Saúde

Endometrite: saiba o que causa, sintomas e tratamentos

Publicado em: 22/06/2023Última atualização: 22/06/2023
Publicado em: 22/06/2023Última atualização: 22/06/2023
Ilustração de um útero com Endometrite.Endometrite é uma inflamação no endométrio, tecido que reveste o útero.
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endometrite é uma doença inflamatória que acomete o útero e atinge o endométrio, tecido que reveste a parede uterina interna, onde o embrião se fixa no início da gestação.

Ela está categorizada como N71 na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-10), e se refere à “Doença inflamatória do útero, exceto o colo”.

Contudo, para entender melhor essa doença, é importante compreender o que exatamente é uma inflamação. O processo inflamatório é uma resposta do sistema imunológico a uma lesão ou infecção, como, por exemplo, a presença de microrganismos.

Se o diagnóstico não for feito e o tratamento não for seguido conforme a orientação profissional, além da possibilidade de uma endometrite crônica, o microrganismo causador da inflamação pode se espalhar para outras partes do sistema reprodutor, como trompas, causando infertilidade. 

Vale destacar ainda que a endometriose e a endometrite não têm relação e não são doenças semelhantes, o único fator em comum entre elas é que ambas afetam o endométrio.

Continue a leitura para saber mais sobre a endometrite, como suas causas, sintomas e qual é o tratamento adequado.

Índice - Neste artigo, você encontrará:

  1. O que causa endometrite?
  2. Tipos
  3. Sinais e sintomas
  4. Como é o corrimento da endometrite?
  5. Como é feito o diagnóstico
  6. Tratamento para endometrite

O que causa a endometrite?

A endometrite é uma inflamação, ou seja, uma reação do sistema imunológico, que inicia o processo inflamatório após uma lesão ou infecção. Na maioria dos casos,  essa inflamação é causada por uma infecção bacteriana, mas outros fatores também podem ser determinantes.

Algumas IST’s (Infecção Sexualmente Transmissível), como a gonorreia, podem ser causadoras da endometrite. Além disso, a colocação do DIU ou curetagem após um aborto espontâneo também causam lesões que podem desencadear uma inflamação.

O período após o parto também pode ser fator de risco para o desenvolvimento da endometrite. Chamado de endometrite puerperal ou endometrite pós-parto, a condição pode surgir como consequência da ruptura das membranas, cesariana ou parto normal, entre outras condições.

Portanto, todas essas condições surgem devido a presença de bactérias no trato gastrointestinal e vaginal, que podem ser levadas até a mucosa uterina por meio de algum procedimento médico.

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Tipos

A endometrite se divide em dois tipos, sendo eles agudocrônico. Veja abaixo quais são as características de cada condição. 

Aguda

A endometrite aguda é a fase mais comum e mais simples de ser diagnosticada e tratada, pois nela há a presença de sintomas que servem de alerta para que um(a) profissional seja visitado(a).

Se as orientações médicas forem seguidas à risca, um quadro de endometrite aguda pode ser curado em poucos dias.

Crônica

A endometrite pode se tornar crônica se não for tratada adequadamente, pois, dessa forma, os microrganismos infectantes podem permanecer na cavidade uterina e causar uma inflamação persistente ou de repetição.

Na maioria das vezes, a endometrite crônica é assintomática, o que dificulta o diagnóstico e pode resultar em complicações indesejadas, como a infertilidade, por exemplo. 

A dificuldade na progressão da gestação pode acontecer devido a região afetada pela endometrite ser o endométrio, tecido onde ocorre a fixação do óvulo fecundado no início da gravidez.

A formação de abscessos e infecção na cavidade pélvica, que afeta os órgãos reprodutores superiores, também são complicações que podem ocorrer na endometrite crônica. Em casos mais graves, pode ocorrer a sepse, uma condição perigosa que causa a infecção generalizada do organismo.

Endometrite crônica é câncer?

Algumas características dessa doença podem levantar o questionamento: "A endometrite é grave? Pode ser câncer?”. E a resposta pode não ser tão simples quanto parece.

