Uma alimentação balanceada e saudável é essencial em todas as etapas da vida.
Isso, porque o cardápio adequado pode reduzir o risco de obesidade e mortalidade infantil, segundo guia alimentar para crianças do Ministério da Saúde, além de garantir todos os nutrientes necessários para um bom desenvolvimento.
Índice — neste artigo você vai encontrar:
- Cardápio para bebê: o que é importante comer?
- O que dar no café da manhã para o bebê comer?
- Qual a primeira fruta que pode dar para o bebê?
- Cardápio para o bebê que não toma leite: o que pode dar?
Cardápio para bebê: o que é importante comer?
A alimentação infantil se inicia exclusivamente com o leite materno, salvo condições especiais. Em seguida, evolui para papinhas, até a fase que a criança começa a comer as mesmas refeições que os adultos, com adequações na textura e temperos, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria.
A orientação do(a) pediatra facilita esse período de adaptação e traz mais confiança para a mãe no momento de preparo de refeições e alimentação do bebê, garantindo os nutrientes e vitaminas para o bom desenvolvimento da criança.
De 0 a 6 meses
Nos primeiros meses, o leite materno deve ser o alimento exclusivo do bebê. Ele contém todos os nutrientes de que o recém-nascido precisa, como substâncias que fortalecem o sistema imunológico, protegendo o bebê de doenças.
É comum em localidades quentes mães oferecerem água, chá e sucos para o bebê, mas segundo a UNICEF (organização da ONU, voltada à infância) não é recomendado, pois o leite materno supre hidratação do recém-nascido.
Já a mãe que amamenta deve consumir muita água e uma dieta saudável.
De 6 meses a 1 ano
A partir do sexto mês é possível introduzir alimentos com consistência pastosa (papas e purês) e, aos poucos, aumentar a consistência da comida. Também é momento de oferecer água em pequena quantidade.
Essa alimentação é complementar ao leite materno, por isso, o aleitamento deve ser mantido. A orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria, é que no sexto mês, seja introduzido uma refeição principal e dois lanches.
No preparo das refeições, use sal com moderação, tenha atenção na higiene dos alimentos. Evite açúcar, café, frituras, refrigerantes, balas e alimentos industrializados.
Algumas sugestões para os pequenos são:
- Lanche da manhã e tarde: frutas moles ou amassadas, como maçã, pera, banana, mamão, goiaba, manga, melancia;
- Refeição principal (almoço): purês e caldos com arroz, batata, batata-doce, quiabo, abóbora, abobrinha, cenoura, beterraba, entre outros.
A dieta deve ser variada oferecendo à criança diferentes alimentos, criando um hábito alimentar saudável.
No sétimo mês, é o momento de introduzir o jantar. Portanto, serão duas refeições principais (almoço e jantar) e dois lanches com fruta (manhã e tarde).
- Jantar: a composição será parecida a do almoço, em caso de recomendação do pediatra esta refeição pode se substituída por mingaus.
A partir do oitavo mês, ofereça a comida da família em consistência normal e em pequenas quantidades, estimulando a mastigação, pois isso irá ajudar o nascimento dos dentes e desenvolvimento da fala.
Continuar amamentando é importante, pois preenche as necessidades alimentares do bebê.
De 1 a 2 anos
A partir de 1 ano, o bebê continuará a consumir a refeição familiar, de forma semelhante a dos adultos, mas com as restrições de temperos e quantidade de sal.
É contraindicado dar alimentos industrializados e ricos em açúcar, mel antes dos 2 anos.
As duas refeições principais devem ter um alimento de cada grupo alimentar:
- Cereais e raízes: arroz, macaxeira, batatas, cará, inhame, macarrão, fubá, farinha de milho, farinha de mandioca, batata-baroa, batata-doce, tapioca;
- Feijões: todos os tipos de feijão, ervilha, grão-de-bico, lentilha;
- Carne e ovos: peixe, carne de boi, carne de porco, galinha, ovo;
- Legumes e verduras: abóbora, cenoura, beterraba, quiabo, folhas verdes, abobrinha, vagem, chuchu, couve-flor, pupunha, caruru, alfavaca.
Apresentação da refeição de forma criativa estimula e cria hábitos alimentares saudáveis que se mantêm até a vida adulta.
Lembrando que a UNICEF recomenda que a amamentação continue até dois anos.
O que dar no café da manhã para o bebê comer?
Até os 6 meses, apenas o leite materno deve ser oferecido como café da manhã. Após esse período, adicione uma fruta ou mingau de cereal como lanche da manhã ou tarde, após a amamentação. Fique atenta(o) a sementes, caroços, casca e no formato do corte da fruta no caso seja oferecido em natura.
Frutas que podem ser amassadas, cozidas ou servida em pequenos pedaços:
- Banana;
- Maçã;
- Pera;
- Morango;
- Melão;
- Mamão;
- Melancia;
- Pêssego;
- Abacaxi;
- Abacate;
- Manga.
Cereais e farinhas, como aveia, farinha de arroz, amido de milho e outras opções orientadas por pediatras e nutricionistas.
Qual a primeira fruta que pode dar para o bebê?
Não existe uma regra de qual fruta o bebê deve experimentar na primeira refeição complementar. É recomendado introduzir as que a família consome com mais frequência e aquelas mais moles, fáceis de amassar e mastigar.
Mas vale sempre apresentar novos alimentos individualmente. Ou seja, um de cada vez, pois caso haja alguma sensibilidade da criança ao alimento, fica mais fácil identificar qual é a fruta que causou alergia.
Cardápio para o bebê que não toma leite: o que pode dar?
Na alimentação da criança que não consome leite materno ou leite de vaca, devem ser tomados cuidados extras e adaptações no cardápio.
Restrição ao leite materno
A criança que não estiver em aleitamento materno tem um risco nutricional maior, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. Até os 6 meses será indicado pelo(a) pediatra o uso do leite em pó infantil com uma fórmula especial, que irá suprir as necessidades da cada etapa etária.
A partir do sexto mês, deve ser feita a introdução da alimentação complementar, igual a crianças que receberam o leite materno, sempre com acompanhamento especializado.
É recomendado pela SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) uma frequência maior de refeições: duas papas principais e três de leite em pó, além de frutas como lanche da tarde e manhã.
Restrição ao leite de vaca
Em casos alergia ao leite ou intolerância à lactose, ou ainda à incapacidade da mãe em amamentar a criança, nos primeiros 6 meses, o cardápio deve ser adaptado com indicação pediátrica.
A alimentação do recém-nascido será à base uma fórmula especial para os pequenos, escolhida de acordo com cada caso. Após os 6 meses, pediatras vão orientar quanto à adaptação da fórmula. Em geral, a alimentação continua sendo baseada nela.
Já a introdução da alimentação complementar deve ser similar a de outras crianças, priorizando frutas e legumes em forma de papinha.
Planejar o cardápio do bebê garante o bom desenvolvimento para a criança desde os primeiros estágios da vida, prevenindo doenças no futuro.
Confira o Minuto Saudável e acompanhe mais dicas sobre alimentação e saúde!
Fontes consultadas
- Os 10 passos para alimentação e hábitos saudáveis: Do nascimento até os 2 anos de idade, UNICEF;
- Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos, Ministério da Saúde;
- Intolerância à Lactose, Sociedade Brasileira de Pediatria;
- Elementos protetores do leite materno na prevenção de doenças gastrintestinais e respiratórias, Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano.