Saúde

Afta (língua, boca): causas, remédio caseiro e tratamentos

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 14/09/2018Última atualização: 22/09/2020
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 14/09/2018Última atualização: 22/09/2020
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Uma pequena ardência surge na ponta da língua. Ou na bochecha. Ou, ainda, em uma região de difícil visualização.

Não importa exatamente o local, quando as aftas aparecem, elas são incômodas, ardidas, doloridas e dificultam uma tarefa bastante simples: comer.

Há quem quase nunca apresente uma afta, mas há pessoas que sofrem com esse incômodo de forma recorrente.

Apesar de serem bem desagradáveis, geralmente elas não indicam nenhuma condição grave.

Mas, em média, todo mundo vai sofrer com pelo menos 1 ou 2 aftas durante a vida.

O que são aftas?

As aftas são pequenas feridas que surgem na cavidade bucal, também sendo chamadas por “úlcera oral”, “úlcera aftosa” ou “estomatite aftosa”.

Consideradas lesões benignas, elas são uma das alterações orais mais frequentes na população, mas que, em geral, não representam maiores riscos ou complicações além do desconforto para mastigar ou falar.

As aftas se caracterizam por pequenos machucados arredondados e esbranquiçados, com as bordas ou contorno bem vermelho.

Não se sabe exatamente o que faz uma afta surgir, mas considera-se que seja uma resposta imunológica, uma reação à alimentação ou uma inflamação decorrente de alguma pequena lesão preexistente.

Como há pessoas que apresentam com frequência essas pequenas feridas, é possível que fatores como o estresse, a sensibilidade a certos alimentos e outros hábitos (como tabagismo) possam desencadear a inflamação. Por isso, são manifestações do nosso próprio corpo e não são contagiosas.

A maioria das pessoas apresenta aftas pequenas e isoladas, mas elas podem surgir em tamanhos maiores, com mais de 1cm, ou surgir em grande quantidade, chegando a mais de 100 por toda a boca.

Notar uma ou outra afta ao longo dos meses pode ser apenas uma situação incômoda e sem grande necessidade de preocupação. Mas quando são recorrentes, duradouras ou comprometem o bem-estar, é preciso investigar as causas e buscar medidas para aliviar o incômodo e diminuir a incidência.

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Quais são os tipos de afta?

As aftas podem ser classificadas de acordo com a sua manifestação, que se divide, em geral, em 3 grupos ou tipos: afta minor, major e herpetiformes (agrupadas). Conheça um pouco sobre cada uma:

Afta minor

Aquelas feridas isoladas e pequenas que surgem em algum cantinho da boca (língua, gengiva, céu da boca, mucosa da bochecha e garganta), com no máximo 8mm são os tipos mais frequentes. Essas se denominam aftas minor e tendem a cicatrizar entre 6 e 15 dias.

Esse tipo ainda pode ser denominado, clinicamente, como afta de Mikulicz e Kümmel.

Afta major

Já as feridas mais extensas, com cerca de 1cm, são denominadas aftas major ou, quando intensas e frequentes, periadenite mucosa necrótica recorrente.

A condição é menos frequente e acomete cerca de 10% dos pacientes com aftas. Mas, como a extensão da ferida é maior, o tempo de recuperação pode ser mais longo e resultar em cicatrizes no local.

Assim como as aftas minor, toda a cavidade bucal, incluindo céu da boca, língua e garganta, pode ser acometida, mas normalmente ela se apresenta de forma isolada. Ou seja, apenas uma afta grande se desenvolve na boca, ao contrário das aftas menores que podem surgir 2 vezes ou mais na maioria dos casos.

Herpetiformes (agrupadas)

Há ainda as chamadas aftas agrupadas ou herpetiformes, que se caracterizam por uma manifestação intensa das lesões. Normalmente, são feridas pequenas, com 3mm, mas que surgem em grande quantidade espalhadas ou concentradas em algum ponto da boca.

São bem menos frequentes, representando entre 5% e 10% dos casos, e podem indicar outras doenças ou disfunções do organismo.

A denominação remete à doença herpes, mas é importante ressaltar que, clinicamente, não há nenhuma aproximação entre as condições.

São lesões que podem se assemelhar bastante e até causar certa confusão num primeiro momento, mas a herpes acomete os lábios, enquanto as aftas acometem a mucosa oral. Por isso, um profissional capacitado saberá diferenciar rapidamente as situações.

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Em que parte da boca podem surgir aftas?

As aftas podem aparecer em toda parte da boca. Inclusive, elas podem ocorrer simultaneamente em diversas regiões. Como:

Afta na língua

As aftas na língua podem surgir e causar bastante incômodo, sobretudo quando a região é próxima aos dentes. Nesse caso, a ferida pode sofrer com a fricção com o vão dos dentes, causando mais dor ou incômodo.

Afta no céu da boca

Aftas no céu da boca costumam ser bastante doloridas devido à sensibilidade da região.

Além disso, ao comer, é comum que os alimentos causem atrito no local durante a mastigação, o que aumenta a sensação da dor.

