A hipertensão ou “pressão alta”, como é conhecida popularmente, é uma das doenças cardiovasculares mais comuns do Brasil e do mundo. Silenciosa, pode passar despercebida por muito tempo, além de causar complicações graves quando não tratada, ou seja, quando não é realizada a terapia com anti-hipertensivos.
E o que já era comum, tem se tornado ainda mais, gerando um problema de saúde pública. Segundo dados levantados pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e divulgados pelo Ministério da Saúde, a incidência de hipertensão aumentou em 3,7% em 15 anos, considerando os dados de 2006 a 2021.
Com o aumento de casos, também houve um aumento no consumo de anti-hipertensivos, mas como eles funcionam? Continue a leitura do artigo para conhecer melhor esses medicamentos.
Índice — Neste artigo, você irá encontrar:
O paciente com hipertensão tem seus vasos sanguíneos submetidos a uma maior pressão, quadro que, se for persistente, pode causar danos ao sistema circulatório e a órgãos profundamente ligados a esse sistema, como coração, cérebro e rins.
Com isso, a hipertensão se torna uma das responsáveis pelo aumento da incidência de outras doenças, tais como insuficiência renal e/ou cardíaca, acidente vascular encefálico (AVE), coronariopatia e demência, por exemplo.
Embora mudanças nos hábitos alimentares tenham um importante papel no controle da hipertensão, não pode ser dispensado o uso de medicamentos para o controle da pressão, evitando o agravamento da doença e suas consequências.
Quando controlada com anti-hipertensivos, a pressão diminui, os vasos são menos lesionados e, consequentemente, diminuem as taxas de óbito relacionados à doença. A importância desses medicamentos é tamanha que o Sistema Único de Saúde (SUS) os distribui gratuitamente desde 2011.
De modo geral, os anti-hipertensivos agem diminuindo e controlando a pressão sanguínea, resultado que pode ser obtido de diferentes formas, dependendo do mecanismo de ação do fármaco, como veremos a seguir.
A pressão arterial pode ser regulada por pelo menos quatro mecanismos ligados ao sistema nervoso simpático, parte do organismo responsável por ações autônomas e que não dependem de decisões conscientes, como respirar, digerir ou, claro, controlar a pressão sanguínea:
Os diferentes tipos de anti-hipertensivos são classificados de acordo com seus mecanismos de ação, que geram intervenções nos processos citados acima:
Atingindo os mecanismos que controlam a pressão por meio do sistema urinário, os medicamentos diuréticos ajudam a reduzir ou controlar a hipertensão, diminuindo a concentração de sódio no organismo, além de estimular a excreção de líquidos.
O nome comum e associado a diversos chás, no entanto, não é motivo para confundir medicamentos e remédios. Chás diuréticos podem ser anti-hipertensivos pelo seu mecanismo de ação, mas não oferecem um controle do princípio ativo para que haja um tratamento eficaz da doença.
Leia também: Diurético: para que serve, quando usar e perigos para a saúde
Quando a hipertensão é causada por mecanismos ligados ao sistema simpático, é preciso investigar as causas ligadas a dilatação e constrição das vias sanguíneas. Nesses casos, são indicados medicamentos capazes de controlar uma pressão que está sendo causada por outros fatores, como o estresse.
Como o nome indica, esses medicamentos conseguem dilatar os vias circulatórias ao relaxar a musculatura lisa que reveste as paredes dos vasos sanguíneos. Com isso, há uma melhora na circulação e, consequentemente, a pressão é reduzida.
Controlando a pressão arterial de forma semelhante aos vasodilatadores, estes medicamentos controlam a hipertensão controlando a produção ou a ação angiotensina, um hormônio que tem a função de estreitar os vasos.
A hipertensão é considerada um problema sério durante a gravidez e suas diferentes manifestações demandam tratamentos que levem em conta a segurança da pessoa gestante e do bebê. Como diversos fármacos podem atravessar a barreira da placenta, as possibilidades de tratamento medicamentoso também são reduzidas.
Estes são alguns dos fármacos considerados seguros para o controle da hipertensão na gestação:
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Sim. Assim como outros medicamentos, os anti-hipertensivos podem ter efeitos colaterais e interagir com outras substâncias ou doenças, motivo pelo qual precisam ser controlados.
Depende. As indicações de quando e como tomar anti-hipertensivos dependem diretamente de importantes fatores como a gravidade da doença, idade e saúde do paciente e mecanismos de ação do fármaco.
Converse com o(a) profissional de saúde que indicou o medicamento ou com o(a) farmacêutico(a) para entender como funciona e como o usar o tratamento que lhe foi receitado.
Existe uma grande variedade de anti-hipertensivos, que serão receitados levando em conta a relação risco-benefício que oferecem aos pacientes. De modo geral, não há contraindicações para o uso desses medicamentos, embora cada um deles tenham as próprias limitações referentes aos princípios ativos utilizados.
A Consulta Remédios, marketplace que permite pesquisar e comparar preços de diversas farmácias, lista diversos medicamentos anti-hipertensivos com valores a partir de R$ 2,27. Dependendo da marca e do fármaco utilizado, os preços podem variar.
Vale lembrar, no entanto, que diversos anti-hipertensivos são distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por meio do programa Farmácia Popular. Se o medicamento prescrito estiver na lista de gratuidade, poderá ser adquirido em uma farmácia parceira mediante apresentação da receita e de um documento com foto.
A hipertensão é um sério problema de saúde pública e seu tratamento é ainda mais eficaz quando a doença é descoberta precocemente. O uso de anti-hipertensivos é essencial para a manutenção da saúde, evitando as diversas complicações que podem surgir do estresse gerado por um quadro persistente de pressão alta.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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