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Anti-hipertensivo: o que são, como atuam e tipos

Publicado em: 19/05/2023Última atualização: 19/05/2023
Publicado em: 19/05/2023Última atualização: 19/05/2023
Foto mostra mãos abertas com protótipo de coração e medicamentos.O consumo de anti-hipertensivos demanda diversos cuidados e acompanhamento médico.
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hipertensão ou “pressão alta”, como é conhecida popularmente, é uma das doenças cardiovasculares mais comuns do Brasil e do mundo. Silenciosa, pode passar despercebida por muito tempo, além de causar complicações graves quando não tratada, ou seja, quando não é realizada a terapia com anti-hipertensivos.

E o que já era comum, tem se tornado ainda mais, gerando um problema de saúde pública. Segundo dados levantados pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e divulgados pelo Ministério da Saúde, a incidência de hipertensão aumentou em 3,7% em 15 anos, considerando os dados de 2006 a 2021.

Com o aumento de casos, também houve um aumento no consumo de anti-hipertensivos, mas como eles funcionam? Continue a leitura do artigo para conhecer melhor esses medicamentos.

Índice — Neste artigo, você irá encontrar:

  1. O que são anti-hipertensivos e como atuam?
  2. Tipos
  3. Anti-hipertensivo e gestação
  4. Medicamentos anti-hipertensivos precisam de receita?
  5. Como tomar?
  6. Contraindicações
  7. Preços e onde comprar

O que são anti-hipertensivos e como atuam?

O paciente com hipertensão tem seus vasos sanguíneos submetidos a uma maior pressão, quadro que, se for persistente, pode causar danos ao sistema circulatório e a órgãos profundamente ligados a esse sistema, como coração, cérebro e rins.

Com isso, a hipertensão se torna uma das responsáveis pelo aumento da incidência de outras doenças, tais como insuficiência renal e/ou cardíaca, acidente vascular encefálico (AVE), coronariopatia e demência, por exemplo.

Embora mudanças nos hábitos alimentares tenham um importante papel no controle da hipertensão, não pode ser dispensado o uso de medicamentos para o controle da pressão, evitando o agravamento da doença e suas consequências. 

Quando controlada com anti-hipertensivos, a pressão diminui, os vasos são menos lesionados e, consequentemente, diminuem as taxas de óbito relacionados à doença. A importância desses medicamentos é tamanha que o Sistema Único de Saúde (SUS) os distribui gratuitamente desde 2011.

De modo geral, os anti-hipertensivos agem diminuindo e controlando a pressão sanguínea, resultado que pode ser obtido de diferentes formas, dependendo do mecanismo de ação do fármaco, como veremos a seguir.

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Tipos

Foto mostra mulher sentada tomando remédio.
Em caso de dúvidas, converse com um(a) profissional de saúde ou com o(a) farmacêutico(a).

A pressão arterial pode ser regulada por pelo menos quatro mecanismos ligados ao sistema nervoso simpático, parte do organismo responsável por ações autônomas e que não dependem de decisões conscientes, como respirar, digerir ou, claro, controlar a pressão sanguínea:

  • Capacitância vascular: artérias, veias e capilares têm a capacidade de dilatar e contrair, aumentando ou diminuindo a circulação do sangue conforme a necessidade do corpo;
  • Resistência das arteríolas: esses pequenos vasos ajudam a levar o sangue para os tecidos e, por serem mais finos, funcionam como um indicador da pressão sanguínea, que também aumenta quando há algum tipo de estreitamento das arteríolas;
  • Débito cardíaco: quantidade de sangue que o coração de um indivíduo consegue bombear por minuto, o que é definido pelo volume de sangue expelido a cada batimento e pela frequência cardíaca;
  • Rins: os responsáveis pela filtragem do sangue têm um importante papel no regulamento da pressão, eliminando o excesso de líquidos e de substâncias, como o excesso de minerais, medicamentos, etc.