Afta na bochecha

As bochechas também são afetadas pelas aftas. Um dos cuidados especiais que devem ser tomados é em relação à mordida. Como o local afetado fica bem sensível e pode ter a superfície alterada, fica mais fácil morder sem querer o local.

Aftas nas gengivas

As gengivas são regiões bastante sensíveis também. Por isso, aftas tendem a ser doloridas quando surgem na região. O cuidado durante a escovação é bastante importante, evitando atrito da escova.

O que provoca afta na boca: como ela surge?

Essas pequenas — e incômodas — úlceras orais começam com um pequeno machucado na camada superficial da mucosa (tecido epitelial) da boca. Ela reveste a cavidade oral e protege os receptores do tecido conjuntivo (que fica logo abaixo do epitelial e é bastante sensível — por isso as aftas ardem e doem tanto).

Essa lesão pode ser iniciada por carências nutricionais, redução da imunidade, alterações gástricas que aumentem a acidez na região bucal ou machucados que evoluem para aftas.

Seja porque houve uma ruptura traumática (por exemplo, uma batida com a escova de dentes) ou um afinamento da mucosa (fazendo-a se romper), o tecido conjuntivo fica exposto. Ou seja, qualquer contato na região vai provocar dor, ardência, irritação ou até mesmo infecção secundária por microrganismos.

Como se trata de uma lesão, o organismo vai tentar cicatrizá-la. Para isso, os linfócitos (ou glóbulos brancos) entram em ação e se acumulam na região para promover a recuperação da pequena área.

Por um lado, isso é muito bom, pois o organismo está trabalhando para solucionar a ferida.

Por outro, a concentração de células de defesa provoca uma inflamação local, resultando naquela lesão esbranquiçada e com bordas vermelhas. Em outras palavras, você já pode ver (e sentir) a afta.

Mas vale lembrar que a boca é habitada por diversas bactérias e que geralmente são atraídas para a ferida, podendo piorar o estado inflamatório da afta e intensificando a dor e ardência.

Agora resta esperar que as células deem conta das bactérias e da cicatrização da ruptura.

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Qual a causa das aftas na boca?

Ainda não é possível afirmar qual a real causa da afta ou porque ela surge com mais frequência em algumas pessoas. Em geral, indica-se que há causas multifatoriais que favoreçam o surgimento da lesão na boca, como alteração autoimunes, machucados, predisposição, alterações gástricas ou condições emocionais.

Quando surgem de maneira isolada e pontual, não há grandes necessidades de investigar as causas da afta. Mas se forem recorrentes ou duradouras, deve-se buscar ajuda para o problema que pode estar relacionado aos hábitos ou alterações do organismo.

Saiba alguns dos prováveis causadores de aftas:

Traumas ou machucados

Bater com a escova de dentes na gengiva, usar o fio dental de maneira incorreta ou morder a bochecha pode ser um dos fatores desencadeantes da afta.

Pessoas que usam aparelho ortodôntico, próteses ou dentaduras e costumam ter lesões na bochecha ou gengivas podem apresentar maior incidência de afta.

Comidas fortes ou duras

Comidas muito duras ou difíceis de mastigar, como amendoim ou pipoca, podem agredir as gengivas e favorecer o afinamento de tecido epitelial ou, ainda, as casquinhas da pipoca podem causar microlesões na mucosa.

Já as comidas apimentadas ou muito fortes podem irritar o tecido epitelial, fragilizando-o. Se for algo mais ácido, como vinagre, o pH da boca pode ser afetado e ocasionar lesões pelo desequilíbrio de ácido na região.

Produtos de higiene oral

Manter a correta limpeza e higienização da boca é fundamental, inclusive podendo reduzir os riscos da afta ou melhorar a recuperação.

Mas, algumas vezes, os produtos escolhidos podem ser a fonte das úlceras. Em geral, enxaguantes bucais com álcool tendem a ser irritantes à mucosa e causar ardência e fragilidade do tecido epitelial.

Entre os componentes que mais causam irritações bucais está o lauril sulfato de sódio (Sodium Lauryl Sulfate), que age como um desinfetante bastante barato (por isso, vantajoso para a indústria).

Sua função é ajudar a limpar os dentes e a boca, mas em contrapartida há diversos riscos associados a ele.

Nos produtos de higiene, a quantidade do lauril sulfato de sódio é bastante reduzida e controlada, sendo considerada segura pelas agências reguladoras de saúde. Ainda assim, casos de irritação, alergia e degradação dos tecidos da pele e mucosa são bastante associados ao seu uso.

Queda da imunidade

Qualquer condição que provoque uma queda no sistema de defesa do organismo pode ser o fator desencadeante de uma afta.

Neste grupo, uma série de condições podem ser englobadas, como doenças que fragilizam o organismo, uso de medicamentos como corticoides, doenças crônicas, estresse e má alimentação.

Infecções

É possível que pessoas portadoras de agentes infecciosos (vírus e bactérias, por exemplo) sejam mais suscetíveis a desenvolver aftas.

