Os medicamentos ansiolíticos são indicados principalmente para reduzir os sintomas do transtorno de ansiedade, podendo ser utilizados também para tratar outros distúrbios que envolvem medo intenso, preocupação excessiva e sentimentos de tensão.
Seus princípios ativos promovem uma sensação de relaxamento, motivo pelo qual também são chamados de tranquilizantes e calmantes. Essa classe de medicamentos ainda pode ser recomendada para o tratamento de insônia, devido à sonolência que podem provocar.
Os mais usados são os benzodiazepínicos, que agem diretamente no neurotransmissor responsável por proporcionar um efeito sedativo e tranquilizante. Essa droga foi descoberta na década de 1950 e, mais recentemente, passou a se tornar motivo de preocupação pelo uso em larga escala.
Em um levantamento de dados promovido pela Organização Mundial da Saúde e publicado em 2018, o Brasil aparece como o país líder em casos de Transtorno de Ansiedade, com 9,3% da população sofrendo com esta doença.
Esse tipo de medicamento não é uma solução ou cura para a ansiedade, mas ajuda a amenizar os sintomas. Com isso, pacientes em tratamento podem realizar as atividades do dia a dia sem os bloqueios gerados pelo transtorno.
Além disso, esse tipo de medicamento não age sozinho e só pode ser adquirido com prescrição médica, geralmente de um(a) psiquiatra. Tão importante quanto um tratamento com medicamentos é a ajuda de um profissional especializado em saúde mental, como os psicólogos e psicoterapeutas.
Continue a leitura do artigo para saber mais sobre os ansiolíticos, como agem no nosso organismo e para quais situações eles são mais indicados.
Índice — neste artigo, você encontrará as seguintes informações:
Os ansiolíticos, mais especificamente os benzodiazepínicos, não são medicamentos antipsicóticos ou anti-insônia. Contudo, são utilizados como coadjuvantes de alguns tratamentos psiquiátricos e também no tratamento de alcoolismo.
No caso de pessoas que fazem tratamento com antidepressivos e sofrem também com algum transtorno de ansiedade, por exemplo, o uso de benzodiazepínicos pode ser necessário até que o tratamento para depressão esteja proporcionando uma melhoria da ansiedade também.
Esses medicamentos também ajudam a aliviar os sintomas de abstinência, pois agem diretamente nos mesmos neurotransmissores que o álcool atinge.
Os ansiolíticos são drogas do tipo depressoras, pois diminuem a atividade cerebral, isto é, deprimem seu funcionamento por meio da redução das atividades do sistema nervoso central (SNC).
Esse efeito faz com que o cérebro da pessoa ansiosa diminua as atividades, pois o constante estado de alerta e o fluxo excessivo de pensamentos são algumas das características do transtorno. Portanto, ao atingir a ansiedade na sua raiz, esses medicamentos ainda ajudam a evitar os demais sintomas físicos e cognitivos.
Atualmente, existem diversos tipos de ansiolíticos e, embora tenham suas particularidades, são medicamentos com ação parecida no organismo. Para entender esse funcionamento, precisamos entrar em algumas questões um pouco mais técnicas:
Em nosso cérebro, existe um neurotransmissor específico denominado GABA, sigla oriunda da denominação Gamma-AminoButyric Acid ou, em português, Ácido gama-aminobutírico. Esse ácido se distribui em três canais principais: o GABAA, GABAB e GABAC.
É no GABAA, especificamente, que esses remédios agem, pois este é o principal neurotransmissor inibidor em nosso cérebro. Assim, esses medicamentos agem como facilitadores do efeito do GABA, causando um efeito sedativo nos pacientes.
Esse mesmo comportamento diante dos neurotransmissores GABA pode ser observado como consequência do consumo de substâncias como o álcool, anestésicos injetáveis e inalatórios.
Somente um(a) médico(a) poderá prescrever e definir quando será necessário o uso desse tipo de fármaco. Vale lembrar que o uso indiscriminado, ou seja, sem prescrição ou com dosagem diferente da orientada, pode ser muito perigoso e até mesmo letal. Portanto, evite a automedicação e não interrompa ou altere o tratamento por conta própria.
O uso de drogas depressoras faz com que a pessoa se mostre mais desligada, devagar e sonolenta, o que pode afetar certas funções psicomotoras. Diante disso, recomenda-se não executar atividades que exijam agilidade de pensamento e bons reflexos, como dirigir, por exemplo.
