A agressividade em pets é, com certeza, um dos problemas que causam mais dor de cabeça nos (as) tutores (as). Ninguém quer ter um pet agressivo, mas você já parou para pensar o que pode estar causando esse tipo de comportamento?
A agressividade faz parte da natureza dos pets, pois se trata de um comportamento fundamental para a sua sobrevivência. Ele costuma se manifestar em situações como defesa de território, posição hierárquica, comida ou quando os filhotes disputam o leite da mãe, por exemplo.
Mas e quando esse tipo de comportamento passa dos limites? Existem diversos motivos que podem desencadear esse tipo de comportamento negativo, brincadeiras e traumas são alguns deles.
Se você quer saber mais sobre o gatilho desse tipo de comportamento, como lidar com ele e como preveni-lo, continue acompanhando o artigo.
É importante diferenciar um animal agressivo de um animal que apresentou um comportamento agressivo. Animais agressivos costumam se comportar dessa forma na maior parte do tempo, enquanto que animais dóceis podem apresentar comportamento agressivo apenas em certas situações, como quando sentem dor ou precisam se defender.
Além disso, reconhecer a personalidade dos animais e que eles também têm limites é importante. Muitas vezes o pet é dócil, mas não gosta de ser acordado ou que toquem certas partes do corpo. Portanto, o comportamento agressivo pode surgir como forma de deixar claro que o pet não tolera determinado tipo de interação.
Ademais, a melhor forma de diferenciar a agressividade de um comportamento agressivo, que é desencadeado por algum estímulo, é por meio de uma avaliação com um (a) médico (a) veterinário (a) especializado (a) em comportamento.
Esse (a) profissional será capaz de avaliar o estado de saúde do animal e se ele está ferido ou com dor, além de analisar a situação no qual o pet se apresentou agressivo, sua rotina e postura corporal para definir uma possível causa.
Situações estressantes e ameaçadoras são as principais causas do comportamento agressivo em pets, mas elas não são as únicas. A seguir, você confere alguns dos principais gatilhos para o comportamento agressivo ou agressividade:
As brincadeiras negativas podem estimular o desenvolvimento de comportamento agressivo. Deixar o animal morder sua mão ou braço e dar sustos, por exemplo, podem fazer com que o seu pet entenda que esse tipo de comportamento é positivo e normal.
Bichinhos que sofreram algum tipo de abuso ou violência tendem a recorrer ao comportamento agressivo por trauma. Além disso, quando o animal se encontra em uma situação na qual sente medo, ele também pode recorrer a agressividade como forma de defesa.
Situações na qual o animal se sente estressado, como ser impedido de realizar algo, mudança de ambiente ou introdução de um novo animal na casa, pode fazer com que comportamentos agressivos surjam.
Quando há dor, o pet pode agir com agressividade ao ter o local que está doendo tocado ou, até mesmo, ao ver pessoas ou outros animais por perto.
Pets podem ser territorialistas, principalmente cães que protegem o local onde moram, que têm filhotes ou, até mesmo, com seus (as) tutores (as). Quando um animal territorialista sente que o seu território está sendo ameaçado de alguma forma, seja pela presença de um novo animal ou de pessoa estranha, ele pode se comportar de forma agressiva.
Quando o (a) tutor (a) não impõe limites, o pet pode acreditar que é o líder e passa a não lidar bem com frustrações, podendo agir de forma agressiva sempre que é contrariado.
Animais podem apresentar comportamento agressivo quando alguém ou algum animal se aproxima dos seus brinquedos, da caminha ou alimentos como forma de defender seus objetos.
Alguns animais, como os gatos, são bastante metódicos, muito ligados à rotina e, por isso, não lidam muito bem com mudanças. Sendo assim, quando são expostos a ambientes novos, outros animais e pessoas ou pela ausência dos (as) seus (as) tutores (as), podem exibir comportamento agressivo.
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Em cães, a agressividade pode se manifestar de diversas maneiras, sendo as principais:
Já os gatos apresentam dois tipos de agressividade, sendo elas a agressividade ofensiva e a agressividade defensiva. A agressividade ofensiva é menos comum que a defensiva e esta está relacionada à predação. Já a agressividade defensiva está relacionada à proteção.