Nesse caso, é provável ainda que a condição seja multifatorial, devido também à redução da imunidade.

No entanto, bactérias do tipo Streptococcus (causadora de sinusite, por exemplo) e vírus dos tipos citomegalovírus (causador da catapora e herpes, por exemplo), Epstein-Barr (causador da mononucleose) e varicela zoster (causador da varicela) estão mais associados às aftas.

Estresse

Não se sabe exatamente qual o mecanismo que relaciona estresse às aftas. No entanto, é possível que pessoas pré-dispostas sofram com as ulcerações bucais quando passam por situações estressantes ou estão abaladas emocionalmente.

Má alimentação

Pode ser que você não esteja comendo nenhum alimento muito duro ou ruim de mastigar, mas se as suas refeições estiverem nutricionalmente pobres, esse pode ser o motivo das aftas.

As deficiências de ácido fólico, ferro, selênio, zinco e vitaminas do complexo B são as mais associadas às feridas na boca.

Novamente, as aftas geralmente são multifatoriais e as causas se somam. Por isso, quando você se alimenta mal, faltam nutrientes no organismo que podem favorecer o surgimento da pequena úlcera.

Porém, junto a isso, a imunidade também baixa, o organismo fica debilitado e as chances do machucado surgir são maiores.

Hereditariedade

Entre as possíveis causas da incidência das aftas está a herança genética. Assim, além da alimentação e da rotina de cuidados, é possível que haja pessoas mais predispostas a sofrer com as feridas na boca, seja em frequência ou em intensidade.

Ou seja, lesões constantes sem causa aparente ou lesões que quase nunca se manifestam, mas quando ocorrem são intensas, grandes ou duradouras.

Alterações gástricas

Mudanças pontuais ou prolongadas do pH (acidez) do estômago podem facilitar o surgimento das aftas.

Entre as causas das alterações pontuais estão a alimentação muito ácida e o uso de medicamentos não contínuos.

Já entre as disfunções prolongadas, podem estar o refluxo, a gastrite, o uso de medicamentos contínuos ou o uso exagerado de antiácidos.

No caso dos refluxos, a acidez do suco gástrico retorna à boca e acomete as mucosas. Como a região é sensível, mesmo pequenas quantidades de ácido gástrico podem causar graves irritações e resultar em aftas constantes.

Reações alérgicas

Chamadas de aftas alérgicas, as úlceras bucais podem decorrer de respostas imunológicas exageradas, ou seja, alergias.

Podem ocorrer quando a pessoa já possui alguma sensibilidade conhecida (sendo a alimentos ou produtos químicos) ou quando ocorrem alergias sem causa conhecida.

Esse tipo de afta é bastante comum em pacientes com intolerância ou sensibilidade alimentar, por exemplo glúten, leite, castanhas e camarão, que podem manifestar reações diversas ao entrar em contato com a comida.

Medicamentos

Qualquer medicamento que cause reações alérgicas pode ter, entre os efeitos adversos, o surgimento de aftas. No entanto, os mais comuns são anti-inflamatórios, rapamicina, metotrexato, aspirina e atenolol.

Remédios que interferem no pH estomacal podem ocasionar afta, pois eles alteram a acidez do estômago (incluindo os antiácidos usados continuamente).

Além disso, remédios que afetem a imunidade, como corticoides, também podem impactar indiretamente, aumentando os riscos das úlceras.

É necessário informar ao seu médico quando sintomas ou reações adversas surgem junto ao uso de medicamentos. Além disso, nunca interrompa o tratamento. Converse com o profissional para que as melhores opções sejam avaliadas.

Fatores e grupos de risco para desenvolver afta

Alguns fatores podem favorecer a manifestação de aftas de modo frequente ou pontual.

Além da predisposição genética, pessoas com alergias e intolerâncias alimentares podem sofrer de modo mais recorrente com as feridas ao entrarem em contato com os alimentos alergênicos.

Outros fatores que incidem no surgimento das lesões são:

  • Pacientes com baixa imunidade, por exemplo portadores de HIV ou doentes crônicos;
  • Pessoas com rotinas estressantes;
  • Tabagismo;
  • Má alimentação;
  • Uso de medicamentos que afetem o pH estomacal;
  • Pessoas com aparelhos, próteses ou dentaduras.

Homens e mulheres podem ser afetados pelas aftas, mas devido às alterações hormonais no período menstrual, as mulheres podem apresentar manifestações mais frequentes das lesões.

Sinais e sintomas: como identificar uma afta?

Identificar uma afta não é difícil, mas nem sempre elas estão em locais de fácil visualização.

A grande maioria dos casos são de aftas menores (minor) e apresentam um formato arredondado ou ovalado, entre 2mm e 8mm, com as bordas avermelhadas e o centro esbranquiçado ou levemente amarelado.

Quando as feridas são um pouquinho maiores (próximas de 8mm ou passando para um afta major), é possível notar um aspecto de cratera em seu miolo (junto com a superfície mais branca).

