O que são ansiolíticos?
Os ansiolíticos são remédios utilizados para o tratamento de ansiedade. Têm o objetivo de reduzir a ansiedade e a tensão de pessoas que sofrem com algum tipo de transtorno ansioso.
Atuam no organismo do paciente afetando diretamente as áreas do cérebro responsáveis por controlar a ansiedade e o estado de alerta. Seu efeito provoca uma sensação de relaxamento.
São chamados, também, de tranquilizantes e calmantes. Em alguns casos, são recomendados para o tratamento de insônia, devido à sonolência que podem provocar.
Os principais ansiolíticos utilizados são os benzodiazepínicos, que agem diretamente nos neurotransmissores responsáveis por proporcionar o efeito sedativo e tranquilizante das atividades do sistema nervoso central (SNC).
Essa droga foi descoberta na década de 50, mas foi somente nos anos subsequentes que o seu uso cresceu. Podemos dizer que na década atual houve um crescimento preocupante.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o país líder em casos de Transtorno de Ansiedade, no qual 9,3% da população sofre com esta doença. Ainda sobre doenças que afetam a saúde mental, a depressão afeta 5,3% dos brasileiros.
Quando falamos desses transtornos, é essencial entender como funciona o tratamento. Nesse caso, especificamente, como funciona para quem sofre com a ansiedade.
Ainda que os ansiolíticos não atuem como uma solução para o problema, eles possibilitam que as pessoas dentro desse quadro possam realizar as atividades do dia a dia, pois, com esses medicamentos, elas apresentam uma melhora nos sintomas da doença.
Os ansiolíticos não agem sozinhos, e nem devem. Tão importante quanto um tratamento com medicamentos é a ajuda de um profissional especializado em saúde mental, como os psicólogos e psiquiatras.
O uso indevido pode provocar diversos efeitos colaterais, proporcionando uma progressão do quadro ou até mesmo risco de vida ao paciente.Também podem causar dependência.
Índice — nesse artigo você encontrará as seguintes informações:
- O que são ansiolíticos?
- Para que serve?
- O que é Transtorno de Ansiedade?
- Como os ansiolíticos atuam em nosso organismo?
- Quando devo utilizar os ansiolíticos?
- Tipos de ansiolíticos
- Meia-vida dos ansiolíticos
- Ansiolíticos engordam?
- Ansiolíticos e antidepressivos são a mesma coisa?
- Nomes comerciais
- Como tomar?
- Efeitos colaterais
- Abstinência dos ansiolíticos
- Ansiolíticos naturais
- Contraindicações
- Interações medicamentosas/alimentícia
- Tratamentos complementares
- Acompanhamento do uso de ansiolíticos
- Perguntas frequentes
Para que serve?
Os ansiolíticos servem para tratar os efeitos provocados pelos tipos de transtorno de ansiedade. Podem ser drogas sintéticas, isto é, medicamentos elaborados por meio de processos químicos, ou podem estar presentes em remédios caseiros, como chás.
São considerados tranquilizantes por provocarem efeito calmante em pessoas ansiosas e sob tensões. O principal tipo de ansiolítico utilizado são os benzodiazepínicos.
Eles são capazes de estimular os neurotransmissores do cérebro, ativando mecanismo que equilibram a sensação de ansiedade e estresse.
Quando o paciente está sofrendo com algum tipo de transtorno de ansiedade, por motivos que podem variar de pessoa para pessoa, seu cérebro se mantém em estado de alerta.
O medo de determinadas situações provoca um estresse excessivo nas atividades do sistema nervoso central.
Com essas atividades fora de controle, as crises de ansiedade se tornam intensas e sintomas físicos e psicológicos despertam no paciente condições péssimas para seguir com a rotina normalmente.
Sendo assim, os ansiolíticos atuam para estimular um equilíbrio no cérebro da pessoa que sofre com a ansiedade, deixando-a mais tranquila. Os principais efeitos desses medicamentos depressores no organismo do paciente são:
- Diminuir a ansiedade;
- Indução de sono;
- Relaxamento muscular;
- Diminuir o estado de alerta do sistema nervoso central (SNC).
Os ansiolíticos, mais especificamente os benzodiazepínicos, não são medicamentos antipsicóticos ou anti-insônia. Contudo, são utilizados como coadjuvantes de alguns tratamentos psiquiátricos e também no caso de tratamento de alcoolismo.
Por exemplo, no caso de pessoas que estejam em tratamento antidepressivo e sofram também como algum transtorno de ansiedade, o uso de ansiolíticos como os benzodiazepínicos pode ser necessário. Isso enquanto o tratamento antidepressivo ainda não esteja proporcionando uma melhoria da ansiedade também.
Em relação ao uso desses medicamentos para aliviar os sintomas da abstinência, em casos de pessoas em reabilitação, os ansiolíticos são úteis por agirem sob os mesmos neurotransmissores no sistema nervoso central que o álcool atinge.
De toda forma, o que deverá ser estabelecido é o que um profissional especializado em saúde mental entender que será o melhor para cada paciente. A automedicação não deve ser uma opção, em nenhuma hipótese.