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Se você já pesquisou sobre tratamentos para o transtorno de ansiedade, deve ter se deparado com uma lista extensa de medicamentos. Isso porque eles se dividem em alguns tipos e, dentro dessa divisão, é possível encontrar diferentes fármacos. Conheça essas tipologias:
Os barbitúricos eram os únicos ansiolíticos disponíveis para o tratamento da ansiedade, até que, em 1903, o ganhador do Prêmio Nobel de Química, Emil Fischer, descobriu o barbital.
Mesmo sendo considerados uma droga de risco, os barbitúricos eram eficazes como sedativos e soníferos. Atualmente, estes medicamentos caíram em desuso no tratamento de transtornos de ansiedade, mas ainda são utilizados em casos de convulsões e como sedativo em algumas cirurgias.
Assim como os benzodiazepínicos, os barbitúricos também apresentam complicações, pois podem causar dependência e até mesmo levar à morte se usados incorretamente.
Foi somente em 1960 que surgiu o primeiro benzodiazepínico, o Librium (Clordiazepóxido). Posteriormente, em 1963, a empresa Roche lançou o famoso Valium, percursor da popularização dos benzodiazepínicos.
Os benzodiazepínicos pertencem a uma classe de medicamentos psicotrópicos, pois agem diretamente no funcionamento do sistema nervoso central. Sua estrutura química consiste entre a fusão de um anel benzeno com um anel de diazepina, por isso essa nomenclatura.
A ação calmante dos benzodiazepínicos ocorre segundo a forma que interfere na substância GABA e sobre o sistema límbico, partes do cérebro responsáveis pelas emoções e comportamentos sociais.
Esses medicamentos, ao atingir essas partes de nosso cérebro, desempenham uma ação reguladora da serotonina, substância química produzida naturalmente pelo corpo humano.
Quando em níveis baixos ou altos demais, a serotonina pode interferir em quadros de esquizofrenia e depressão. Os principais efeitos provocados pelos benzodiazepínicos incluem relaxamento, alívio de tensão cognitiva e efeito sedativo.
É possível que alguns ansiolíticos provoquem o aumento de peso em alguns pacientes, mas não é correto afirmar que esse efeito é generalizado. Nem mesmo o efeito contrário, ainda que algumas pessoas apresentem perda de peso com o tratamento.
De fato, a ansiedade pode provocar um aumento de peso quando a pessoa ansiosa direciona seu nervosismo e tensão para a alimentação. Se o tratamento for eficiente, esse apetite tende a diminuir e a pessoa emagrece.
Por outro lado, essas substâncias podem provocar, como efeito colateral, o aumento de apetite. Nesses casos, o indivíduo pode ter um consequente aumento de seu peso. Independentemente da causa, é preciso conversar com o(a) médico(a) caso note alterações de peso que possam estar relacionadas ao tratamento.
Vale lembrar que os ansiolíticos não têm a função de emagrecer e que o consumo com esse objetivo é inadequado. Entender o efeito de emagrecimento como um benefício do medicamento é muito perigoso e pode causar dependência, por isso a necessidade e importância de acompanhamento médico periódico.
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Não. Muitas pessoas entendem que antidepressivos e ansiolíticos produzem o mesmo efeito no organismo, mas isso não está correto.
Ainda que alguns antidepressivos tenham ação sobre os sintomas da ansiedade em pacientes que apresentam as duas condições simultaneamente, elas não são drogas do mesmo tipo, pois possuem focos diferentes.
Os ansiolíticos são utilizados para proporcionar aos pacientes maior relaxamento muscular, tornando-os mais calmos, tratando a insônia e diminuindo a irritabilidade provocada pelo transtorno.
Por outro lado, os antidepressivos buscam diminuir a tristeza profunda, a angústia, a falta de energia e a má concentração, além de ajudar com questões como desinteresse, falta de apetite, sentimento intenso de culpa e desejos suicidas.
A ansiedade pode ser um dos sintomas presentes em quadros de depressão e não é raro que isso aconteça. Contudo, é possível que, ao realizar o tratamento inadequado, um dos quadros piore e, por isso, é de suma importância manter o acompanhamento médico e psicológico durante o tratamento.
Considerando os dados apresentados pela OMS, que apontam o Brasil como o país com o maior número de pessoas afetadas pelo transtorno de ansiedade, é compreensível o aumento do consumo de ansiolíticos.
Contudo, muitas pessoas não os conhecem por essa nomenclatura, mas sim por seus nomes comerciais. Alguns desses medicamentos são:
Conheça também como funcionam alguns dos mais utilizados e como eles são aplicados no tratamento de outros tipos de patologias:
O diazepam é um ansiolítico bastante conhecido e com usos que vão além do tratamento dos transtornos de ansiedade.