Em geral, essas úlceras bucais não manifestam sintomas além da ardência, dor e incômodo. A pessoa pode sentir queimação constante ou apenas quando ingere alimentos que intensificam a irritação local.

O local em torno da ferida pode apresentar inchaço, sobretudo se estiver localizada no tecido mais mole, como língua, parte interna da bochecha e gengiva.

Como a afta se trata de uma ferida, é possível que haja pequenos sangramentos, mas quase nunca perceptíveis.

Por ser uma lesão bastante sensível, há incômodo e sensibilidade na hora de comer e mastigar, podendo provocar alterações de paladar e dificuldades de mastigação.

Em crianças pequenas ou bebês, a irritação, o choro e a recusa em se alimentar podem surgir.

Ainda que bastante raro, podem se manifestar quadros de febre, inchaço dos gânglios do pescoço (formando as ínguas) e fadiga ou cansaço aumentado.

Diagnóstico: como saber que é uma afta?

Como as aftas são, geralmente, respostas a alterações do organismo ou de rotinas, mas sem grande impacto na saúde e funcionamento do corpo, elas tendem a não precisar de uma avaliação médica.

As pequenas úlceras bucais, quando surgem isoladamente e sem recorrência, geralmente evoluem bem para a recuperação e, em alguns dias, estão completamente cicatrizadas.

Porém, em casos constantes ou persistentes, o diagnóstico médico é necessário.

Normalmente, a avaliação de um profissional dentista, clínico geral ou gastroenterologista é de maior importância para descartar outras possibilidades, pois as aftas podem surgir como um sintoma decorrente de outras doenças ou condições.

Para avaliar o paciente, o médico pode observar as lesões e registrar o tamanho e a quantidade delas.

Em geral, quem busca atendimento por causa de aftas é porque vem sofrendo com certa regularidade com o problema.

Por isso, o médico fará um levantamento do histórico do paciente, questionado sobre o tempo médio de duração de cada nova lesão e se o paciente  sabe da existência de outras doenças preexistentes.

Os hábitos também podem ser avaliados, por exemplo a alimentação ou a rotina de higiene bucal.

Se necessário, o médico pode solicitar exames para avaliar a lesão, mas que geralmente são pedidos quando há suspeitas de que as aftas sejam indício de outras doenças.

Diagnóstico diferencial

Se as aftas são constantes e prolongadas, a investigação médica pode visar descartar problemas e alterações de saúde que podem resultar nas úlceras bucais como sintoma. Entre elas:

  • AIDS: pacientes com AIDS podem apresentar diversas ulcerações nos tecidos, incluindo a cavidade oral;
  • Desordens neurofílicas: a redução da taxa de glóbulos brancos (neutrófilos) geralmente é um sintoma de alguma outra condição (como quimioterapia ou doenças que reduzam a imunidade);
  • Doença de Behçet: os pacientes geralmente apresentam múltiplas aftas acompanhadas de lesões na região genital e nos olhos também.
  • Doença de Crohn: os pacientes podem apresentar aftas junto com sintomas de diarreia, cólicas e alterações intestinais;
  • Doença celíaca: podem ocorrer alterações da imunidade, anemia e sintomas gastrointestinais também;
  • Herpes simples: apesar de nem sempre serem muito semelhantes, as feridas na boca podem causar confusão no paciente;
  • Eritema multiforme: geralmente associados às infecções, os eritemas podem causar lesões na pele e na região bucal;
  • Leucoplasia: caracterizada por placas esbranquiçadas que surgem na língua, as condições podem se confundir caso o paciente não consiga observar o local da lesão;
  • Candidíase: a infecção por fungos é bastante comum em crianças e pessoas com baixa imunidade, podendo manifestar úlceras nas mucosas oral e genital;
  • Pênfigo vulgar: a condição pode manifestar lesões bastante semelhantes às aftas, mas geralmente acompanhadas de outras feridas intensas na boca;
  • Câncer bucal: podendo se assemelhar às aftas, geralmente são feridas persistentes, que não cicatrizam ou melhoram.

Mas vale reforçar que somente um profissional de saúde pode realizar o diagnóstico e identificar a necessidade da realização de exames. Muitos pacientes, mesmo com lesões prolongadas ou recorrentes, sofrem apenas com aftas comuns, sem representar maiores riscos à saúde.

Existe algum exame para aftas?

Sim. Se houver suspeitas de alguma doença ou condição relacionada à afta, o médico pode solicitar exames para prosseguir com o diagnóstico.

Em geral, identificar a presença de agentes infecciosos e avaliar a saúde do organismo como um todo é o primeiro passo para iniciar o diagnóstico. Com a necessidade de mais investigações ou confirmações, exames específicos podem ser solicitados também.

Entre os primeiros exames que podem ser recomendados às pessoas com aftas frequentes estão:

Biópsia

As biópsias são solicitadas, geralmente, para descartar a possibilidade de câncer. Quando as lesões são persistentes e não apresentam melhora, é preciso investigar se há alterações celulares da região.

Em geral, o procedimento pode ser feito em hospitais ou clínicas, dependendo da localização da lesão. Com a aplicação de anestesia local, uma pequena amostra de tecido é retirada e encaminhada para análises.

Endoscopia

A endoscopia é solicitada quando há suspeitas de que as aftas sejam causadas por disfunções gástricas, como acidez elevada do estômago, refluxo, gastrite ou outras alterações.

O procedimento pode ser feito em hospitais ou clínicas, sendo normalmente aplicada uma anestesia geral. No exame, o profissional vai observar as mucosas e a condição geral do estômago, avaliando as possíveis alterações.

Exames de sangue

Os exames de sangue auxiliam a detectar alterações diversas no organismo. Apesar de nem sempre serem muito específicos para as aftas (como o hemograma), os resultados alterados podem dar indícios de carências nutricionais, elevação dos glóbulos brancos, disfunções metabólicas e hormonais.

Cultura de células

Ideal para avaliar se as aftas estão sendo causadas por alguma bactéria, vírus ou outro agente infeccioso. Para isso, pode-se coletar uma pequena amostra de tecido e enviá-la à análise laboratorial.

Tem como curar a afta?

A lesão, sim. Aftas corriqueiras, sem doenças ou condições que estejam provocando-as, geralmente se curam sozinhas em até 15 dias.

Alguns pacientes podem ter lesões mais duradouras, de até um mês, mas que também se resolvem sem complicações posteriores (às vezes, podem restar cicatrizes, se a afta for muito grande).

Pessoas com aftas recorrentes, mas sem doença primária conhecida, podem usar medicamentos para auxiliar na recuperação da área afetada, minimizando o desconforto, a dor e acelerando a cicatrização.

Se as aftas forem um sintoma, é preciso investigar a causa e tratar o problema de origem.

Ou seja, as lesões da afta podem ser curadas, geralmente de modo espontâneo. Mas não há tratamentos que eliminem completamente a possibilidade delas ocorrerem novamente.

O que é bom para curar afta na boca: como tratar?

Algumas dicas de como tratar as aftas são bastante importantes para aliviar o desconforto e ajudam o problema a curar mais rapidamente.

Se houver grande incômodo, afetando a mastigação e a fala do paciente, o médico pode indicar o uso de remédios de uso tópico, como géis e pomadas no local.

Em geral, os medicamentos auxiliam na redução da dor e da inflamação através da ação antibacteriana, antisséptica e anestésica.

Pacientes com severo acometimento bucal, que apresentam feridas extensas, duradouras e que causam grande impacto no bem-estar podem ser indicados ao tratamento sistêmico, ou seja, tratamento oral com medicamentos para reduzir a dor e a inflamação.

Mas é sempre importante ressaltar que, muitas vezes, os medicamentos conferem efeitos colaterais e sua necessidade deve ser avaliada em cada caso pelo médico ou dentista.

Mais recentemente, terapias odontológicas oferecem uma alternativa para acelerar a recuperação das aftas e aliviar os sintomas: são as terapias à laser. Mas nem toda afta é tratada com essa medidas, somente quando o caso é agressivo e intenso.

Nesses casos, o paciente recebe aplicações pontuais de laser terapêutico de baixa intensidade diretamente na afta, fazendo com que o processo de cicatrização seja acelerado.

Enxaguantes bucais

O uso de enxaguantes bucais é comum na rotina de higiene dos dentes, mas alguns podem auxiliar também na melhora das aftas.

É importante ressaltar que há produtos com álcool ou componentes que podem irritar ainda mais a região, por isso é indicado que haja recomendação do profissional de saúde para que o uso seja feito.

Entre as opções estão Colgate PerioGard ou Sensodyne sem álcool. Além disso, é possível fazer bochechos com a solução de gluconato de clorexidina (se houver recomendação médica ou do dentista), a fim de reduzir as dores.

Como há uma variedade grande de produtos, é preciso que o médico ou dentista auxilie na escolha, indicando também a frequência de uso.

Medicamentos: quais os remédios para tratar afta?

Medicamentos de uso tópico ou sistêmico podem ser receitados ao paciente, conforme as característica da afta.

Enxaguatórios bucais à base de peróxido de hidrogênio também podem ser indicados pelo profissional especializado, pois o produto auxilia na higienização feridas ou lesões mais superficiais, como as aftas.

Vale lembrar que os medicamentos são preferencialmente usados nos casos em que as lesões são extensas, duradouras ou recorrentes, de acordo com a orientação do médico ou dentista.

Pomadas para afta: o que é dá para passar na boca?

Os cremes, pomadas e géis para as aftas podem agir anestesiando e reduzindo a inflamação do local, sendo aplicados diretamente na lesão conforme orientação médica. Entre os mais receitados estão:

Além disso, o médico ou dentista pode prescrever medicamentos à base de benzocaína, que servem como anestésicos locais de uso tópico. Ou seja, são pomadas que podem ser aplicadas na afta e promovem a redução da sensibilidade.

Comprimidos para tratar aftas: quais os remédios de uso oral?

Entre os medicamentos orais para auxiliar nos quadros de afta (com orientação médica) estão:

  • Prednisona, que auxilia na redução da inflamação;
  • Talidomida, que pode ser indicado em casos de aftas persistentes severas.

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Preciso de remédio para afta na língua ou gengiva?

Depende. Normalmente, em poucos dias a afta cicatriza sozinha. Alguns cuidados, como a alimentação e a redução do atrito no local, podem fazer com que a ferida seja mais facilmente curada.

Porém, se o quadro for frequente, intenso ou a dor estiver intensa, pode ser que o dentista ou profissional em saúde bucal recomende o uso de algum medicamento para aliviar mais rapidamente o desconforto.

Vale lembrar que o uso de medicamentos não evita que novas aftas surjam, sobretudo se houver algum fator desencadeante que não seja tratado.

Remédios caseiros: o que é bom para curar afta?

É preciso ter cautela com receitas caseiras para os cuidados com a saúde. Mesmo que aparentemente naturais ou sem riscos ao organismo, às vezes, os tratamentos podem piorar os quadros da afta e gerar mais dor e desconforto.

Lembre-se que as úlceras orais são condições bastante sensíveis e que vão doer intensamente se você utilizar produtos ácidos.

Por isso, aquelas receitas com vinagre, álcool e limão podem ser opções contraindicadas se não forem usadas corretamente.

Mas há opções caseiras que podem ajudar na cicatrização e recuperação das aftas de maneira mais eficaz. Confira:

Bicarbonato de sódio

O bicarbonato de sódio é um produto bastante utilizado nas receitas para saúde e estética.

Apesar de poder ajudar na recuperação das aftas, seu uso deve ser feito com cautela, pois muita gente tende a aplicar o bicarbonato diretamente na afta, fazendo com que ocorram ardência e queimação do local.

O ideal é diluir uma colher de sobremesa em meio copo de água, misturar bem e fazer bochecho.

Água morna salgada

Muita gente usa o sal para melhorar as aftas, mas assim como o bicarbonato de sódio, o produto deve ser diluído em água morna. O bochecho pode ser feito com uma colher de sal para meio copo de água morna, 2 vezes por dia, até a afta melhorar.

Camomila

A planta tem propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes, sendo uma boa opção para aliviar as aftas. O ideal é fazer uma infusão mais concentrada do que você geralmente faria para um chá. Após o líquido amornar, deve-se fazer o bochecho.

Plantas

Outras plantas que demonstram propriedades capazes de auxiliar na cicatrização das aftas são:

  • Malva;
  • Chá preto;
  • Hamamélis;
  • Ruibarbo;
  • Sálvia;
  • Alcaçuz;
  • Barbatimão.

Assim como a solução de camomila, você pode fazer uma infusão mais concentrada do que um chá (coloque 2 ou 3 colheres de cada planta em meio copo de água quente), realizando o bochecho 2 vezes por dia, até que a afta melhore.

Convivendo

Durante os dias que a afta está presente, atividades simples como mastigar, falar e até dormir podem se tornar difíceis.

Além das medidas caseiras que podem trazer alívio à dor e à irritação, há hábitos que você pode adotar durante e depois das feridas.

Cuide da alimentação

Se você comer algo muito ácido ou cítrico, provavelmente vai sentir a ferida arder ou queimar.

Há inclusive um mito que ronda as receitas caseiras para afta e que se refere exatamente a este aspecto: se arder é porque está melhorando.

Na verdade, não. Possivelmente, a lesão está sendo ainda mais agravada e causando uma dor desnecessária.

Por isso, o melhor é cuidar da alimentação e evitar frutas cítricas, alimentos ácidos e apimentados.

Comidas duras ou que possam machucar a boca também não são recomendadas, pois além da mastigação já estar difícil devido à afta, elas podem provocar novas lesões.

Cuide da higiene bucal

Talvez escovar os dentes não seja a coisa mais fácil quando a afta está ardendo ou doendo muito, mas manter a boa higiene da boca é fundamental e evita que bactérias se acumulem nas lesões.

Também vale cuidar da escolha dos produtos, como pastas de dente e enxaguantes bucais. Se for utilizá-los, dê preferência aos produtos sem álcool, que tendem a ser menos agressivos para as mucosas.

Atenção à saúde

Problemas gástricos, doenças autoimunes ou intolerância alimentar geralmente causam aftas como sinais da negligência à condição.

Por isso, se você sofre, por exemplo, com refluxos, diabetes, gastrite, alergias ou sensibilidade alimentar, mantenha o tratamento em dia e evite hábitos que piorem a sua saúde (como ingerir alimentos contraindicados).

Cuidar das doenças ou condições primárias pode reduzir significativamente os episódios de afta e melhorar o seu bem-estar como um todo.

Reduza o estresse

Um dos fatores que podem desencadear as úlceras orais é o estresse ou as alterações emocionais.

Cuidar do bem-estar mental, praticar atividades relaxantes, diminuir o ritmo da rotina e adotar hábitos mais saudáveis ajudam a diminuir a incidência de aftas devido a estes fatores.

Prognóstico: quanto tempo para curar a afta?

A grande maioria dos casos tem um bom prognóstico, sendo que a lesão some espontaneamente.

O tempo médio de cicatrização da afta é entre 6 e 15 dias, mas há pessoas que sofrem com as dores e queimações por pouco mais de 3 dias sem a necessidade de intervenção medicamentosa.

Em geral, as lesões não indicam outras complicações e, mesmo quando recorrentes, são amenizadas de forma fácil, através da mudança de hábitos alimentares ou do abandono de produtos específicos (como enxaguantes com álcool).

Complicações: afta na boca pode causar problemas graves?

A afta, em si, geralmente não é responsável por complicações do estado de saúde do paciente ou agravamento da condição. Os quadros que merecem maior atenção são os de afta intensa, do tipo major, e recorrentes.

Nesses episódios, que podem ser prolongados e constantes, possivelmente há um agente desencadeador desconhecido (como alimentação ou problemas gástricos).

Pessoas que sofrem com as úlceras orais repetidamente podem ter a mastigação afetada devido à sensibilidade, tornando a quebra e degradação de alimentos prejudicada. Como consequência, a absorção nutricional pode sofrer alterações.

Vale lembrar que mesmo as aftas não sendo sinais preocupantes, na grande maioria dos casos, toda alteração no organismo que ocorra com intensidade e frequência deve ser devidamente investigada.

Como prevenir as aftas na língua, gengiva e bochecha?

Adotar hábitos saudáveis de alimentação e higiene são formas de reduzir a probabilidade de uma afta surgir.

Como elas podem ser de origem diversa e até multifatoriais (quando várias condições, juntas, ocasionam a lesão), é importante dar atenção à saúde do organismo como um todo e prestar atenção aos sinais do corpo.

Confira algumas dicas que podem auxiliar na redução das aftas:

Mantenha uma alimentação equilibrada

Um dos possíveis fatores desencadeantes das aftas é a alimentação deficiente. A falta de nutrientes ou a má absorção deles pode ser um dos motivos para que as pequenas e incômodas feridas surjam.

Por isso, manter um cardápio equilibrado, diverso e rico em vitaminas e minerais é essencial.

Algumas carências de vitaminas estão mais associadas às aftas, como as do complexo B, por isso vale investir em fortalecimento nutricional, incluindo alimentos fortalecedores no dia a dia.

Mas adotar equilíbrio e diversidade vitamínica através de uma boa alimentação ajuda nas necessidades do organismo e melhora o sistema imune.

Ou seja, todo nutriente é fundamental para a saúde da boca e do corpo.

Descubra seus gatilhos

Às vezes não é possível determinar as causas da afta, pois são eventos isolados e sem um fator desencadeante aparente.

Mas se for possível observar os hábitos que podem estar envolvidos com o surgimento das aftas, eles podem dar bons indícios de qual a causa do problema.

Em geral, a alimentação forte, ácida, apimentada é capaz de favorecer as lesões na boca.

Mas, além dela, há também as alergias e intolerâncias alimentares. Por isso, se já houver conhecimento de restrições, é preciso seguir as recomendações médicas ou reavaliar a rotina.

Em alguns casos, por exemplo, pacientes com doença celíaca podem estar consumindo glúten sem saber (alimentos indevidamente rotulados, contaminação cruzada ou falta de atenção).

Em casos gerais, quando não é possível determinar o causador da afta, vale evitar condimentos, produtos ácidos e muito difíceis de mastigar.

Mantenha hábitos de higiene

Apesar de não haver uma causa direta entre as bactérias da boca e as aftas, as alterações causadas pela má higiene podem favorecer lesões ou fragilização da mucosa.

Por exemplo, um dente que sofra uma pequena ranhura ou deterioração pode pressionar a bochecha e causar cortes.

Além disso, os hábitos de escovação e limpeza devem ser avaliados em sua qualidade.

Lembra que pequenas lesões causadas pela escovação podem desencadear aftas? Portanto, observe a escolha da escova, se as cerdas são macias e adequadas, e se você não está fazendo movimentos inadequados durante a escovação.

Analise os produtos bucais

Enxaguantes com álcool podem ser bastante agressivos às gengivas e mucosas da boca, por isso, observe se você não apresenta sensibilidade ao componente.

Além disso, cremes dentais também podem ter substâncias irritantes na fórmula ou, ainda, componentes que não são necessariamente agressivos, mas você tem alergia.

Por isso, preferencialmente, use produtos livre de álcool e observe os sinais do seu corpo. Se houver grande irritação, lacrimejamento ou você sentir que o produto é muito forte, seu uso deve ser evitado.

Consulte um dentista regularmente

Ir ao dentista deve fazer parte da rotina assim como ir ao médico. Os cuidados com a boca fazem parte da manutenção da saúde do organismo todo.