O que é o Transtorno de Ansiedade?
A ansiedade é uma resposta natural do nosso corpo a uma situação que nos provoca estresse, medo, desconforto ou apreensão por algo desconhecido.
Essa ansiedade pode se manifestar de diversas formas, incluindo sintomas físicos, psicológicos, de forma leve ou impossibilitando que a pessoa consiga realizar suas tarefas cotidianas.
Uma entrevista de emprego, primeiro dia de aula ou uma apresentação importante são situações comuns em que as pessoas demonstram ansiedade.
Diante dessas situações, é normal as pessoas sentirem nervosismo. Contudo, diante de ansiedade extrema, com duração superior a seis meses e que esteja interferindo negativamente em sua vida, é preciso buscar ajuda. É isso que diferencia a ansiedade do Transtorno de Ansiedade.
Ainda que a ansiedade possa ser bastante ruim no dia a dia, a pessoa ainda é capaz de continuar com as atividades. Já durante o Transtorno de Ansiedade, o sentimento é paralisante.
Normalmente, pessoas com o Transtorno de Ansiedade apresentam, também, sintomas físicos. Se observar os seguintes sinais, procure orientação médica para um tratamento adequado:
- Medo irracional;
- Sensação de que algo ruim irá acontecer, nervosismo excessivo;
- Ideias obsessivas;
- Vontade de evitar as situações que causam ansiedade;
- Roer unhas compulsivamente;
- Aumento de frequência cardíaca;
- Dores no peito;
- Hiperventilação;
- Espasmos musculares;
- Fraqueza;
- Insônia;
- Dificuldade de concentração.
Tipos
É comum que as pessoas se refiram ao transtorno de ansiedade como algo genérico, mas, é interessante conhecer que existem diferentes tipos e cada um representa um quadro diferente. Conheça:
Agorafobia
Pessoas que sofrem com agorafobia, um dos tipos de transtorno de ansiedade, sentem medo de lugares e situações específicas. Diante dessas situações se sentem impotentes, constrangidas e em pânico.
É comum que pessoas afetadas por esse tipo de ansiedade busquem evitar ao máximo estar em determinados lugares ou em determinadas situações, pois entendem que sofreram uma possível crise.
Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)
Esse tipo de transtorno é um dos que mais afeta a vidas das pessoas que sofrem com a ansiedade.
Por possuírem ideias e comportamentos obsessivos, acabam tendo suas vidas prejudicadas.
Essas pessoas, sendo assim, vivem constantemente preocupadas e ansiosas e adotam alguns hábitos repetitivos. Ficar indeciso sobre se trancou ou não a porta de casa, se desligou o chuveiro ou o ferro de passar roupa são algumas situações comuns.
O que se torna diferente para as pessoas que apresentam o TOC é que elas vão mudar drasticamente a rotina diante desses compulsões. Como trancar e destrancar a porta várias vezes, voltar para a casa para se certificar se desligou o chuveiro ou gás, etc.
Síndrome de pânico
A síndrome do pânico, ou transtorno do pânico, desperta crises repentinas de ansiedade, que são acompanhadas por sensação intensa de mal-estar e medo.
Pessoas que sofrem com esse determinado tipo de transtorno de ansiedade apresentam alguns sintomas físicos, como falta de ar, dores no peito e batimentos cardíacos acelerados. Também são afetados com sintomas cognitivos.
Eles surgem de forma crescente, alcançando intensidade em um tempo muito curto. As pessoas que sofrem com essa síndrome apresentam medo constante da morte e tendem a evitar determinadas situações que possam despertar uma crise, característico da agorafobia.
Fobias específicas
As pessoas que sofrem com esse tipo de transtorno de ansiedade apresentam medo ou repulsa de determinada situação, objeto ou animal. Algumas fobias específicas conhecidas são o medo de aranha (aracnofobia), medo de altura (acrofobia) e medo de lugares fechados (claustrofobia).
Ainda que o medo, ou receio, de terminadas situações seja comum, como ter medo de andar de avião, para as pessoas que sofrem com o transtorno de ansiedade isso será um impasse em suas vidas, em que a fobia será paralisante.
Pós-traumática
É característico pela dificuldade de recuperação diante de traumas como acidentes, assaltos, perdas, desastres naturais ou qualquer situação que tenha vivenciado ou testemunhado em que se sentiu assustado ou intimidado.
Dentro desse transtorno, é possível que a pessoa sofra constantemente com flashbacks do evento traumático, tenha pesadelos ou que não consiga ficar tranquila diante de situações que remetam ao acontecimento.
É possível que pessoas com ansiedade pós-traumática evitem estar em determinados lugares e situações. Por exemplo, alguém que foi assaltado a noite na rua começar a evitar ao máximo sair de casa, devido ao medo constante de acontecer novamente.
Transtorno de ansiedade de separação
Esse transtorno afeta, na maioria dos casos, as crianças. Ocorre quando estão no processo de adaptação a separação dos pais. Esse momento pode ser muito difícil para eles e por isso é importante que os responsáveis fiquem atentos aos sinais desse transtorno.
Sintomas como choro constante, apego excessivo aos pais e chamar por eles quando já foram embora são alguns dos sinais. É possível que se neguem a dormir sozinhas e busquem evitar ir a escolinha.
Essa separação está relacionada aos momentos em que as crianças começam a frequentar a escola, aos pais passarem maior tempo fora de casa ou até mesmo divórcios.
Transtorno de ansiedade generalizada
Pessoas que sofrem com o transtorno de ansiedade generalizada, diferente dos outros tipos de ansiedade, não demonstram picos de ansiedade ou medo de situações específicas. Elas vivem constantemente ansiosas, agitadas e preocupadas.
Situações comuns para a maioria das pessoas farão com que essas pessoas se sintam mal. Normalmente, apresentam sintomas físicos como dores de cabeça, insônia e dores de estômago. Também podem sofrer com dificuldade de concentração.
Mutismo seletivo
O mutismo seletivo é um transtorno de ansiedade que pode se manifestar desde a infância. Nesses casos, as pessoas se tornam incapazes de falar em determinadas situações ou com determinadas pessoas.
Não existe, contudo, incapacidade de se comunicar, também não está associado a transtornos de comunicação, como a gagueira.
Essas crises acabam interferindo negativamente na vida de pessoas que sofrem com esse tipo de ansiedade, pois sofrem um bloqueio na fala.
Normalmente, pessoas que apresentam o mutismo seletivo são tímidas e até mesmo com familiares não conseguem se expressar com facilidade.
Como os ansiolíticos atuam no nosso organismo?
Os ansiolíticos são drogas do tipo depressoras. São chamadas assim pois diminuem a atividade cerebral, isto é, deprimem seu funcionamento.
Quando o paciente está sob o tratamento de algum tipo de transtorno de ansiedade com os ansiolíticos, o que acontece é uma redução das atividades do sistema nervoso central (SNC).
Por ficar em estado de alerta, o cérebro da pessoa que sofre com algum tipo de transtorno de ansiedade tem dificuldade em diminuir essas atividades. Dessa forma, inúmeros sintomas, físicos e cognitivos, podem aparecer.
Para entender os mecanismos de ação dos ansiolíticos, é importante compreender como os benzodiazepínicos interferem em nosso organismo, uma vez que são os ansiolíticos mais utilizados atualmente.
Em nosso cérebro, existe um neurotransmissor específico denominada GABA, sigla oriunda da denominação Gamma-AminoButyric Acid ou, em português, Ácido gama-aminobutírico.
Esse ácido se distribui em três canais principais em nosso cérebro: o GABAA, GABAB e GABAC. É no GABAA, especificamente, que os remédios benzodiazepínicos agem para tratar o transtorno de ansiedade.
Este é o principal neurotransmissor inibidor em nosso cérebro. Ele age diretamente nas atividades do sistema nervoso central afetadas pelo transtorno de ansiedade.
Os ansiolíticos são facilitadores do efeito do GABA no cérebro. Os benzodiazepínicos provocam, portanto, um efeito sedativo no paciente em tratamento.
Entre outras drogas que apresentam o mesmo comportamento diante dos neurotransmissores GABA, estão o álcool, barbitúricos, anestésicos, inalatórios e o propofol.
Por conter essa sensação de similaridade, pode acontecer que se utilizem os benzodiazepínicos em tratamentos de alcoolismo, para aliviar os sintomas causados pela abstinência.
Esses medicamentos são comercializados como soníferos e hipnóticos, quando o uso é para curto prazo. Nesses casos, o foco do tratamento visa ajudar pessoas em reabilitação de alcoolismo, devido ao fato de terem o sono prejudicado pela ação do álcool sobre as atividades cerebrais.
Quando devo utilizar os ansiolíticos?
Somente um médico poderá prescrever quando será necessário o uso de ansiolíticos e o paciente deverá manter uma rotina de tratamento. O uso indiscriminado de ansiolíticos pode ser muito perigoso e até mesmo letal.
O uso de drogas depressoras faz com que a pessoa se mostre mais desligada, devagar e sonolenta. Por interferirem em nossas funções psicomotoras, algumas atividades podem se tornar perigosas diante do uso desses medicamentos, como dirigir, por exemplo.
Outros exemplos de drogas depressoras são o álcool, soníferos, narcóticos, inalantes e solventes. Provocam o estímulo contrário ao que as drogas estimulantes fazem.
Estas são responsáveis por aumentar a atividade cerebral, conhecidas também como estimulantes da atividade do SNC. Diferente das depressoras, a pessoa que fizer uso dessas drogas ficará elétrica e sempre ligado. Alguns exemplos são a nicotina, cafeína, anfetamina e a cocaína.
Tipos de ansiolíticos
Se você já pesquisou sobre remédios para o tratamento de ansiedade, deve ter se deparado com uma lista extensa de medicamentos. Isso porque eles se dividem em alguns tipos e dentro dessa divisão é possível encontrar diferentes fármacos. Veja quais são essas tipologias:
Barbitúricos
Os barbitúricos, anterior aos benzodiazepínicos, eram os únicos ansiolíticos disponíveis para o tratamento da ansiedade.
Foi em 1902 que o ganhador do Prêmio Nobel de Química, Emil Fischer, descobriu o barbital. Ainda que fossem considerados uma droga de risco, eram eficazes como sedativos e sonífero, agindo como depressor do Sistema Nervoso Central.
Atualmente, estes medicamentos caíram em desuso no que diz respeito ao tratamento de transtornos de ansiedade, mas ainda são utilizados para tratamento de casos de convulsões e como sedativo em algumas cirurgias.
Assim como os benzodiazepínicos, os barbitúricos também apresentam complicações, pois podem causar dependência e até mesmo levar à morte.
Somente em 1963, a empresa Roche, lançou o Valium. Este foi o começo da popularização dos benzodiazepínicos.
Benzodiazepínicos
Os benzodiazepínicos são os mais populares entre os tipos de ansiolíticos. Muitas vezes, são colocados como sinônimo de medicamento para o tratamento de transtorno de ansiedade. Contudo, existem outros tipos.
Eles pertencem a uma classe de medicamentos psicotrópicos, pois agem diretamente no funcionamento do Sistema Nervoso Central. Sua estrutura química consiste entre a fusão de um anel benzeno com um anel de diazepina. Por isso possui essa nomenclatura.
A ação calmante dos benzodiazepínicos ocorre de acordo com a forma que interfere na substância GABA e sobre o sistema límbico, partes do cérebro responsáveis pelas emoções e comportamentos sociais.
Esses medicamentos, ao atingir essas partes de nosso cérebro, desempenham uma ação reguladora da serotonina. Esta é uma substância química produzida naturalmente pelo corpo humano.
Quando em níveis baixos ou altos demais pode interferir em quadros de esquizofrenia, depressão e também na ansiedade.
Os efeitos provocados pelos benzodiazepínicos incluem relaxamento, alívio de tensão cognitiva e efeito sedativo.
Ansiolíticos engordam?
É possível que alguns ansiolíticos possam provocar o aumento de peso em alguns pacientes, mas não é correto afirmar que esse efeito é generalizado. Nem mesmo o efeito contrário.
Ainda que algumas pessoas apresentem perda de peso com o tratamento do transtorno de ansiedade com estes medicamentos, não é possível afirmar que é um efeito colateral do ansiolítico em si.
De fato, a ansiedade pode provocar um aumento de peso, fazendo com que a pessoa ansiosa desconte na alimentação todo o seu nervosismo e tensão diante do transtorno.
Consequentemente, com o tratamento dando certo, esse apetite tende a diminuir e a pessoa emagrece.
Por outro lado, os ansiolíticos podem provocar, como efeito colateral, o aumento de apetite. Nesses casos, o indivíduo pode ter um aumento de seu peso.
O paciente deve buscar orientação médica, diante de ambos os casos. A função dos ansiolíticos não é de emagrecer. Entender esse efeito como um benefício é muito perigoso.
Prolongar o uso ou suspendê-lo, diante do aumento ou perda de peso, é uma atitude a ser evitada.
Ansiolíticos e antidepressivos são a mesma coisa?
Muitas pessoas entendem que antidepressivos e ansiolíticos produzem o mesmo efeito sob o organismo, ou que são a mesma coisa. Contudo, isto não está correto.
Eles apresentam alguns pontos em comum, como por exemplo, os dois tipos de medicamentos agem contra os sintomas de transtornos mentais: a ansiedade e a depressão. Também não possibilitam a cura, mas buscam tornar a vida dessas pessoas melhor.
Ainda que alguns antidepressivos tenham também ação sobre os sintomas da ansiedade, em pacientes que apresentam as duas condições simultaneamente, não são drogas do mesmo tipo, pois possuem focos diferentes.
Os ansiolíticos são utilizados para proporcionar aos pacientes maior relaxamento muscular, torná-los mais calmos, tratar a insônia e diminuir a irritabilidade provocada pelo transtorno.
Os antidepressivos, por outro lado, buscam diminuir a tristeza profunda, angústia, falta de energia e concentração, desinteresse, falta de apetite, sentimento intenso de culpa e desejos suicidas.
A ansiedade pode ser um dos sintomas presentes em quadros de depressão e não é raro que isso aconteça. Contudo, em alguns casos, ao realizar o tratamento inadequado, um dos quadros pode piorar.
Nomes comerciais
Considerando os dados apresentados pela OMS, que apontam o Brasil como o país com o maior número de pessoas afetadas pelo transtorno de ansiedade, é compreensível o aumento do consumo de ansiolíticos.
Contudo, muitas pessoas não os conhecem por essa nomenclatura, mas sim por seus nomes comerciais. Alguns desses medicamentos são:
- Valium;
- Rivotril;
- Diazepam;
- Calmociteno;
- Psicosedin;
- Alprazolam;
- Ansitec;
- Lexotan;
- Lorax;
- Frontal XR;
- Clonazepam;
- Lorazepam;
- Deptran;
- Flurezin.
