A Doença Inflamatória Pélvica (DIP), como o próprio nome diz, é uma inflamação que ocorre na região pélvica, afetando principalmente os órgãos sexuais internos, como útero, trompas e ovários.
Sua ocorrência é maior em mulheres de 15 a 35 anos e sexualmente ativas, principalmente com múltiplos parceiros e que não fazem uso de preservativos. A DIP não é comum antes da primeira menstruação, após a menopausa e durante a gestação.
Segundo a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-10), os códigos que se referem às doenças inflamatórias dos órgãos pélvicos femininos vão do N70 ao N77.
Inflamação é um termo abrangente, pois pode ocorrer em decorrência de uma grande quantidade de doenças infecciosas, por isso, o CID específico pode variar conforme o diagnóstico da causa da inflamação.
É de suma importância procurar auxílio médico desde o aparecimento dos primeiros sintomas, para um diagnóstico correto e tratamento específico.
Para saber mais sobre a Doença Inflamatória Pélvica continue a leitura! A seguir, falaremos sobre os diversos aspectos da doença, como causa, sintomas e tratamento.
Índice - Neste artigo, você encontrará:
Para entender melhor como a DIP ocorre, é importante saber o que exatamente é uma inflamação. O processo inflamatório se inicia como uma resposta do organismo a alguma alergia ou irritação na mucosa, lesão, como curetagem, ou a presença de algum microrganismo infeccioso, como acontece na cervicite.
Umas das principais causas da Doença Inflamatória Pélvica são as IST’s (Infecções Sexualmente Transmissíveis), como clamídia e gonorreia, principalmente se não forem tratadas. A DIP é comumente causada pelas bactérias Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis e Mycoplasma genitalium.
Outra possível causa é a vaginose bacteriana, que diferente das IST’s, não surge pela presença de agentes infecciosos estranhos, ou seja, na vaginose as bactérias causadoras são habitantes naturais da flora vaginal e se proliferam de forma anormal devido à um desequilíbrio no organismo.
Os sintomas da DIP podem variar conforme a doença causadora dessa condição e quão evoluída a condição está, ou seja, quanto mais tempo sem tratamento, piores podem ser.
Dentre os sintomas mais comuns da Doença Inflamatória Pélvica, podemos citar:
A dor pode aparecer ao urinar ou durante a relação sexual. Contudo, é possível que os sintomas sejam leves ou sequer sejam sentidos. Por isso, é importante fazer acompanhamento ginecológico regularmente.
Normalmente, os primeiros sintomas da DIP aparecem poucos dias após o início do processo inflamatório, podendo perdurar por até cerca de 3 dias após o começo do tratamento.
É importante destacar que esse tempo pode variar de acordo com cada organismo. Além disso, o microrganismo infectante também pode ser fator determinante para o aparecimento dos sintomas.
O diagnóstico de uma doença inicia-se sempre na anamnese, que é uma avaliação do histórico médico prévio da paciente. Nessa conversa, também há o relato dos sintomas.
Com base nessas informações, o(a) médico(a) irá solicitar os exames necessários para a confirmação ou exclusão da doença.
Não há um exame específico que detecte a Doença Inflamatória Pélvica, no entanto, alguns exames podem auxiliar no diagnóstico, permitindo verificar a existência de uma infecção ou processo inflamatório.
Alguns testes, como os laboratoriais de sangue e urina, podem ser feitos, assim como a análise de uma amostra do corrimento vaginal. Exames de imagem também podem ser solicitados, como ultrassonografia, laparoscopia e biópsia endometrial.
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Sim, a Doença Inflamatória Pélvica tem cura. No entanto, para assegurar uma cura rápida, eficiente e livre de complicações, é necessário seguir as orientações médicas e fazer o tratamento corretamente.
Um diagnóstico precoce também facilita o tratamento e o processo de cura, por isso é essencial fazer um acompanhamento ginecológico periódico e procurar auxílio médico assim que surgirem os primeiros sintomas.
Vale destacar que apesar de a DIP poder ser curada, algumas de suas complicações podem ser irreversíveis.
O tratamento para a DIP é medicamentoso, feito com o uso de antibióticos administrados por via oral ou intramuscular. Também podem ser receitados anti-inflamatórios, analgésicos e antitérmicos, para auxiliar no alívio de sintomas relacionados, como a dor e a febre.
O tratamento exige, ainda, repouso, abstenção sexual até a cura e, se necessário, esses cuidados podem se estender para o parceiro.
Além disso, em casos graves da doença, especialmente em decorrência da resistência da doença ao tratamento inicial, pode haver internamento e intervenção medicamentosa via intravenosa.
A Doença Inflamatória Pélvica pode causar sérias complicações de saúde. Veja a seguir alguns exemplos:
As complicações são mais comuns em casos graves da doença, quando há demora para o diagnóstico ou quando a condição não é tratada.
A melhor forma de evitar a Doença Inflamatória Pélvica é prevenir as infecções que a causam. Como a maior parte dos casos tem origem em uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível), o uso de preservativo em todas as relações sexuais é indispensável.
Seguir corretamente o tratamento orientado para a infecção também é de extrema importância para evitar a ocorrência da DIP. Essa observação vale para a paciente e o(s) parceiros sexuais.
Além disso, frequentar um(a) médico(a) ginecologista e realizar o papanicolau dentro do intervalo estabelecido pode diagnosticar doenças de forma precoce e prevenir o desenvolvimento da DIP.
Caso perceba sintomas, procure imediatamente um(a) ginecologista, especialidade médica ideal para diagnosticar e orientar o tratamento mais adequado para cada caso.
O uso de preservativos é a melhor forma de prevenir doenças e complicações indesejadas. Faça sexo seguro e cuide da sua saúde!
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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