Em centros médicos, o Diazepam pode ser utilizado também no tratamento de espasmos musculares, distúrbios psicossomáticos, torcicolo e até mesmo para sedação antes de procedimentos cirúrgicos.
Esse ansiolítico é muito conhecido por seu nome comercial: Valium. É necessário ter cuidado com seu uso, pois seu uso prolongado e em doses altas pode gerar dependência.
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O lorazepam, conhecido também como Lorax, é um medicamento utilizado para vários tratamentos. Por ter efeito rápido, é considerado um ansiolítico potente, pois atinge seu pico máximo em até 2 horas.
Este não é considerado um ansiolítico com efeitos colaterais muito preocupantes e seu grau de dependência não é acentuado, mas ainda assim é um medicamento que só deve ser usado no tempo limitado pelo médico.
O lorazepam pode ser utilizado ou indicado nas seguintes ocasiões:
Utilizado em doses baixas, o bromazepam é indicado para tratar especificamente ansiedade e fobias. Pode gerar dependência rapidamente se for consumido de forma irresponsável.
Quando é administrado em doses maiores, esse tipo de ansiolítico age como relaxante muscular, sedativo e hipnótico.
Diante de um tratamento com esse tipo de medicamento, é necessário saber sobre todas as possíveis complicações, se informando com um médico. O bromazepam pode causar sedação excessiva se combinado com álcool, além de interagir com várias outras substâncias com as quais é necessário tomar cuidado.
Além de ser utilizado no tratamento de transtornos de ansiedade, o clonazepam é um medicamento presente no tratamento de outros quadros como crises epiléticas, transtorno afetivo bipolar, depressão, síndromes psicóticas, síndrome das pernas inquietas, vertigem e distúrbios do equilíbrio.
O conceito de meia-vida de um fármaco diz respeito ao tempo necessário para que a concentração inicial de um princípio ativo caia pela metade após ser ingerido ou aplicado.
Essa mesma medida de tempo será utilizada para calcular o tempo que o organismo demora para eliminar a substância, que em parte será absorvida pelo corpo, enquanto outra parte é eliminada pelo sistema excretor. Esse processo ajuda a determinar a dosagem mais segura para cada medicamento.
Os ansiolíticos são utilizados por via oral, em forma de comprimidos, solução oral ou cápsulas. Existem também as opções que podem ser administrados por via endovenosa (injeções). Estes, no entanto, só podem ser administrados em hospitais.
Esses medicamentos podem ser adquiridos em farmácias e devem ser prescritos por um(a) médico(a) psiquiatra. Também devem ser tomados de acordo com a recomendação do(a) especialista.
O(a) paciente deve seguir corretamente as dosagens e horários e, caso surjam efeitos colaterais, é preciso conversar com o(a) médico(a) para decidir a melhor forma de controlar os sintomas. A duração, assim como a suspensão do tratamento, também devem ser definidos pelo(a) profissional de saúde.
Portanto, é preciso que o paciente tenha consciência dos riscos de dependência que esses remédios oferecem, lembrando que a automedicação é um hábito perigoso e não deve ser feito.
O uso de ansiolíticos pode provocar efeitos colaterais. Alguns deles são comuns a todos os usuários dos medicamentos, enquanto outros, mais graves, são associados à dosagem e ao tempo de uso.
Os principais efeitos colaterais relacionados a essa ação dos ansiolíticos são:
Primeiramente, é preciso entender que existe uma diferença entre a síndrome de abstinência e a possibilidade de que o transtorno de ansiedade do paciente não tenha sido efetivamente tratado.
Dessa forma, antes de confirmar um diagnóstico de abstinência dos ansiolíticos, é preciso observar se os sintomas manifestados pelo paciente não são os mesmos sintomas que o levaram para o tratamento.
Se os sintomas forem correspondentes, é possível que seja uma situação em que a ansiedade foi protelada com o uso dos medicamentos. Com a retirada, pode ter ocorrido um efeito rebote.
Devido às duas situações apresentarem alguns sintomas semelhantes, é comum que algumas pessoas confundam essas situações distintas. A abstinência, no entanto, tem sua origem no vício.
A abstinência provocada pelos ansiolíticos tende a se manifestar entre 24 a 72 horas após a interrupção do uso do medicamento. Em seguida, podem ocorrer sintomas como ansiedade, tremores, visão turva, confusão mental, sudorese e hipersensibilidade a estímulos externos.