A endometrite não é um câncer e nem pode evoluir para um, no entanto, a presença da endometrite crônica pode deixar o organismo suscetível a outras infecções, que podem causar complicações graves como o câncer.

Ou seja, a endometrite pode ser grave em casos crônicos, pois pode resultar em complicações graves e perigosas, como a sepse, por exemplo.

Leia mais: O que é Endometriose, Sintomas, Tratamento, Cura e Mais 

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Sinais e sintomas

Os sintomas relacionados à endometrite são:

  • Dor pélvica;
  • Sangramento vaginal;
  • Inchaço abdominal
  • Dor durante a relação sexual;
  • Mal-estar;
  • Febre;
  • Constipação;
  • Corrimento vaginal anormal.

É importante lembrar que os sintomas de endometrite, normalmente, aparecem durante a fase aguda da doença. No caso de estágio crônico, eles podem não aparecer.

Imagem de uma mulher com dor abdominal.
Por isso, é de suma importância procurar orientação profissional assim que surgirem os primeiros sinais de alguma anormalidade. Se diagnosticada de forma precoce, a endometrite pode ser tratada e curada, evitando possíveis complicações.

Como é o corrimento da endometrite?

corrimento vaginal é uma característica natural do corpo. Quando saudável e normal, ele possui consistência líquida ou pouco viscosa, sendo incolor ou levemente branco-amarelado e inodoro ou com cheiro leve.

Tendo em mente os aspectos de um corrimento típico do organismo, é mais fácil identificar anormalidades que podem ser sinais de alguma doença.

corrimento característico da endometrite é abundante, com odor forte e coloração alterada, sendo normalmente esbranquiçado ou amarelado.

Por isso, caso note alterações na cor do corrimento e as características descritas acima, busque ajuda médica o quanto antes!

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Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da grande maioria das doenças inicia-se sempre na avaliação clínica, com a anamnese, contato inicial em que a paciente relata o que tem sentido e seu histórico médico.

Nesse momento, também ocorre a verificação dos sintomas relatados por meio de exame físico e outros procedimentos que podem ser realizados dentro do próprio consultório. Durante essa avaliação é possível observar os primeiros sinais da presença da endometrite, como inchaço e sensibilidade pélvica.

Em seguida, o(a) médico(a) irá solicitar exames laboratoriais para comprovar o diagnóstico e descobrir a causa da endometrite. Hemograma, exame de urina, histeroscopia e análise da amostra colhida da mucosa uterina são alguns dos que podem ser solicitados.

Além disso, exames de imagem, como ressonância magnéticaultrassonografia transvaginal, podem ser solicitados como método de avaliação complementar, pois  são muito úteis no diagnóstico de diversas doenças.

No entanto, apenas o exame de imagem pode não ser o meio correto para avaliar um caso de endometrite, pois, apesar de ser possível checar irregularidades na parede uterina, essa alteração por si só não é suficiente para diagnosticar a endometrite.

Tratamento para endometrite

O tratamento para o tipo agudo da doença, geralmente, envolve o uso de antibióticos orais ou injetáveis, que podem variar conforme o tipo de infecção.

Na fase crônica, em que já pode haver alguma complicação, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para a remoção de aderências ou drenagem de abscessos. Nesses casos, é comum o uso de técnicas minimamente invasivas, como a videolaparoscopia.

Além disso, dependendo da condição de saúde da paciente, alguns cuidados complementares podem ser solicitados, como uso de soro IV (intravenoso, para reposição de líquidos) e repouso.

Por isso, é indispensável visitar um médico(a) e seguir as orientações passadas, para combater a endometrite e suas causas.


A endometrite é uma doença inflamatória que demanda atenção e um tratamento adequado, com medicamentos prescritos por um(a) especialista. Caso receba esse diagnóstico, não deixe de seguir as orientações passadas pelo(a) médico(a)!

Quer saber mais sobre outros temas relacionados à beleza, saúde e bem-estar? Então acompanhe os conteúdos do Minuto Saudável, aqui no portal e nas redes sociais.


Referências

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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