da população, muitas vezes não apresentam problemas neurológicos. Muitas vezes, a condição envolve apenas a coluna vertebral, não envolvendo outras estruturas da coluna.

Contudo, é o tipo da condição menos grave e que mais acomete bebês. Além disso, ocorre de uma ou mais vértebras não serem desenvolvidas, contudo, não há efeito sobre as camadas de tecido e a medula espinhal.

Meningocelo

As deformidades podem acometer uma ou mais vértebras, produzindo quistos. Nesse caso, não envolvem membranas e nervos funcionais e as alterações neurológicas geralmente são pequenas ou até mesmo inexistentes.

Lipomeningocelo

É um tipo muito parecido com meningocelo, porém, há a diferença de que o quisto está cheio de tecido lipomatoso, que pode fazer compreensão e provocar danos neurológicos.

Mielomeningocelo

No mielomeingocelo, ocorre a ausência total ou parcial de várias vértebras, causando a extravasão do saco meníngeo, medula e até mesmo raízes nervosas. Com isso, pode-se evidenciar uma saliência na coluna.

Além disso, podem ser diferenciadas duas formas de mielomeningocelo, sendo elas:

Aberta/ Ulcerada

Corresponde quando a medula está desprotegida, havendo vazamento do líquido.

Fechada

Nesse caso, a medula está envolta por camadas de pele.

Raquisquise

Esse tipo ocorre quando as fusões dos arcos neurais são inexistentes ou são pouco evidenciados, causando a exposição do tecido nervoso.

Ilustração do desenvolvimento de uma criança desde o nascimento.
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Sintomas

Os sintomas podem ser divididos por neurológicos, ortopédicos e urológicos. Acompanhe abaixo:

Neurológicos

  • Paralisia;
  • Alteração na sensibilidade;
  • Tônus retal diminuído;
  • Hipertensão intracraniana;
  • Apneia intermitente.

Ortopédicos

  • Atrofia das pernas;
  • Pé torto;
  • Deslocamento do quadril;
  • Escoliose.

Urológico

  • Refluxo urinário;
  • Infecções urinárias;
  • Lesão renal.

Como é realizado o diagnóstico?

O diagnóstico pode ser feito por exames de imagem como ressonância magnética ou ultrassonografia. Além disso, durante as radiografias, podem ser evidenciadas malformações na coluna do bebê.

Quando identificadas alterações que podem afetar o trato urinário, testes adicionais, como urodinâmicos, podem ser solicitados, para serem determinados intervenções e prognóstico.

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Tratamento para espinha bífida

Inicialmente, o tratamento pode se basear na realização de cirurgia que ajustando a abertura da medula, preservando então a função e reduzindo o risco de infecções. A cirurgia é realizada antes mesmo dos primeiros dias, pois isso auxilia na preservação da função medular.

Em casos mais graves, é sugerido que a cirurgia seja realizada após 24 do nascimento, ou útero da mãe, possibilitando a correção durante o processo de desenvolvimento e permitindo o crescimento normal da criança.

Dependendo dos casos, há procedimentos a serem ensinados para as crianças, como utilizar cadeiras de rodas, muletas, e quando necessário, intervir no controle dos esfíncteres.

Complicações

Algumas complicações se derivam conforme a lesão, pois, estas podem causar atraso no desenvolvimento neurológico e motor, atraso no controle da cabeça, do tórax, hidrocefalia e nos demais processos, como sentar e levantar.

Além disso, possa haver alterações ortopédicas, como acometimento da anca (junção do fêmur com quadril), espinha dorsal e os pés. Pode ocorrer escoliose, condição que provoca paralisia e dependência.

A criança também pode ter instabilidade respiratória, incontinência urinária e meningite, assim como deformidades nos pés, onde a ponta fica virada para baixo ou para dentro.

Por fim, a função urinária pode ser afetada dependendo do local em que está localizada a lesão. A consequência disso é obstipação, incontinência intestinal e alteração dos esfíncteres do ânus.


A espinha bífida é uma condição grave, derivada da malformação do sistema nervoso central e provocada pelo fechamento incompleto do tubo neural.

Portanto, fazer acompanhamento pré-natal pode ajudar a evidenciar esses sinais precocemente para serem criadas estratégias para proporcionar qualidade de vida para a criança.

Para mais conteúdos sobre saúde mental, continue acompanhando o site e redes sociais do Minuto Saudável!


Referências

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Este artigo foi escrito por:

Esp. Thayna Rose

CRP: CRP/PR 08/28789Bacharel em Psicologia com especialização em Neuropsicologia.Leia mais artigos de Esp. Thayna
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