O ideal é que tratamentos complementares sejam realizados paralelamente à medicação. Quando usado de forma irresponsável, o medicamento pode causar dependência e desempenhar um papel de “tapa-buraco”, que pode levar o(a) paciente ao citado efeito rebote.
Existem algumas plantas consideradas ansiolíticos naturais. Ainda que não substituam o tratamento psicológico e psiquiátrico com sintéticos, muitas vezes complementam no alívio dos sintomas da ansiedade.
É uma forma natural e alternativa para pessoas que sofrem com quadros mais leves de ansiedade, além de ser um complemento ao tratamento prescrito pelo médico.
Normalmente, são utilizados como chás e podem ser consumidos pela maioria das pessoas, desde que não haja intolerância ou alergia a determinada planta ou substância presente em sua composição. Conheça algumas opções de chás calmantes:
Nem todo mundo pode fazer uso de ansiolíticos, seja para o tratamento de ansiedade, insônia ou durante o processo de reabilitação de um vício alcoólico.
Outros medicamentos possuem contraindicações específicas e, para saber quais os riscos do medicamento, é necessário consultar com o(a) médico(a), além de conferir a bula.
Contudo, existem alguns grupos de risco que devem tomar maior cuidado com esses medicamentos. Conheça:
Durante a gestação ou amamentação, recomenda-se evitar o uso de ansiolíticos, salvo exceções em que o(a) médico(a) entenda que não haverá riscos para a pessoa gestante e para o bebê.
Os estudos em relação aos efeitos teratogênicos (má formação no feto) de alguns medicamentos ainda não são conclusivos. Atualmente, diversos pesquisadores seguem acompanhando os efeitos que esses fármacos têm no corpo de pessoas gestantes e de seus fetos.
De modo geral, trabalha-se com a noção de que o uso desse tipo de medicamento durante a gestação possa oferecer riscos para o feto. Pesquisas indicam que alguns princípios ativos conseguem ultrapassar a barreira da placenta ou, no pós-parto, chegar ao bebê através da amamentação.
Assim como a pessoa gestante pode ter efeitos de dependência química ou psicológica, a retirada da medicação também pode causar sintomas de abstinência no bebê, cujo organismo havia se acostumado à presença da droga.
Uma pessoa que já usa ansiolíticos e, posteriormente, descobre uma gestação ou inicia um planejamento para engravidar, deve procurar o(a) psiquiatra que receitou os medicamentos para verificar se há a necessidade de continuar o tratamento.
Caso decidam interromper o tratamento, isso também deverá ser realizado conforme as indicações médicas, para evitar crises de abstinência ou efeito rebote.
No caso de pessoas que apresentam casos mais graves de ansiedade, com apresentação de comportamentos como pensamento suicida, retirar o medicamento significa colocar em risco tanto a vida do bebê, quanto a da pessoa gestante. Diante dessas situações, é provável que o tratamento medicamentoso seja mantido.
O uso de ansiolíticos por pessoas com mais de 65 anos pode ser um risco, uma vez que o organismo humano apresenta maior sensibilidade aos efeitos sedativos desses medicamentos.
Por seu efeito extremamente prolongado em corpos dessa faixa etária, podem provocar sintomas mais graves como confusão, amnésia, perda de equilíbrio e comprometer a capacidade cognitiva.
O principal risco ao uso desse tipo de medicamento por pessoas idosas está na maior possibilidade de quedas, que podem levar a lesões como fraturas.
Como pode provocar dependência, o uso dos ansiolíticos deve ser evitado por pessoas que apresentam histórico de abuso de substâncias, como drogas e até mesmo o álcool.
Uma opção para as pessoas que se encaixam nesse grupo de risco é o uso dos benzodiazepínicos, que demonstram ação mais rápida. Mesmo assim, é preciso acompanhamento, pois, e
Embora sejam fármacos mais seguros, os pacientes ainda podem criar dependência.
Há também o risco que envolve o uso combinado ao abuso de álcool e outras drogas ilícitas, que também é muito preocupante. Não existe dosagem segura, nesses casos.
Existem, ainda, contraindicações relacionadas a outras patologias. São estas:
Os ansiolíticos apresentam algumas interações medicamentosas, mas isso pode variar para cada tipo de princípio ativo. Contudo, algumas interações são comuns a estes medicamentos, principalmente nos que são depressores do Sistema Nervoso Central (SNC):
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O tratamento feito com a medicação contribui muito para que pessoas que sofrem com algum tipo de transtorno de ansiedade possam recuperar suas rotinas e levar uma vida melhor.
Não é fácil conviver com algum transtorno mental, principalmente, pelos sintomas que eles despertam. Até mesmo os remédios, que têm o objetivo de tentar amenizar esse problema, podem despertar efeitos colaterais sérios para a saúde.
Recomenda-se, inclusive, que tratamentos psicológicos sejam realizados paralelamente aos tratamentos psiquiátricos. Esse processo é importante para evitar que o(a) paciente não apresente o retorno dos sintomas com a suspensão dos medicamentos.
Conheça alguns tratamentos complementares:
Outra alternativa de tratamento, que deve ser complementar ao uso de ansiolíticos, é a terapia. Dentro deste tratamento, existem várias possibilidades, como terapia cognitivo-comportamental, terapia em grupo e psicanálise, por exemplo.
Dentre essas possibilidades, a terapia cognitiva-comportamental pode ser uma das opções mais interessantes.
Essa forma de terapia inclui diversas técnicas que estimulam o paciente a lidar com a sua ansiedade. Nesse método, a maneira como as pessoas interpretam suas próprias experiências é um dos fatores que determinam a forma como se sentem e se comportam.
Por meio de estratégias, o paciente terá, durante a terapia, um momento para pensar — e tentar corrigir — pensamentos que originam problemas como a ansiedade e mal-estar.
Existem algumas terapias alternativas que colaboram para amenizar sintomas presentes em quadros de transtorno de ansiedade. Alguns exemplos são a aromaterapia, cromoterapia e a acupuntura.
A acupuntura, por exemplo, é uma técnica que utiliza a introdução de agulhas nos pontos vitais do corpo, buscando proporcionar um equilíbrio de energia no organismo do paciente em tratamento.
Como consequência, o paciente se sente menos ansioso e mais calmo. A aromaterapia, por outro lado, se apoia no uso de óleos essenciais diluídos em água, com o objetivo de promover uma melhora no estresse.
A meditação é considerada um complemento muito saudável aos demais tipos de tratamento. Além de contribuir para diminuir a ansiedade, apresenta outros benefícios à saúde e bem-estar, como a redução de estresse. A prática ainda traz melhorias de concentração e da capacidade cognitiva.
Existem vários tipos de meditação, como a da yoga ou do budismo, por exemplo, mas existem também alguns tipos de meditação que não são ligados a questões espirituais, como a prática de mindfulness, amplamente aplicada na psicologia.
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Diante de um diagnóstico de ansiedade, em que será necessário o tratamento com os ansiolíticos, é importante esclarecer com o médico todas as suas dúvidas. Se preferir, anote em casa quais são, para que no momento da consulta não fique nada para trás.
Alguns pontos devem ser discutidos, são eles:
Sim, eles podem fazer com que o seu rendimento no trabalho, na escola ou na faculdade, seja reduzido. Isso ocorre devido aos seus efeitos colaterais sedativos, que causam sonolência e dificuldade de concentração.
Somente por esses fatores, realizar tarefas que necessitam de atenção e foco se tornam mais difíceis. Ao perceber que os medicamentos estão se tornando um problema no âmbito profissional, escolar ou acadêmico, procure conversar com um(a) médico(a) sobre como evitar esse efeito colateral.
Sim, eles são denominados remédios tarja preta. Provavelmente, você já ouviu que é necessário cuidado no uso desses remédios, e isso tem um porquê.
Os remédios tarja preta são medicamentos que demandam acompanhamento do(a) paciente. Alguns deles agem diretamente no Sistema Nervoso Central (SNC), como os ansiolíticos, e são seguros desde que sejam utilizados da forma correta.
Essa restrição, com aplicação da tarja que dificulta a livre circulação dessas substâncias, acontece principalmente pelo risco de dependência, que pode evoluir para casos de overdose, por exemplo.
Não é proibido, mas também não é recomendado. O efeito sedativo prejudica a coordenação motora e a capacidade de concentração, habilidades essenciais no trânsito. Em outras palavras, isso significa que ansiolíticos e direção não combinam.
Dirigir sedado(a) pode por sua vida e a de outras pessoas em risco. Portanto, se sentir que não está em condições de dirigir um automóvel, procure formas alternativas de transporte, como caronas, aplicativos ou as opções públicas de mobilidade urbana.
Popularmente conhecidos como calmantes, os ansiolíticos são medicamentos sintéticos ou naturais utilizados no tratamento dos diferentes tipos de transtorno de ansiedade.
Diante dos sintomas de ansiedade, ou de qualquer outro transtorno, busque orientação médica e psicológica.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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