Conheça também como funciona alguns dos ansiolíticos mais utilizados e como eles são aplicados no tratamento de outros tipos de patologias:
Diazepam
O diazepam também é um ansiolítico bem conhecido e utilizado. No entanto, não é usado somente para o tratamento de casos de transtorno de ansiedade.
Em centros médicos, o diazepam é utilizado também no tratamento de espasmos musculares, distúrbios psicossomáticos, torcicolo, dispneia e até mesmo para sedação antes de procedimentos cirúrgicos.
Esse ansiolítico é muito conhecido por seu nome comercial: Valium. É necessário ter cuidado com o uso, pois em doses altas e em uso prolongado pode gerar dependência.
Lorazepam
O Lorazepam pode ser conhecido também como orfidal. É um medicamento utilizado para vários tratamentos, além da ansiedade.
Por ter efeito imediato, é considerado um ansiolítico potente, pois atinge seu pico máximo de biodisponibilidade em 2 horas.
Ainda que não seja o ansiolítico com maiores efeitos colaterais e seu grau de dependência não seja muito grande, só deve ser usado no tempo limitado pelo médico.
Pode ser utilizado nas seguintes ocasiões:
- Tratamento de ansiedade;
- Insônia;
- Tensão;
- Tratamento de doenças psicossomáticas e orgânicas;
- Síndrome de cólon irritável;
- Epilepsia;
- Náuseas e vômitos provocados pela quimioterapia ou por abstinência alcoólica.
Bromazepam
Utilizado em doses baixas, o bromazepam é usado para tratar ansiedade e fobias, especificamente. Pode gerar dependência rapidamente se for utilizado de forma irresponsável.
Quando é administrado em doses maiores, esse tipo de ansiolítico age como relaxante muscular, sedativo e hipnótico.
Diante de um tratamento com esse tipo de medicamento, é necessário buscar saber sobre todas as possíveis complicações, se informando com um médico. O bromazepam pode ser mortal ao ser combinado com álcool e também interage com várias substâncias.
Clorazepato
Além de ser utilizado no tratamento de transtornos de ansiedade, o clorazepato é um medicamento presente no tratamento de outros quadros psiquiátricos como neuroses e psicoses.
Também é usado no tratamento de abstinência alcoólica e outras drogas, casos de insônia e síndrome de cólon irritável.
O tempo de uso recomendado para o clorazepato é de, no máximo, 4 meses. Ultrapassar esse período pode trazer complicações como dependência ou até mesmo fazer com que ele perca a eficácia.
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
Meia-vida dos ansiolíticos
Os ansiolíticos podem ser classificados de acordo com a duração de seu efeitos. Para isso, são divididos de acordo com sua meia-vida, conceito utilizado para designar o período de duração de determinado medicamento em nosso organismo.
Ao ingerir um medicamento, após algum pequeno intervalo de tempo, ele apresenta um pico de seu efeito em nosso corpo, mas esse efeito tem ação decrescente.
Em decorrência de dois fatores naturais em nosso corpo, como a eliminação por urina e a metabolização, os medicamentos acabam perdendo efeito. Saber disso é importante para compreender a importância de seguir os horários, com rigor.
Isto posto, saiba qual a meia-vida dos ansiolíticos:
Ansiolíticos de meia-vida curta
Os ansiolíticos de meia-vida curta apresentam efeitos que podem durar até 8 horas. Alguns exemplos são o Bentazepam, Clotiazepam e o Cloxazolam.
Ansiolíticos de meia-vida intermediária
Esses medicamentos possuem efeitos que podem durar de 8 a 24 horas. Alprazolam, Lorazepam. Camazepam, Pinazepam e Oxazepam são alguns exemplos.
Ansiolíticos de meia-vida longa
Quando os efeitos dos ansiolíticos duram mais de 24 horas são considerados de meia-vida longa. Entre esses medicamentos estão o Diazepam, Halazepam e Medazepam.
Como tomar?
Os ansiolíticos são utilizados por via oral, em forma de comprimidos ou cápsulas. Eles devem ser prescritos por um médico psiquiatra e ser tomados de acordo com o recomendado pelo especialista.
O paciente deve seguir corretamente as dosagens e horários e, com o possível surgimento de efeitos colaterais, é preciso que se converse com um médico para conseguir controlar possíveis sintomas.
Outra opção existente ao uso de ansiolíticos é por via endovenosa (injeções), no entanto, só podem ser administradas em hospitais.
Quanto à duração do tratamento com os ansiolíticos e a retirada do medicamento, cabe ao profissional a orientação de como se dará este processo.
É preciso que o paciente tenha consciência dos riscos de dependência que esses remédios oferecem, lembrando que a automedicação é um hábito perigoso e não deve ser feito.
Efeitos colaterais
O uso de ansiolíticos pode provocar alguns sintomas colaterais, sendo alguns deles comuns a todos os usuários dos medicamentos e outros mais graves, associados a dosagem e ao tempo de uso.
Por ser uma droga depressora do sistema nervoso central, os ansiolíticos provocam uma depressão das atividades cerebrais. Elas reduzem a ansiedade, mas também deixam a pessoa mais sonolenta e devagar.
É como um aparelho que está em funcionamento em 220 volts e é forçado a reduzir para 110 volts.