Por isso, quando houver alterações das gengivas, bochecha, dentes, língua, céu da boca ou garganta, é recomendável buscar atendimento odontológico.

Fora os problemas pontuais, manter consultas odontológicas regulares é essencial para evitar alterações ou disfunções.

Consulte um gastroenterologista

Um gastroenterologista vai ajudar a prevenir as aftas se você já tiver algum problema relacionado à digestão ou acidez da boca e estômago.

Os cuidados com a saúde em geral são fundamentais, mas vale lembrar que refluxos e doenças intestinais são bastante associadas ao surgimento de aftas.

Perguntas frequentes

Afta é contagiosa?

Não. Assim como não se pode “pegar” ou contrair uma afta, ela também não pode ser transmitida. As aftas são respostas do organismo, geralmente a condições imunológicas, alimentares e traumáticas.

Existe remédio para afta na língua?

Existem algumas pomadas, enxaguantes e medicamentos que o dentista pode recomendar para aliviar mais rapidamente a dor da afta.

Mas eles não são específicos para a língua, pois podem ser usados em toda a boca, como gengivas e bochechas, desde que a ferida esteja em um local acessível.

Vale lembrar que o remédio não vai impedir o surgimento da afta, apenas auxiliar na cicatrização dela.

Quando me preocupar com uma afta?

Se as lesões forem constantes (melhoram e surgem novamente com muita rapidez), prolongadas (mais do que 3 semanas), intensas (tamanhos muito grandes ou que causem dores exageradas), é preciso buscar atendimento médico e odontológico.

Fique atento às úlceras e seu corpo e observe se existe:

  • Dor intensa ou ausência total de dor;
  • Piora do aspecto (aumento de tamanho ou surgimento de várias outras feridas);
  • Febre;
  • Dificuldades de engolir ou comer.

Nesses casos, é recomendado buscar atendimento especializado com um médico ou dentista.

Uma afta pode ser um câncer de boca?

Apesar de, a princípio, poderem apresentar lesões semelhantes, o câncer de boca e as aftas são bastante distintas em suas manifestações.

Em geral, não há motivos para considerar as feridas um câncer a não ser que elas sejam persistentes e não apresentem melhora.

É importante estar atento à dor e à ardência, pois esses sintomas são comuns e normais à afta, mas não costumam estar presentes no câncer.

Mas vale lembrar que as aftas podem ocorrer com frequência — por exemplo, em períodos de muito estresse — e não estarem associadas a nenhuma condição mais grave. Assim, elas surgem, melhoram e desaparecem espontaneamente.

Já o câncer de boca tende a se agravar com o tempo, podendo manifestar caroços, bolhas ou placas esbranquiçadas pela boca.

Quanto tempo dura uma afta na boca?

Em média, a lesão da afta dura entre 10 e 14 dias, sendo que o tempo de dor e ardência é bem menor, cerca de 4. Porém, quedas na imunidade, consumo de alimentos cítricos e ácidos, uso de enxaguantes com álcool ou traumas em cima da afta podem prolongar os sintomas de dor.

Por que a afta dói tanto?

As aftas doem muito pois são pequenas lesões que ocorrem nos tecidos da boca. Esses tecidos são muito sensíveis e, por isso, causam dor. Além disso, a boca pode ser exposta aos alimentos ácidos e ao atrito da mastigação, fazendo com que as feridas possam sofrer outras agressões.

Pode passar sal na afta?

Diretamente, não. Em geral, o sal é um bom produto antisséptico. Por isso, se ele for diluído em água morna, fazer bochecho com o líquido pode ser um meio eficaz para auxiliar no tratamento da afta.

Porém, colocar o sal direto na ferida pode ser bem desagradável e até mesmo aumentar a sensação de dor ou ardência.

Por que abacaxi dá afta?

O abacaxi é um alimento ácido que pode causar irritações na mucosa (tecido epitelial), desencadeando a ulceração. Além disso, ele é duro, o que pode causar pequenas lesões na mucosa, levando à afta.

O ideal é que, caso a pessoa relacione o consumo da fruta com o surgimento das feridas, o consumo seja evitado.


Apesar de não apresentar grandes riscos e complicações à saúde, a afta é uma condição que pode ser bastante incômoda, sobretudo se ocorrer com frequência, causando dificuldades de mastigação, ardência e dor no local.

Adotar hábitos saudáveis e consultar regularmente médicos e dentistas é uma forma de cuidar da saúde do corpo todo e reduzir as possibilidade de afta.

Para saber mais dicas de saúde e cuidados com o organismo, fique de olho no Minuto Saudável!

Fonte consultada

Dr. Paulo Caproni (CRM/PR 27.679 | CRM/SC 25.853 | CRM/SP 144.063), graduado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Residência Médica em Medicina Preventiva e Social pela USP-SP (PROAHSA). MBA em Gestão Hospitalar e de Sistemas de Saúde (CEAHS) pela FGV-SP

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Este artigo foi escrito por:

Dr. Paulo Caproni

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