A primeira coisa que o (a) tutor (a) deve fazer ao perceber comportamento agressivo no seu pet é levá-lo ao veterinário de sua confiança. O tratamento e a abordagem podem variar de acordo com a causa, por isso é importante recorrer a um (a) profissional.
A seguir, você confere os principais tratamentos para cada tipo de causa do comportamento agressivo ou da agressividade em pets:
Como uma das possíveis causas da agressividade em pets é a dor, o (a) veterinário (a) poderá descartar causas físicas, como ferimentos ou doenças.
Algumas doenças, como dores articulares, na coluna, na boca, orelhas, abdômen, hipotireoidismo, demência senil e infecções, como PIF, FIV e FELV, também podem contribuir para o comportamento agressivo ou para a agressividade.
Em cães, os principais problemas de saúde que causam agressividade são artrite, artrose, fraturas, ferimentos, dor de ouvido e afecção bucal. Além de descartar esses e outros problemas de saúde, o (a) médico (a) veterinário (a) também é capaz de identificar casos nos quais a agressividade está relacionada ao medo ou brincadeiras.
Nos casos de animais que sofreram maus tratos, o (a) tutor (a) deve ter paciência e tratar o animal com muito amor e carinho para ajudá-lo a entender que agora está seguro.
Porém, além da boa vontade dos (as) tutores (as), esses casos costumam ser mais complexos e precisam da ajuda de um (a) profissional especializado (a) em comportamento animal para que ele possa superar o trauma e pare de expressar comportamentos agressivos.
Caso a agressividade do animal seja por territorialismo, uma forma de melhorar esse comportamento é recompensar o animal toda vez que uma pessoa ou animal novo entrar no seu território. Desse modo, ele começará a ver a presença de novos integrantes como algo positivo.
No caso de animais que se apresentam agressivos por estresse ou ansiedade, o enriquecimento ambiental é uma ótima estratégia para resolver esse problema.
Quando um animal vive em um ambiente com diversos brinquedos e atividades para realizar, ele gasta mais energia, fica menos ansioso e mais “feliz”, o que contribui para diminuir o estresse. Esse enriquecimento pode ser feito com brinquedos (com ou sem petisco dentro), arranhadores, prateleiras para gatos, entre outros.
Por fim, a castração também é uma ótima forma de dar um fim ao comportamento agressivo. Trata-se de um procedimento simples e muito benéfico para a saúde dos pets que evita o aparecimento de diversas doenças que poderiam levar o animal a óbito, como a piometra.
Portanto, além de super benéfico para a saúde, o ato de castrar o seu pet pode afetar o comportamento dele positivamente, diminuindo ou até acabando com alguns problemas comportamentais como a agressividade.
Além disso, caso o (a) tutor (a) sinta necessidade, ele (a) também pode recorrer a profissionais especializados em comportamento animal, como médicos veterinários ou adestradores, para resolver o problema comportamental por meio de treinamentos, comandos e alterações na rotina.
Acredita-se que, durante a formação de algumas raças, foram selecionados os animais que apresentavam comportamento mais agressivo, como Pitbull e Rottweiler. Contudo, estudos mostram que as raças mais agressivas são Poodle, Schnauzer e Rough Collie.
É muito importante salientar que, apesar do fator genético influenciar no temperamento do animal, ele não age sozinho na formação do temperamento do animal. O ambiente em que esse animal é criado e os aprendizados que ele recebe desde pequeno também influenciam fortemente.
Portanto, não devemos relacionar agressividade a certas raças e rotular alguns animais como agressivos, independente de como são criados. Porém, infelizmente, muitas raças são vistas como agressivas e são, até mesmo, evitadas ou até proibidas em alguns lugares.
É possível sim prevenir o comportamento agressivo e a agressividade em pets! A seguir, você confere algumas dicas e soluções para evitar que seu bichinho apresente esse tipo de comportamento:
Como vimos, evitar que a agressividade ou que o comportamento agressivo em pets se manifeste depende também do (a) tutor (a). Portanto, fique atento (a) a sinais que indicam esse comportamento e, caso tenha suspeita, procure um (a) médico veterinário (a) e um (a) adestrador (a).
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Esp. Kenny Cardoso
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