Dessa forma, acaba sendo prejudicada em algumas atividades. Os principais efeitos colaterais relacionados a essa ação dos ansiolíticos são:
- Sonolência;
- Dependência;
- Tonturas;
- Dores de cabeça;
- Enjoo;
- Suor excessivo;
- Dificuldade de concentração;
- Sensação de ressaca;
- Perda de memória;
- Falta de coordenação motora, como reflexos lentos;
- Confusão, mais comum em pessoas idosas;
- Delírios;
- Euforia (mais raro);
- Hipotonia muscular (perda de força e do tônus muscular);
- Visão turva ou dupla;
- Vertigens;
- Fala arrastada;
- Falta de energia.
Abstinência dos ansiolíticos
Primeiramente, é preciso entender que existe uma diferença entre a síndrome de abstinência e a possibilidade de que o transtorno de ansiedade do paciente não tenha sido efetivamente tratado com o uso das drogas.
Dessa forma, antes de se confirmar um diagnóstico de abstinência dos ansiolíticos, é preciso observar se os sintomas manifestados pelo paciente não os mesmos sintomas que o levaram para o tratamento.
Se os sintomas forem correspondentes, é possível que seja uma situação em que a ansiedade foi protelada com o uso dos medicamentos. Com a retirada, pode ter ocorrido um efeito rebote.
Devido às duas situações apresentarem alguns sintomas semelhantes, é comum que algumas pessoas confundam essas situações distintas. Contudo, a abstinência tem sua origem no vício.
A abstinência provocada pelos ansiolíticos tende a se manifestar cerca de 48 horas após a interrupção do uso da droga.
Após essa interrupção, podem ocorrer sintomas como ansiedade, tremores, visão turva, confusão mental, palpitações e hipersensibilidade a estímulos externos.
O ideal é que, juntamente ao tratamento a base de ansiolíticos, tratamentos complementares sejam realizados.
Ainda que seja uma ajuda favorável a muitos pacientes, quando usado de forma irresponsável, o medicamento pode causar dependência e desempenhar um papel de “tapa-buraco”.
Sendo assim, o problema pode continuar enraizado no paciente, mas a ação dos medicamentos desperta uma sensação de melhora. O bem-estar proporcionado por essas drogas, junto ao medo de deixá-lo e os sintomas voltarem, é um perigo para as pessoas que sofrem com algum transtorno de ansiedade.
Os médicos, nesses casos, devem entender a importância de uma boa orientação em relação as doses e ao tempo de consumo.
Ansiolíticos naturais
Existem algumas plantas consideradas ansiolíticos naturais. Ainda que não substituam o tratamento com ansiolíticos sintéticos, muitas vezes contribuem para amenizar os sintomas da ansiedade.
É uma forma natural e alternativa para pessoas que sofrem com quadros mais leves de ansiedade e podem ser um complemento ao tratamento prescrito pelo médico.
Normalmente, são utilizados como chás e podem ser consumidos pela maioria das pessoas, desde que não haja intolerância ou alergia a determinada planta ou substância presente. Conheça algumas opções de chás calmantes:
- Chá de camomila;
- Chá de passiflora;
- Chá de valeriana;
- Chá de jujuba;
- Chá de erva-cidreira;
- Chá de lúpulo;
- Chá de centelha asiática ou Gotu Kola.
Contraindicações
Nem todo mundo pode fazer uso dos ansiolíticos, seja para o tratamento de ansiedade, insônia ou durante o processo de reabilitação de um vício alcoólico.
Há também, alguns medicamentos que possuem contraindicações específicas. Para saber quais as condições de risco do medicamento, é necessário consultar com o médico e também conferir a bula.
Se houver alguma contraindicação que o impeça de seguir adiante com o tratamento a base de ansiolíticos, cabe ao um profissional ponderar a relação risco-benefício.
Contudo, existem alguns grupos de risco que devem tomar maior cuidado com esses medicamentos. Conheça:
Grávidas e lactantes
Durante a gestação ou amamentação, as mulheres devem evitar o uso de ansiolíticos e somente fazer o uso, se o médico entender que não terá riscos nenhum para ela e para o bebê.
Os estudos em relação aos efeitos teratogênicos (má formação no feto) que esses remédios podem provocar ainda não são conclusivos.
Contudo, é possível que o uso durante a gestação possa oferecer riscos para o parto natural, como problemas respiratórios e dificuldade para retirar o bebê.
Da mesma, como o bebê estava sob o uso dos ansiolíticos, após o efeito passar ele pode apresentar agitação e até mesmo ter uma convulsão.
Para as lactantes, é necessário investigar se o ansiolítico em uso terá alguma interferência no leite materno, podendo provocar complicações no bebê.
As opiniões entre os médicos, do ponto de vista obstétrico e psiquiátrico, apresentam pontos de vistas interessantes, em relação ao uso de ansiolíticos durante a gestação.
Uma mulher que já faz uso dos ansiolíticos e descobre uma gravidez deve procurar o psiquiatra que receitou estes medicamentos e verificar se há a necessidade de continuar o tratamento ou a possibilidade de pausar o uso.