Os diferentes tipos de anti-hipertensivos são classificados de acordo com seus mecanismos de ação, que geram intervenções nos processos citados acima:

Diuréticos

Atingindo os mecanismos que controlam a pressão por meio do sistema urinário, os medicamentos diuréticos ajudam a reduzir ou controlar a hipertensão, diminuindo a concentração de sódio no organismo, além de estimular a excreção de líquidos.

O nome comum e associado a diversos chás, no entanto, não é motivo para confundir medicamentos e remédios. Chás diuréticos podem ser anti-hipertensivos pelo seu mecanismo de ação, mas não oferecem um controle do princípio ativo para que haja um tratamento eficaz da doença. 

Leia também: Diurético: para que serve, quando usar e perigos para a saúde 

Agentes simpaticoplégicos

Quando a hipertensão é causada por mecanismos ligados ao sistema simpático, é preciso investigar as causas ligadas a dilatação e constrição das vias sanguíneas. Nesses casos, são indicados medicamentos capazes de controlar uma pressão que está sendo causada por outros fatores, como o estresse.

Vasodilatadores diretos

Como o nome indica, esses medicamentos conseguem dilatar os vias circulatórias ao relaxar a musculatura lisa que reveste as paredes dos vasos sanguíneos. Com isso, há uma melhora na circulação e, consequentemente, a pressão é reduzida.

Agentes bloqueadores da angiotensina

Controlando a pressão arterial de forma semelhante aos vasodilatadores, estes medicamentos controlam a hipertensão controlando a produção ou a ação angiotensina, um hormônio que tem a função de estreitar os vasos.

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Anti-hipertensivo e gestação

A hipertensão é considerada um problema sério durante a gravidez e suas diferentes manifestações demandam tratamentos que levem em conta a segurança da pessoa gestante e do bebê. Como diversos fármacos podem atravessar a barreira da placenta, as possibilidades de tratamento medicamentoso também são reduzidas.

Estes são alguns dos fármacos considerados seguros para o controle da hipertensão na gestação: 

Leia também: Hipertensão gestacional: o que causa e como prevenir? 

Medicamentos anti-hipertensivos precisam de receita?

Sim. Assim como outros medicamentos, os anti-hipertensivos podem ter efeitos colaterais e interagir com outras substâncias ou doenças, motivo pelo qual precisam ser controlados.

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Como tomar?

Depende. As indicações de quando e como tomar anti-hipertensivos dependem diretamente de importantes fatores como a gravidade da doença, idade e saúde do paciente e mecanismos de ação do fármaco.

Converse com o(a) profissional de saúde que indicou o medicamento ou com o(a) farmacêutico(a) para entender como funciona e como o usar o tratamento que lhe foi receitado.

Contraindicações

Existe uma grande variedade de anti-hipertensivos, que serão receitados levando em conta a relação risco-benefício que oferecem aos pacientes. De modo geral, não há contraindicações para o uso desses medicamentos, embora cada um deles tenham as próprias limitações referentes aos princípios ativos utilizados.

Preços e onde comprar

Consulta Remédios, marketplace que permite pesquisar e comparar preços de diversas farmácias, lista diversos medicamentos anti-hipertensivos com valores a partir de R$ 2,27. Dependendo da marca e do fármaco utilizado, os preços podem variar.

Vale lembrar, no entanto, que diversos anti-hipertensivos são distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por meio do programa Farmácia Popular. Se o medicamento prescrito estiver na lista de gratuidade, poderá ser adquirido em uma farmácia parceira mediante apresentação da receita e de um documento com foto.


A hipertensão é um sério problema de saúde pública e seu tratamento é ainda mais eficaz quando a doença é descoberta precocemente. O uso de anti-hipertensivos é essencial para a manutenção da saúde, evitando as diversas complicações que podem surgir do estresse gerado por um quadro persistente de pressão alta.

Para saber mais sobre saúde, doenças e seus tratamentos, continue acompanhando os artigos do Minuto Saudável e siga nossos perfis nas redes sociais.


Referências

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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