Todavia, não é uma regra que serve para todos os casos, como apontam alguns psiquiatras. Mulheres que apresentam casos mais graves de ansiedade, em que apresenta comportamentos como pensamento suicida, retirar o medicamento é um risco para a vida da mãe e do bebê.
Pessoas com mais de 65 anos
O uso de ansiolíticos por pessoas com mais de 65 anos pode ser um risco, pois apresentam maior sensibilidade aos efeitos sedativos deste medicamento.
Até mesmo doses menores podem provocar sintomas como confusão, amnésia, perda de equilíbrio e comprometer a capacidade cognitiva.
O principal risco associado ao uso de ansiolíticos e pessoas idosas está na maior possibilidade de quedas, que podem levar a lesões nos quadris e pernas ou provocar ou acidentes de carro, uma vez que a direção é uma das atividades comprometidas por essa droga.
Pessoas com histórico de dependência
Como podem provocar dependência, o uso dos ansiolíticos deve ser evitado por pessoas que apresentam histórico de abuso de substâncias, como drogas e o próprio álcool.
Uma opção para as pessoas que se encaixam nesse grupo de risco é o uso dos benzodiazepínicos, que demonstram ação mais rápida. No entanto, ainda são um risco de se tornar viciante.
O risco de ansiolíticos combinado ao abuso de álcool e outras drogas ilícitas é também muito preocupante, pois pode levar a morte.
Existem, ainda, contraindicações relacionadas a outras patologias. São estas:
- Glaucoma agudo de ângulo fechado;
- Insuficiência respiratória grave;
- Doenças no fígado;
- Alérgicos aos componentes presentes nos ansiolíticos;
- Doenças renais e cardiovasculares.
Interações medicamentosas/alimentícia
Os ansiolíticos apresentam algumas interações medicamentosas, mas isso pode variar para cada tipo de medicamento, considerando os seus vários tipos. Contudo, algumas interações são comuns a estes medicamentos, principalmente o uso de remédios depressores do Sistema Nervoso Central (SNC):
- Álcool;
- Narcóticos;
- Anti-histamínicos;
- Analgésicos opiáceos;
- Antidepressivos tricíclicos;
- Anticonvulsivantes;
- Antipsicóticos;
- Anti-hipertensivos;
- Antidiabéticos;
- Antiácidos;
- Outros ansiolíticos;
- Suco de toranja (em interação com benzodiazepínicos).
Tratamentos complementares
O tratamento feito com medicação, sem dúvidas, contribui muito para que pessoas que sofrem com algum tipo de transtorno de ansiedade possam recuperar suas rotinas e levar uma vida melhor.
Não é fácil conviver com alguma doença mental, principalmente, pelos sintomas que despertam. Até mesmo os remédios, que têm o objetivo de tentar amenizar esse problema, podem despertar efeitos colaterais sérios para a saúde.
Conheça alguns tratamentos complementares:
Terapia
Outro alternativa de tratamento, que deve ser complementar ao uso de ansiolíticos, é a terapia. Dentro deste tratamento, existem várias possibilidades, como terapia cognitivo-comportamental, terapia em grupo e psicanálise, por exemplo.
Dentre essas possibilidades, a terapia cognitiva-comportamental pode ser uma das opções mais interessantes.
Essa forma de terapia inclui diversas técnicas que estimulam o paciente a lidar com a sua ansiedade. Nesse método, a maneira como as pessoas interpretam suas próprias experiências é um dos fatores que determinam a forma como se sentem e se comportam.
Através de estratégias, o paciente terá, durante a terapia, um momento para pensar — e tentar corrigir — pensamentos que originam problemas como a ansiedade e mal-estar.
Terapias alternativas
Existem algumas terapias alternativas que colaboram para amenizar sintomas presentes em quadros de transtorno de ansiedade. Alguns exemplos são a aromaterapia, cromoterapia e a acupuntura.
Por exemplo, a acupuntura, técnica que utiliza a introdução de agulhas nos pontos vitais do corpo, busca proporcionar um equilíbrio de energia no organismo do paciente em tratamento.
Como consequência, o paciente se sente menos ansioso e mais calmo. A aromaterapia, por outro lado, se apoia no uso de óleos essenciais diluídos em água morna, com o objetivo de promover uma melhora no estresse.
Meditação
A meditação é considerada um complemento muito saudável aos demais tipos de tratamento. Além de contribuir para diminuir a ansiedade, apresenta outros benefícios à saúde e bem-estar, como a redução de estresse, melhora de concentração e capacidade cognitiva.
Meditar por 15 minutos ao dia já promove esses benefícios e pode ser feito de diversas formas. O ideal é se acomodar em um lugar silencioso, deixar a coluna e pescoço retos e sentar em uma posição confortável, com os membros inferiores cruzados, aquela famosa posição chamada de “perna de índio”.
Repouse as mãos no colo e deixe as palmas viradas para cima. Concentre em sua respiração e mentalize o que está buscando com essa atividade.
Ansiolíticos naturais
Os ansiolíticos naturais, como os chás de camomila e de valeriana, são recomendados para pessoas que estão no processo de abandono do uso dos medicamentos.
Eles podem ser uma ferramenta para tornar essa fase um pouco mais fácil, assim como podem ser utilizados como tratamento complementar.
Acompanhamento do uso de ansiolíticos
Diante de um diagnóstico de ansiedade, em que será necessário o tratamento com os ansiolíticos, é importante esclarecer com o médico todas as suas dúvidas. Se preferir, anote em casa quais as são, para que no momento da consulta não fiquei nada para trás.
Alguns pontos devem ser discutidos, são eles:
- Questione como o medicamento ajudará a diminuir a ansiedade e de que forma ele agirá em seu organismo;
- Pergunte sobre tratamentos complementares e cogite a terapia, até mesmo antes de iniciar a medicação com os ansiolíticos;
- Pergunte quais são os efeitos colaterais mais comuns;
- Questione se será necessário evitar algum alimento ou bebida;
- Conte sobre outros medicamentos que faz uso, se for o caso. Dessa forma, é possível descobrir se terá o risco de interações medicamentosas antes mesmo de alguma complicação acontecer. É da prática do profissional de saúde buscar essa informação, mas em todo caso, se previna;
- Saiba por quanto tempo deverá se medicar e em quais horários;
- Pergunte sobre como será a retirada do medicamento, se será difícil, se os sintomas da ansiedade surgirão e sobre os efeitos colaterais;
- Pergunte sobre o uso de ansiolíticos naturais e como eles poderiam ajudar.
Perguntas frequentes
Os ansiolíticos prejudicam o desempenho escolar e no trabalho?
Sim, os ansiolíticos podem fazer com que o seu rendimento, no trabalho, escola ou faculdade, seja reduzido. Isso devido aos seus efeitos colaterais sedativos.
Todavia, esses medicamentos são utilizados para tratamento de curtos períodos e devem ser utilizados em doses suficientes para estabilizar os sintomas da ansiedade. A longo prazo, podem causar dependência.
Dessa forma, esse prejuízo causado pelos ansiolíticos, em tese, deve ter data de término. De fato, eles proporcionam maior sonolência e dificuldade de concentração. Somente por esses fatores, realizar tarefas que necessitam de atenção e foco se tornam mais difíceis.
Ao perceber que os medicamentos estão se tornando um problema no âmbito profissional e acadêmico, em que seus rendimentos tenham caído, procure conversar com um médico sobre como evitar esse efeito colateral ou até mesmo a possibilidade de utilizar doses menores.
Existem, ainda, exercícios voltadas a concentração e foco nos estudos que podem ser úteis durante esse período de tratamento da ansiedade.
Ansiolíticos são remédios tarja preta? E o que isso significa?
Sim, os ansiolíticos são denominados remédios tarja preta. Isto não representa apenas uma forma de classificação ou organização genérica entre os medicamentos. Provavelmente, você já ouviu que é necessário cuidado no uso desses remédios, e isso tem um porquê.
Os remédios tarja preta são os medicamentos que apresentam graves riscos à saúde. Entre eles estão os que agem diretamente no Sistema Nervoso Central (SNC), como os ansiolíticos, nesse caso.
Eles podem significar o risco de dependência e até mesmo levar à morte. O uso prolongado fará com que o paciente acabe viciando nos efeitos provocados pelo medicamento e prolongue o uso, mais e mais.
Ao suspender, a pessoa corre o risco de sofrer os sintomas provocados pela abstinência, como o efeito rebote.
De acordo com esses fatores, os ansiolíticos devem ser comercializados apenas sob retenção de receita médica.
Posso fazer uso de ansiolíticos e dirigir depois?
Por provocarem efeito sedativo, prejudicarem a coordenação motora e o poder de concentração, ansiolíticos e direção não combinam.
Não significa que é obrigatoriamente proibido, mas é preciso evitar. Atividades como esta exigem grande concentração. Dirigir “desligado” pode por sua vida e a vida de outras pessoas em risco.
Se sentir que não está em condições de estar na direção de um automóvel, peça uma carona ou utilize o transporte coletivo.
Andar de bicicleta, contudo, não é uma opção muito boa também, pois pode ser perigoso da mesma forma. Por fim, o ideal é que se converse a dosagem da medicação com o médico responsável.
Popularmente conhecidos como calmantes, os ansiolíticos são medicamentos sintéticos ou naturais utilizados no tratamento dos diferentes tipos de transtorno de ansiedade.
Não possibilitam a cura do problema, mas permitem que esses pacientes possam continuar com suas atividades normalmente, uma vez que os sintomas — físicos e psíquicos — os impedem de fazê-las.
Sendo a ansiedade um dos problemas de saúde com números tão preocupantes, atualmente, é necessário entender como os medicamentos disponibilizados atuam em nosso organismo, como podem nos beneficiar ou provocar sérias complicações.
Diante dos sintomas de ansiedade, ou de qualquer outro transtorno, busque sempre orientação médica.
Não esqueça de compartilhar este texto com seus amigos e familiares para que eles saibam como funcionam os ansiolíticos no tratamento dessa doença que afeta tantas pessoas.